quinta-feira, 26 de junho de 2008

Raupp destaca contribuição de Ruth Cardoso no combate à redução das desigualdades

Brasília (Assessoria de Imprensa/Liderança do PMDB) - De forma discreta e longe dos holofotes, a antropóloga Ruth Cardoso desenvolveu atividades acadêmicas e profissionais que contribuíram para a redução das desigualdades sociais no país, segundo disse o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO) ao prestar homenagem na sessão de ontem (25), a ex-primeira-dama falecida na noite de terça-feira (24), em São Paulo.
Em nome da bancada do PMDB, o senador prestou solidariedade ao ex-presidente Fernando Henrique e aos familiares da ex-primeira-dama, e resgatou duas dimensões que marcaram a trajetória da antropóloga: a intelectual e a relação com o terceiro setor. A dimensão intelectual é caracterizada por sua produção acadêmica e passagem por várias universidades, como a Universidade de São Paulo (USP) e outras instituições de ensino, na França e nos Estados Unidos, mencionou.
Lembrou Raupp que na dimensão intelectual, dona Ruth pertenceu à geração que reúne nomes como os de seu marido, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, além de Otávio Ianni, Paul Singer, José Arthur Gianotti, entre outros.
Na condição de professora, a ex-primeira-dama foi “uma das fundadoras do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em 1969, juntamente com uma série de intelectuais e professores expulsos de universidades públicas pelo regime militar”, disse o senador. O Cebrap, até hoje, é um referencial de excelência no Brasil e no exterior, no que se refere às ciências humanas e sociais.
Dona Ruth Cardoso com sua produção acadêmica foi pioneira em diversas ocasiões e, na década de 1950, por exemplo, dedicou “um trabalho acadêmico à questão da imigração japonesa, até então vista como assunto de interesse menor”, ressaltou o líder do PMDB.
Na homenagem, o senador Raupp acrescentou que a professora Ruth Cardoso foi também uma das primeiras cientistas sociais no Brasil a perceber a importância dos movimentos sociais que se organizavam, não em torno de reivindicações políticas ou econômicas, mas em torno dos movimentos feministas ou os que punham a ênfase nos aspectos étnico-raciais ou de orientação sexual.
A outra dimensão que se refere ao envolvimento de dona Ruth com o terceiro setor ganha notoriedade com a criação, no governo de Fernando Henrique, do Programa Comunidade Solidária destinado a “fortalecer as capacidades das pessoas e comunidades para atuarem como agentes de auto-desenvolvimento”, relembrou o senador.
“Ações de assistência humanitária são bem-vindas e até necessárias, assim como o crescimento econômico é precondição para melhorar as oportunidades de geração de emprego e renda aos mais pobres”, afirmou o Raupp ao destacar a importância da formação para a cidadania junto aos necessitados.
Ele citou que até a sua morte, dona Ruth continuava atuando ativamente nos projetos que se desdobraram a partir do Programa Comunidade Solidária, na rede Comunitas, ajudando as comunidades mais carentes a encontrarem forças para superar suas próprias limitações.
A contribuição ao terceiro setor dada pela ex-primeira-dama “permanecerá como uma obra de grande relevância política”, finalizou o líder do PMDB.


Amigos, familiares e políticos prestam última homenagem a Ruth Cardoso







São Paulo - Milhares de pessoas prestaram a última homenagem à antropóloga e ex-primeira dama Ruth Cardoso, que morreu na noite de terça-feira (24), em São Paulo, de arritmia cardíaca. O velório foi realizado na Sala São Paulo, na região central da capital paulista, e contou com a presença de populares, políticos, amigos e intelectuais.
No final da tarde, a comitiva do governo chegou ao local para cumprimentar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e familiares. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi com a primeira-dama, Marisa Letícia, e sete ministros: Dilma Rousseff (Casa Civil), Fernando Haddad (Educação), Franklin Martins (Comunicação Social), Hélio Costa (Comunicações), Múcio Monteiro (Relações Institucionais), Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Édison Lobão (Minas e Energia).
Também passaram pelo velório a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), além do presidente do Senado, Garibaldi Alves.
O presidente Lula preferiu a discrição e não concedeu entrevistas. Fernando Henrique, visivelmente abatido, acompanhado de filhos e netos, permaneceu a maior parte do tempo ao lado do corpo da mulher. Ele se retirou do velório no meio da tarde e voltou no início da noite para receber Lula.
Parte do caixão da ex-primeira dama ficou coberto com uma bandeira do Brasil. As coroas de florestas presenteadas foram tantas que lotaram o grande salão ao lado do local do velório. Algumas foram colocadas em uma das entradas da Sala São Paulo.
À noite, em entrevista a jornalistas, o governador de São Paulo, José Serra, disse estar consternado com a morte e destacou a experiência da ex-primeira dama à frente de políticas sociais. “Muito do que se fez depois, na parte social, foi inspirado nas teses dela. Ela ajudou a redefinir os rumos da política social do país”, disse.
Serra confessou que Ruth Cardoso foi pessoa fundamental em sua carreira política. “Quero dizer que ela foi a pessoa que eu, pessoalmente, mais ouvia a respeito da minha atuação na vida política.”
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, também foi à Casa São Paulo para velar o corpo da antropóloga e se disse chocado com a morte dela. “Uma mulher que tinha luz própria e era referência para as demais mulheres brasileiras no campo profissional e acadêmico. Vamos reverenciar não a mulher de um presidente da República, ligada ao projeto político do país. Vamos reverenciar a Ruth Cardoso como uma mulher do Brasil, na maior dimensão que essa expressão pode contar", pediu.
De acordo com familiares, o ex-presidente Fernando Henrique havia recebido, até o início da tarde, telefonemas de diversas personalidades, como o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, sua esposa, a senadora norte-americana Hillary Clinton, e o rei da Espanha, Juan Carlos.

