terça-feira, 9 de setembro de 2008

Memória

FERNANDO BARBOSA LIMA (1933-2008)



Quando a inteligência rimava com televisão



*Nelson Hoineff

A grande crise da televisão brasileira não é a de criatividade. Vai muito além do que isso. A crise é de compreensão da natureza do meio, de utilização de seus recursos narrativos, de impregnação de inteligência criativa ao discurso.
Fernando Barbosa Lima, que morreu na madrugada de sexta para sábado (5-6/9/2008), foi um dos últimos grandes criadores da televisão brasileira. Em dezenas de programas que concebeu, colocou o veículo num patamar intelectual que conferia à própria televisão a auto-estima que qualquer forma de expressão necessita para ser levada a sério. Para Fernando, a TV era um veículo maior. Na sua vida, ele se encarregou de demonstrar isso.
Fernando gostava de dizer que trouxe o jornalista à televisão. Ele se referia ao Jornal de Vanguarda, até hoje a mais contundente experiência de telejornal diário que conheci. Lá estavam Borjalo, Sérgio Porto, Newton Carlos, Fernando Garcia, Luis Jatobá e outros. Fernando fechava o jornal com a roda da vida de Fellini Oito e Meio, a música de Nino Rota e tudo, mas os protagonistas eram outros. Era a classe política brasileira, a classe artística, os intelectuais. Fernando entendia a roda felliniana tão bem quanto sabia quem criava os fantasmas do nosso dia-a-dia. E dizia isso na televisão, o que era impensável num momento em que o meio era ainda mais oficialista do que é hoje.

Impermeável à burrice

Seu grande segredo era simples e ao mesmo tempo ousado. Fernando acreditava que, do outro lado da câmera, não havia simplesmente uma massa de descerebrados; havia seres humanos dotados de inteligência. Era para eles que ele falava. Duvido que tenha se arrependido. Mas no Brasil, pelo menos, nunca vi ninguém pensar assim, muito menos um produtor de televisão, menos ainda um executivo de emissoras. A televisão trata seu público como débil mental. O público imagina que a televisão é quem seja débil mental e, para não contrariá-la, comporta-se como tal.
Fausto Wolff, que morreu no mesmo dia que Barbosa Lima, dizia isso sobre as crianças e seus pais. Os pais, dizia Fausto, tratam os seus filhos como idiotas, fazem bilu-bilu e tudo o mais. As crianças pensam, então: "Coitado daquele cara. É um idiota. Vou me fingir de idiota para que ele não se decepcione". E era assim que, induzida pelos adultos, a criança se transformava numa perfeita idiota.
Na TV, Fernando ousava, experimentava, cercava-se de grandes cabeças. Não buscava, como é a praxe na televisão aberta, o mínimo denominador comum para atingir a massa ignara, mas saía atrás do momento mágico em que até as grandes massas sentem-se atraídas pelo que é bom. Fez boa televisão, televisão inteligente, televisão criativa. Fez uma televisão impermeável à burrice – e não me lembro de mais três ou quatro pessoas a quem essa afirmação se aplique.

Adjetivos excludentes

Quando ouço dizer que a televisão brasileira contemporânea é muito boa, minha vontade é tirar do bolso um DVD com os programas que Fernando criou. Alguns estão disponíveis, como parte da autobiografia que lançou pouco antes de morrer, Nossas lentes são seus olhos. Publicitário, não deixou assim mesmo que a visão mercadológica da TV fosse hegemônica sobre o ato de criação.
Fernando gostava de falar de televisão, sobre o que era possível criar naquele universo que ele sabia maravilhoso. Criou como poucos. Um segundo da fumaça desconcertante do Preto no Branco vale mais que todos os softwares de computação eletrônica que existem em cada emissora do país. Valeu-se do fato de ser, ele mesmo, uma pessoa refinada. Em casa, teve de quem aprender.
Fernando Barbosa Lima lançou a televisão brasileira num patamar que nem os neo-yuppies conseguirão destruir. Nunca usou termos como "reposicionamento", "target" ou "recall". Mas fez televisão de primeira qualidade, coisa que os que estão aí construindo o patético lixo eletrônico que invade nossas casas nunca sequer souberam que um dia existiu.
Sua televisão era politizada, renovadora, atraente. São adjetivos que hoje soam como excludentes ao meio. Com Fernando Barbosa Lima vai-se grande parte do que havia de melhor no meio televisão. Pobre do meio, pobre dos otários que têm certeza de que a televisão é o repouso dos medíocres. (Fonte: Observatório da Imprensa
)

