quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ceron é viável, disse Fátima a Lobão

Deputados e senadores do Norte, entre eles a senadora Fátima Cleide, de Rondônia, estiveram com Lobão

Brasília (Mara Paraguassu/Assessora de Imprensa) - Deputados e senadores da Região Norte – Rondônia, Acre e Amazonas – estiveram na tarde de ontem (23) no Ministério de Minas e Energia para discutir com o ministro Edson Lobão o modelo de gestão para as empresas distribuidoras de energia da região. Os parlamentares pediram ao ministro que não tome uma decisão precipitada, sem antes consultar a sociedade e representantes dos estados.
A princípio, discutiram a proposta de criação de uma holding que centralizaria a gestão das empresas federalizadas. Este modelo, proposto pela Eletrobrás, não encontra consenso entre os representantes das regiões, e preocupa os trabalhadores do setor elétrico.
Os parlamentares da região Norte argumentaram que existem diferentes situações nas empresas que compõem o sistema isolado de energia, e que as perdas no setor existem, mas devem ser evitadas com novos investimentos.
A senadora Fátima Cleide (PT-RO) disse não concordar com a argumentação dos técnicos da Eletrobrás de que todas as empresas dão prejuízos. Em Rondônia, por exemplo, desde 2004 a Ceron promoveu o equilíbrio de seus custos operacionais.
O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) acredita que não há comparação entre os sistemas isolado e interligado. “Um dos problemas pode ser a má gestão de algumas empresas. Mas certamente na região norte faltou investimentos”, disse Valverde. O que está acontecendo é que a Eletrobrás coloca obstáculos para estas empresas fazerem investimentos, a fim de gerar superávit primário.
Na opinião da deputada Vanessa Graziziotin (PCdoB-AM) é preciso melhorar as empresas, independentemente do lucro. “Não queremos que os tempos de privatizações voltem. Este governo é bastante diferente do outro. Energia é muito mais que uma empresa que gera lucros. Energia é responsabilidade social”, destacou Vanessa. Nessa mesma linha, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) acrescentou: “A questão energética é uma necessidade da população. Não há saúde nem educação sem energia. Não dá para privatizar esses serviços”, questiona.

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