Corpo de Ruth Cardoso enterrado no Consolação

Brasília (Agência Brasil) O corpo da antropóloga Ruth Cardoso foi enterrado no Cemitério da Consolação, na região central de São Paulo. O túmulo em que foi sepultado o corpo foi comprado pela família há um ano e ao lado da campa dezenas de coroas de flores e vários parentes foram depositados antes mesmo do caixão chegar ao local.
O corpo da mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estava sendo velado na Sala São Paulo, também na região central e o velório, que durou todo o dia de ontem (25) foi interrompido às 21h e reiniciado às 8h30.
A demora para enterrar o corpo se deu para que a filha Beatriz, em viagem na Espanha, pudesse chegar e se despedir da mãe.
Na manhã de hoje (26), o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, retornou ao velório para uma última despedida. Ontem (25) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu à Sala São Paulo ao lado de Marisa Silva e de mais oito ministros.


Imprensa em Questão

PAUTA RURAL

Imprensa, o coronel e o Jeca Tatu

*Luciano Martins Costa

O olhar continuado e observador sobre a imprensa brasileira permite destacar alguns temas recorrentes em praticamente todas as mídias que tratam da economia: a inflação, quase sempre associada à escalada de preços dos alimentos e de outros produtos básicos; a questão dos combustíveis, que envolve a permanência do preço do petróleo em patamares superiores a 130 dólares o barril e coloca sobre a mesa a questão da bioenergia; e, como pano de fundo, o desafio da preservação do patrimônio ambiental. Paralelamente, o noticiário sobre o mundo rural apresenta eventualmente a sobrevivência de práticas inaceitáveis na relação entre capital e trabalho.
Teoricamente, esse noticiário deveria oferecer ao público essencialmente urbano dos jornais e revistas uma visão ampla da economia brasileira e de sua extrema dependência das atividades rurais. Afinal, quando se fala de alimentos ou de combustíveis, está-se tratando de questões que afetam diretamente a qualidade de vida nas cidades, onde a grande densidade populacional também representa a concentração maior de opiniões, os maiores mercados e a grande fonte de poder político.
No entanto, por sua dificuldade de apresentar uma visão abrangente, sistêmica e interconectada desses temas, a imprensa não consegue mostrar a seus leitores a relevância do mundo dos agronegócios, ao quais eles se relacionam. Assim, o leitor fica privado de entender a natureza de questões que afetam diretamente sua vida, continua distanciado da realidade no campo e se mantém desinformado para formar opinião a respeito de políticas públicas que podem definir o futuro do Brasil.