*O autor é jornalista

Detran/RO participa de feiras agropecuárias

Porto Velho (Gecom/Detran) - O Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran/RO) continua participando ativamente das feiras agropecuários no interior, o governador Ivo Cassol, o diretor geral Joarez Jardim, e a coordenadora da educação no trânsito Patrícia Gonçalves, juntamente com a equipe de educação no trânsito estiveram presente nas exposições de Pimenta Bueno e Ouro Preto.
“São oficinas de desenhos para crianças, mostra de vídeos educativos, jogos pedagógicos entre outras atividades, o foco são crianças e adolescentes, futuros condutores do trânsito” comentou Jardim.
O trabalho da educação de trânsito é uma prioridade desse governo e importante para as crianças, contribuído em muito para diminuir o número de acidentes de trânsito, que infelizmente é muito elevado no Estado.
No ano de 2009, a meta é estar presente no maior número possível de municípios que realizam Feiras Agropecuárias. A chefe da Ciretran Marilda Holtz relatou: “A equipe de Pimenta Bueno ficou contente com a vinda do Detran para a exposição, pois é a primeira vez, e foi um sucesso de público”
Joarez Jardim participou da entrega de uma bicicleta aos que estiveram presente no estande do Detran, a sorteada foi a estudante Thais Cristine de 8 anos. “É a primeira vez que participo desses jogos educativos, fiquei contente com a bicicleta e com a vinda do Detran na exposição de Pimenta”
A Coordenadoria de Educação no Trânsito estará presente na EXPOPIB até domingo dia 14, desenvolvendo as atividades alusivas ao trânsito. O diretor geral ressaltou o empenho do governador Ivo Cassol para a participação do Detran nas feiras. “Temos o apoio total do governo e nosso dever é aproveitar o público presente nas exposições para levar uma mensagem de regras simples no trânsito, sinalização, mas tudo com muito humor e descontração, afim de não cansar os expectadores”, disse Jardim.

CNI e SESI reunem empresários em SP

Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) promovem nesta quarta-feira, (10), o Seminário Empresarial - NTEP e FAP. O evento, que reunirá cerca de 200 empresários no Centro de Eventos Rebouças, em São Paulo, dará orientações sobre as mudanças previstas na contribuição das empresas à Previdência Social.
A partir do próximo ano, as empresas terão de reduzir a incidência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais para não pagar mais à Previdência. Isso está previsto nas regras do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), uma nova forma de cálculo com base no Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), que taxa as empresas de acordo com o número de trabalhadores afastados das funções por causa de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.
Na prática, as empresas que investiram em prevenção e controle de acidentes e doenças de trabalho poderão ter a contribuição elevada dos atuais 1%, 2% e 3% para 2%, 4% e 6% sobre da folha de pagamento.
As alterações e aspectos jurídicos serão apresentados pelo médico Armando Pimenta, que também é professor-adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pela consultora Jurídica Trabalhista Selma de Aquino e Graça, do Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma).


SERVIÇO

Seminário Empresarial - NTEP e FAP
Dia: 10/09/08
Hora: 14h00 às 18h30 h
Local: Centro de Convenções Rebouças. Avenida Rebouças, 600. Jardim Paulista. São Paulo – SP.

Supel recebe até dia 11 propostas para obra do TCE em Vilhena

Presidente José Gomes (TCE) recebeu do prefeito Marlon Donadon (d) a escritura dos dois lotes.

Porto Velho (Ascom/TCE) - As empresas construtoras têm até dia 11, quinta-feira, para se habilitarem a participar da concorrência, a ser realizada pela Supel, para construir em Vilhena a sede da Superintendência Regional do Tribunal de Contas do Estado.
Depois da definição da Supel, a fiscalização da execução da obra será realizada pelo Deosp/RO, ficando a parte orçamentária e financeira sob responsabilidade do TCE. O prazo de construção será de 150 dias após a liberação da Ordem de Serviço. A construção será em dois lotes (01-R e 01-A), somando 1.890 metros quadrados, doados ao Tribunal pela Prefeitura de Vilhena, com autorização da Câmara Municipal. No dia 11 de julho, acompanhado de dois assessores, o prefeito Marlon Donadon fez a entrega da escritura pública ao presidente do TCE conselheiro José Gomes de Melo.