Questões sonegadas

A dificuldade para interligar essas questões e colocar as notícias num contexto que interesse mais o leitor – ou que o faça avaliar corretamente esses fatos – deriva em parte da falta de especialistas nas redações, mas há muitas indicações de que a verdadeira causa dessa falha é pura falta de interesse ou preconceito. Jornais como a Folha de S.Paulo ou o Estado de S.Paulo – este com grande tradição na cobertura rural – não deveriam descuidar desse elemento essencial ao entendimento de como funciona o Brasil. Afinal, a economia paulista depende em grande parte da força do campo.
A alegação de que o leitor urbano tem pouco interesse nos fatos da zona rural, presente nos debates sobre gestão das empresas de comunicação, não sobrevive à constatação de que todos os temas da pauta rural apresentados pela imprensa afetam diretamente a vida nas cidades. Desde a questão da produção e da produtividade agrícola até a oferta de alternativas para o petróleo, tudo o que se noticia sobre o campo deveria interessar o leitor das grandes cidades. Tudo isso é agronegócio.
Também está relacionada ao agronegócio a questão ambiental, que afeta o clima global e, portanto, interessa a todos. O problema do trabalho infantil nas carvoarias, o trabalho escravo na pecuária extensiva da Região Norte, as jornadas em condições desumanas no corte da cana, tudo isso representa estados de tensão que acabam empurrando levas de retirantes da zona rural para as cidades. Isso tem tudo a ver com o leitor de jornais.
Se praticamente todas as notícias da zona rural vão afetar de alguma forma a qualidade de vida dos moradores das cidades, leitores de jornais e revistas, por que razão a imprensa persiste no equívoco de mostrar os problemas do campo como questões alienadas da problemática econômica, política e social?

Olhar desorientado

Segundo alguns observadores, a imprensa brasileira ainda se orienta pela visão oferecida nos anos 1950 e 60 pelos pesquisadores da Cepal – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe –, segundo a qual a ação das oligarquias rurais em todas as expressões de poder no campo seria o principal obstáculo ao desenvolvimento dos países do continente. Se isso ainda pode ser constatado em algumas regiões, em especial nas fronteiras agrícolas onde o Estado é refém de aventureiros, há muito tempo deixou de ser um bom retrato da realidade no campo.
Essa interpretação alimentou a figura do Jeca Tatu como estereótipo do lavrador, que persiste até hoje, e pinta um cenário no qual o homem do campo oscila entre o papel de vítima do capitalismo rural e o de elemento subversivo que invade e depreda propriedades produtivas. Da mesma forma, essa visão fragmentada deixa espaço para a idéia de que a defesa do patrimônio ambiental corresponde a uma atitude contrária ao desenvolvimento econômico.
O pensamento da Cepal evoluiu a partir dos anos 1980, como se pode constatar com a leitura da coletânea Cinquenta anos de pensamento na Cepal, organizada por Ricardo Bielschowski e publicada pela Editora Record. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vocalizou essa nova perspectiva, há mais de dez anos, quando sugeriu que seus críticos esquecessem o que havia escrito. Se o texto Dependência e Desenvolvimento na América Latina, que ele publicou em 1969 em parceria com o sociólogo chileno Enzo Faletto, parece antiquado na economia globalizada, o olhar da imprensa sobre o mundo rural parece mais do que desorientado. Parece que a imprensa não sabe e não quer saber. (Fonte: Observatório da Imprensa)
*O autor é jornalista


Sena abre mão de sigilo bancário no lançamento do Portal da Transparência da Assembléia

Porto Velho (P. Ayres/Assessoria) - Ao participar da solenidade de lançamento, ontem, do Portal da Transparência, novo site da Assembléia Legislativa de Rondônia, o deputado Miguel Sena (PV) anunciou que já está protocolado no Poder Judiciário e no Ministério Público Estadual sua autorização espontânea de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico para que não só as autoridades estaduais, mas qualquer cidadão possa proceder a levantamentos e outros tipos de pesquisas sobre sua vida profissional e pessoal.
A medida de acordo com o deputado Miguel Sena, segundo vice-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia visa ser um demonstrativo de transparência ética e moral, que deve nortear todo ocupante de cargo público, e em especial, os ocupantes de mandato outorgado através de processo eleitoral.
Segundo ele, na qualidade de ex-secretário municipal de Saúde da Prefeitura de Rolim de Moura, ex-secretário estadual de Saúde do Governo de Rondônia, ex-presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia, e atualmente na condição de deputado estadual, é mais do que salutar, se autorizar espontaneamente à quebra do seu sigilo bancário, fiscal e telefônico, para que o povo rondoniense possa ter amplo acesso a informações relacionadas a um detentor de mandato popular.
O deputado Miguel Sena se congratulou ainda com todos os componentes da Assembléia Legislativa, pelo lançamento oficial do Portal da Transparência, onde será possível pesquisar os projetos apresentados, as matérias aprovadas, relatórios e principalmente a legislação estadual. Ele concluiu afirmando que a quebra de seu sigilo já está valendo, se encontrada devidamente protocolada e que transparência se faz na prática.

Araras

O Governo Estadual já está agilizando os procedimentos administrativos necessários para a aquisição de uma ambulância que será posteriormente repassada para a rede pública municipal de saúde de Nova Mamoré. A compra foi garantida em decorrência de emenda parlamentar de autoria do deputado Miguel Sena (PV), e que está destinando a viatura para atender aos moradores do distrito de Araras.
De acordo com o deputado Miguel Sena ele apresentou a emenda parlamentar ao orçamento de 2008, tendo em vista, as reivindicações apresentadas pelos moradores do distrito de Araras, que relataram as dificuldades na locomoção de pacientes para a sede do município, ou até mesmo a transferência para Porto Velho.

Faculdade no exterior

A enorme burocracia enfrentada pelos estudantes que desejam cursar faculdade em outros países será agora amenizada, em decorrência do apoio que começa a ser viabilizado através do gabinete do deputado Professor Dantas na Assembléia Legislativa de Rondônia, que designou uma equipe especial para tratar desta questão.
O deputado Professor Dantas (PT) disse que o mandato parlamentar que ocupa na Assembléia Legislativa também está a serviço da comunidade estudantil e da categoria do magistério rondoniense, para os encaminhamentos necessários de suas reivindicações e demais anseios.
No caso dos estudantes que desejam fazer faculdade em outros países, disse o Professor Dantas que as dificuldades são enormes, diante da burocracia a ser enfrentada principalmente nas representações diplomáticas como os consulados e embaixadas. Além disso, prosseguiu, no caso das autenticações de documentos escolares, atualmente o aluno que já vem administrando a escassez de recursos financeiros, acaba obrigado a desembolsar até R$ 1 mil para simples autenticações.Neste sentido, visando apoiar estes estudantes, o deputado informou que montou uma equipe especial no seu gabinete na Assembléia Legislativa para fazerem os atendimentos e encaminhamentos junto as representações diplomáticas e no Ministério das Relações Exteriores. Destacou ele, que até mesmo autenticações de registros de cidadania tem sido obtidos, graças ao trabalho que vem sendo desenvolvido. Ele anunciou que o atendimento também pode ser feito pelo telefone 3216-2773


Fátima pede aprovação do projeto que criminaliza a homofobia

Brasília (Agência Senado e Assessoria) - A senadora Fátima Cleide (PT-RO) conclamou os senadores, em discurso ontem (25), a aprovarem o projeto (PLC 122/06) que criminaliza a homofobia. O projeto altera a Lei 7.716/89, que define crimes resultantes de preconceito de raça e cor, incluindo aqueles motivados por questões de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. A matéria encontra-se na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde é relatada pela senadora.
Em defesa da proposição, Fátima citou os resultados de pesquisa realizada pelo DataSenado para avaliar a receptividade ao projeto, segundo os quais 69% dos entrevistados já tinham conhecimento do projeto; 70% são favoráveis à sua aprovação e 26%, contrários. A pesquisa, realizada entre 6 a 16 deste mês, ouviu, por telefone, 1.122 pessoas nas 27 capitais brasileiras. Os entrevistados situavam-se na faixa etária de 16 a 60 anos, num universo cuja renda atinge dez ou mais salários mínimos.
Na opinião da senadora, a pesquisa revela uma "realidade nacional". Ela acrescentou que até entre os mais relutantes à idéia de tornar crime a homofobia, como alguns religiosos, 73% de católicos e 55% de evangélicos entrevistados manifestaram-se a favor da proposição.
Para a senadora, é importante que o Senado também se manifeste. “É preciso que esta casa avance, que não pretenda mais uma vez passar uma postura conservadora e distante das demandas e desejos da sociedade brasileira. Não podemos mais ficar à parte dessa discussão”.
Ela citou decisões crescentes no âmbito do Judiciário que estão garantido aos casais homossexuais a partilha de bens e direitos à herança e à previdência. No âmbito do Executivo, registrou o programa “Brasil sem Homofobia” e a realização da I Conferência Nacional GLBT, “inédita no mundo”, destinada à construção de políticas públicas para este segmento.
“Nosso maior desafio é reconhecer que somos uma sociedade plural, diversa. E, como tal, devemos cumprir nosso dever constitucional de criar mecanismos para combater qualquer forma de discriminação”, concluiu.


Circo da Notícia


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

O que perguntar a nossos candidatos

* Carlos Brickmann

Alguns dos juristas mais conceituados do país consideram que a punição aos veículos de comunicação por entrevistar candidatos é absurda. Juízes de tribunais superiores já se manifestaram: punir quem exerce a liberdade de imprensa é fora de propósito. Qualquer pessoa com mais de três neurônios, mesmo tendo um deles de férias, também acha que deixar de informar seus clientes é inaceitável.
No entanto, a decisão que vigora até este momento é a multa não só aos veículos, mas também aos candidatos entrevistados. Um dos doutos promotores explica: entrevistar pode, mas não sobre planos, projetos, rumos políticos.
Pode-se perguntar ao candidato, por exemplo, se ele pinta o cabelo. Em que salão faz as unhas. Se prefere a carne acompanhada por arroz ou batatas. Qual o centroavante que considera melhor: Adriano, Luís Fabiano ou Pato. Loiras ou morenas? Qual seu galã favorito? Com que par romântico? E a música predileta? Claro, claro: não se pode esquecer de inquirir sua opinião sobre Dunga.
O colega perguntará, com toda a razão, qual o interesse de uma entrevista dessas. Nenhum, claro: qualquer resposta que o candidato dê será absolutamente nula do ponto de vista de escolha do eleitor. Melhor não fazer entrevista nenhuma. O eleitor talvez possa escolher seu candidato pelo horário eleitoral gratuito.
E a política? A menos que algum poder legal superior interfira e bloqueie as ações deletérias contra a imprensa, a democracia vai correr riscos. Se, conhecendo os candidatos, a gente já elege quem elege, imagine se não os conhecermos.

O morro não tem vez

Talvez tenha sido uma falha deste colunista, que não se lembra de ter visto esta notícia em lugar nenhum. Mas algum colega terá tomado conhecimento pela imprensa, antes da morte dos três rapazes, da ação do Exército no Morro da Providência, no Rio?
Não é uma ação comum: primeiro, porque o Exército, quando age como força policial, precisa ter autorização do presidente da República. Segundo, porque este colunista não se lembra de nenhuma ação social privada anterior em que, como na Cimento Social, tenha havido proteção por parte de uma Força Armada. Terceiro, porque esta iniciativa é de um senador governista, Marcelo Crivella, que é candidato a prefeito do Rio nas próximas eleições, e integrante do mesmo partido do vice-presidente José Alencar.
Veja o quadro: um político ligado ao governo federal, candidato a prefeito, comanda uma ação social bem na época em que será candidato, e ganha o apoio de tropas do Exército, que aparentemente atuam sem autorização expressa do presidente da República. Interessante, não? E, no entanto, não despertou a atenção da imprensa. Claro, não adianta aparecer com uma notinha ou outra: desenhado o quadro, vê-se que é assunto de primeira página. E não foi.

O grito do estádio

Há alguns anos, um repórter cobria uma campanha política e viu, pintada num muro de uma cidadezinha do interior, uma frase ofensiva ao candidato. Colocou-a na matéria. Quando voltou, levou uma bronca do editor: a frase era verdadeira, sem dúvida, mas onde estava atingiria mil eleitores. Colocada num grande jornal, seu efeito se multiplicava e passava a atingir centenas de milhares.
A mesma história se repete agora: no jogo entre aquele time que Dunga diz que é a seleção do Brasil e a Argentina, o público entoou alguns gritos até engraçados – engraçados naquele ambiente esportivo, para aquelas 50 mil pessoas, mas que se tornam francamente ofensivos quando são impressos e distribuídos a frio para milhões de leitores. Atribuir a um político um comportamento heterodoxo é possível; mas exige que o assunto seja interessante, e exige uma boa reportagem, que dê base às afirmações contra ele. Simplesmente transcrever um grito do estádio, amplificando-o e multiplicando seu alcance, um grito que causa grande prejuízo a seu alvo, é inaceitável.

Um grande livro

A distribuição não é lá essas coisas: só se encontra este livro, fora de Porto Alegre, nas livrarias da rede Cultura. Mas vale a pena procurar: Ópera dos Vivos, do jornalista gaúcho Jayme Copstein, é uma delícia, daqueles de começar a ler e só largar depois de terminar. É bem escrito, é bem humorado, conta histórias excelentes, engraçadíssimas. Vale para todos, mas para nós, jornalistas, é especialmente divertido. Copstein foi buscar boas histórias, erros monumentais, daqueles que redundavam até na publicação de palavrões, numa época em que certas palavras não podiam ser mencionadas fora de ambientes específicos.
Ópera dos Vivos, de Jayme Copstein, 134 páginas, é editado pela Canadá. Se não conseguir, peça-o ao próprio Copstein:
jc1928@uol.com.br

Como é...

O príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, se esforçou e aprendeu português suficiente para fazer seu discurso em São Paulo. E recebeu em troca um nome novo: parte da imprensa o chamou de Nahurito.

...mesmo?

"
Inglês deficiente não traz risco de acidente."
Não, não se trata de um cidadão do Reino Unido com algum tipo de problema, mas que pode guiar sem maiores problemas. O texto esclarece que, de acordo com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, os controladores de vôo não falam fluentemente o inglês na maioria dos países.

E eu com isso?

Você sabia que o príncipe William foi flagrado sem camisa na Inglaterra? Sim, ele, herdeiro da Casa de Windsor, herdeiro do trono imperial, herdeiro de mil anos de tradição monárquica, às vezes fica sem camisa. Dizem até que todos os dias, sempre que troca de roupa, fica sem camisa por alguns instantes.
Não é notável?

Nesta semana, há uma série de informações daquelas que não podemos perder de jeito nenhum. Dá até para classificá-las: há, por exemplo, a série "Passeios":

** "Caio Blat passeia com criança no Rio"

** "Galvão Bueno caminha sozinho pela orla do Leblon"

** "Solteira, Giovanna Antonelli vai a festa de aniversário"

** "Glória Maria vai a evento de mãos dadas com ator americano"

** "De biquíni branco, Hortência exibe boa forma em Ipanema"

** "De barba, Dalton Vigh faz compras em confeitaria no Leblon"

Ou a série "Filhos":

** "Filho de Sarah Jessica Parker é politicamente correto"

** "O primeiro dia de escola da filha de Ben Afleck e Jennifer Garner"

E há uma informação de primeira linha:

** "Jamie Lynn Spears terá já dado à luz por cesariana"

Deu à luz, não deu à luz, vai dar à luz? Quem se arvora em conhecer os desígnios da maternidade?

O grande título

A concorrência é grande. Temos até um representante da área de saúde botânica:

** "Árvore que brotou de semente de 2.000 anos passa bem"

O setor "se alguém compreender, por favor explique", tem dois títulos:

** "Depois do desfile que quase não saiu, clube por opção"

Deve ter algum sentido, com certeza.

** "Vaiado, Brasil prolonga crise e Dunga"

Tudo bem, Dunga é nome de anão, o técnico também não é lá um gigante de estatura, sua seleção é bem fraquinha, mas prolongá-lo não é tortura demais?

E há um título imbatível:

** "Menor grávida fica 3 anos em cárcere privado"

A imprensa não percebeu, mas valia manchete: deve ter sido o maior período de gravidez de toda a história da Humanidade (Fonte:Observatório da Imprensa)

*O autor é Jornalista, diretor da Brickmann&Associados


Sipam divulga relatório de desmatamento em unidades de conservação e terras indígenas de RO

Porto Velho (Ascom/CTO-PV/Sipam) – O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) divulga nesta quinta-feira (26), às 14h30, o relatório anual de desmatamento em terras indígenas e unidades de conservação federais e estaduais de Rondônia. O relatório faz parte do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE) e anualmente analisa a evolução do desmatamento especificamente em áreas protegidas. O evento de divulgação do relatório do ProAE será no auditório do Centro Técnico e Operacional (CTO) de Porto Velho, unidade do Sipam, na avenida Lauro Sodré, 6500, bairro Aeroporto.
A análise feita pelo Sipam compara o avanço do desmatamento nas áreas especiais em relação as anos anteriores e traz detalhamento sobre os novos desmates em todas as unidades de conservação e terras indígenas de Rondônia.
Todas as informações do relatório e os mapas para visualização das áreas desmatadas compõem um CD-Rom que será entregue nesta quinta-feira a todos os órgãos públicos ligados à proteção destas áreas. Para o evento de divulgação dos dados do ProAE e entrega do CD-Rom foram convidadas 37 instituições, entre elas estão Funai, Ibama, Sedam, Polícia Federal, Polícia Militar, Instituto Chico Mendes, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ministérios Públicos Federal e Estadual, que já confirmaram presença.
Segundo o gerente do CTO-Porto Velho, José Neumar Silveira, o ProAE fornece aos órgãos parceiros subsídios para planejar e executar suas ações para a manutenção destas áreas especiais. Silveira ressalta que “o desmatamento em áreas protegidas é proibido, entretanto, verifica-se a cada ano um aumento dos desmates ilegais”.


Júnior comemora aprovação de reajuste para PMs e bombeiros de RO

Brasília (Fabíola Góis/Assessora de Imprensa) - O senador Expedito Júnior (PR/RO) comemorou a aprovação da Medida Provisória 426/08 pela Câmara dos Deputados que aumenta a remuneração dos policiais militares e bombeiros do Distrito Federal. Durante a votação, foi aprovada emenda que estende o mesmo reajuste para os policiais militares e bombeiros dos ex-Territórios de Rondônia, Amapá e Roraima. A Vantagem Pecuniária Especial (VPE) que faz parte dos soldos será acrescida em 40%. A matéria será analisada agora pelo plenário do Senado.
Expedito Júnior vinha cobrando por várias vezes na tribuna o cumprimento de acordo firmado pelo Líder do Governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para a concessão desse reajuste aos policiais dos ex-Territórios. Em sessão do Senado no dia 1º de abril passado, Expedito liderou um movimento de senadores dos ex-Territórios que ameaçou obstruir os trabalhos caso não se encontrasse uma solução para que fossem incluídos como beneficiários da MP 426 os militares rondonienses.
Naquela oportunidade, atendendo às pressões lideradas por Expedito Júnior, Romero Jucá assegurou que negociaria a inclusão do reajuste em futura MP. “Essa é mais uma vitória para os policiais e bombeiros de Rondônia que tentaremos manter no Senado. Nossa próxima luta será a aprovação da PEC da Transposição”, afirmou Expedito Júnior.


TCE/RO simplifica procedimentos‏

Instrutora Elizete Nascimento, do Gespública, aplica Oficina no TCE


Porto Velho (Assessoria) - A Simplificação de Procedimentos para Aquisição de Materiais e Serviços, é o tema da Oficina que a instrutora do programa Gespública, Elizete Nascimento, está aplicando a um grupo de 30 servidores do Tribunal de Contas do Estado que atuam na área de compras.
A Oficina faz parte do projeto da direção maior do Tribunal de Contas, visando a qualificação constante dos servidores do TCE, e, assim, estender esses benefícios aos procedimentos no atendimento aos jurisdicionados.
A Oficina, que vem sendo aplicada desde a segunda-feira, através do núcleo de Gespública do TCE, coordenado pelo conselheiro substituto Davi Dantas da Silva, deverá ao final gerar normas internas de procedimentos na área de aquisição de materiais e serviços para o Tribunal.
Uma das propostas básicas desse treinamento é a simplificação de procedimentos, reduzindo prazos e custos operacionais no encaminhamento de processos, além de fazer com que os participantes se tornem agentes multiplicadores das normas que forem estabelecidas.

PDT oficializa apoio à pré-candidatura de Roberto Sobrinho

Porto Velho - O Diretório Municipal do Partido Democrático Trabalhista de Porto Velho realizará nessa sexta-feira (27), às 15h, um Ato Público no Plenário da Câmara Municipal. O evento tem como objetivo oficializar o apoio do PDT à reeleição do Prefeito Roberto Sobrinho (PT).
Estarão presentes no ato o presidente Regional do PDT, Acir Gurgacz; o presidente do Diretório Municipal do PDT, Ruy Motta; os vereadores do PDT na capital, Chico Caçula e Mário Jorge, além de toda a executiva municipal do partido.
Do lado do PT, além das presenças confirmadas do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, da senadora Fátima Cleide, do deputado federal Eduardo Valverde, do presidente regional Tácito Pereira, do presidente municipal Inácio Azevedo, espera-se também toda a bancada federal e municipal do partido.
Segundo Ruy Motta, o ato vem selar uma parceria que já existe desde o início do mandato do prefeito Roberto Sobrinho. “O PDT já faz e continuará fazendo parte da base do governo municipal e vai trabalhar mais uma vez junto com o PT, agora pela reeleição do Roberto”, disse Ruy.


PPS define Lindomar Garçon (PV) para prefeitura de Porto Velho

Brasília (Claudivan Santiago/Assessoria) - O deputado federal Moreira Mendes, presidente da Executiva Regional do Partido Popular Socialista – PPS, estará percorrendo vários municípios rondonienses durante esta semana para concluir o fechamento das candidaturas próprias e composições partidárias visando às eleições de outubro próximo.
Segundo ele, o PPS terá papel decisivo nas eleições municipais, e onde não for possível ter candidatura própria a prefeito, trabalhará para formar uma coligação forte e competitiva. Moreira participará das convenções do partido em vários nos municípios.
“Vai ser uma semana intensa, de muito trabalho. Nós temos aqui e acolá um problema pra ajudar a resolver e eu quero, como presidente regional, me encontrar com os dirigentes partidários dos municípios onde ainda devemos ter algum tipo de entendimento de natureza política e ajudar a construir um caminho que seja o melhor para o município”, afirma Moreira Mendes.
Ele ressalta, no entanto, que o PPS não tem restrição a nenhum partido no que se refere a eventuais coligações, mas sim restrição a pessoas. “As pessoas que vierem nos procurar para eventuais composições e não tiverem um passado limpo, com ética e decência na política, certamente não terão o apoio do PPS”, avisa.

Reuniões

No último final de semana, Moreira Mendes esteve em Ariquemes, Rio Crespo, Machadinho e Cujubim discutindo com os dirigentes do PPS e de outros partidos as candidaturas a prefeitos e vereadores. Em Machadinho, num entendimento com o deputado Neodi Carlos (PSDC), presidente da Assembléia, o deputado anunciou que o PPS irá apoiar a candidatura a prefeito do Pastor Reginaldo (PSDC). Isto porque a pré-candidata do partido, Ângela do Cariri, retirou sua candidatura em favor da coligação.
Já em Cujubim a situação do PPS ainda está indefinida. Apesar de ter um nome forte na disputa - o do Pastor Ananias, Moreira Mendes trabalha por uma coligação com os demais partidos de oposição ao prefeito João Becker (PT), que é candidato à reeleição.
Na capital, segundo Moreira Mendes, o PPS já se definiu pelo apoio à candidatura do deputado federal Lindomar Garçon (PV), devendo indicar o seu vice. “Eu vou percorrer o estado todo, principalmente nessas regiões que estão mais ou menos críticas. Vou participar da convenção do PPS de Porto Velho, vou estar também em Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná, ajudando na composição. Nossa principal bandeira é escolher alguém, seja do PPS ou não, que tenha compromissos verdadeiros com o município, e que respeite os princípios da boa política, da ética e da decência”, conclui o dirigente.


Fátima Cleide articula recursos para escola em Rolim de Moura

Brasília (Assessoria de Imprensa) - Com articulação do mandato da senadora Fátima Cleide (PT-RO), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) liberou, no início desta semana, R$ 301 mil para o município de Rolim de Moura ampliar e reformar a escola Francisco Duran.
O recurso, liberado pelo governo Lula, possibilitará a ampliação de salas de aula e a reforma dos banheiros e do pátio coberto. Cerca de 790 alunos do ensino fundamental que estudam no colégio rural Francisco Duran, localizado na Rodovia 010-RO, serão beneficiados.
A senadora Fátima acredita que as condições pedagógicas da escola devem melhorar após as reformas. “A destinação desse recurso irá melhorar as instalações da escola para que tanto alunos, servidores e professores possam desenvolver o trabalho com as condições necessárias para o bom aprendizado e ensino”, destacou.
As reformas também cumprem o atendimento das exigências do Conselho Estadual de Educação, que recomenda 25 alunos para cada sala de aula. Conforme a prefeita Mileni Mota, a escola tem que estar preparada para suprir novas demandas de alunos. “Rolim de Moura tem participado de um grande crescimento econômico. O município virou um pólo industrial e temos que estar preparados e aumentando a demanda de alunos a escola estará preparada para receber os novos estudantes”, ressaltou Mileni.
A primeira parte do total dos recursos, R$ 39 mil, foi liberada pelo FNDE/MEC em 2005. O restante, liberado agora, , R$ 301.938,11, definirá a resolução do projeto de ampliação e reforma da escola Francisco Duran.


Notícias de Rolim de Moura

Prefeitura inaugura iluminação do estádio do distrito de Nova Estrela

Gabinete da Prefeitura/Assessoria de Imprensa

A Prefeitura inaugurou no último final de semana, o sistema de iluminação do campo de futebol do Distrito de Nova Estrela. Modernos refletores que garantem iluminação inclusive em áreas adjacentes ao estádio foram instalados. A solenidade contou com a participação de diversas autoridades, dentre estas, a prefeita Mileni Mota.
Atletas e pessoas da comunidade de Nova Estrela elogiaram e ficaram impressionadas com a capacidade de iluminação dos novos refletores, pois é possível ver sua claridade a quilômetros de distância.
Mileni Mota também fez a entrega de um caminhão tanque para coleta de leite resfriado, uma antiga reivindicação da Associação de Produtores Rurais da Linha 200 lado Sul. O presidente da associação, José Fortunato Neto, recebeu todos os documentos das mãos do secretário de Agricultura - Eduardo Umehara e as chaves das mãos da prefeita, do senador Valdir Raupp e da deputada federal Marinha Raupp.
"É com muita felicidade que recebemos este benefício, há muito tempo desejado pela nossa comunidade, e que agora somos atendidos. Obrigado a todos que lutam pelos agricultores do nosso município", agradeceu o presidente José Fortunato.
A prefeita explicou durante pronunciamento na solenidade, que os benefícios repassados à população (iluminação do campo de futebol e o caminhão) foram possíveis devido à apresentação de emendas parlamentares de autorias do senador Raupp e da deputada Marinha. Mileni Mota recebeu das mãos dos representantes da Associação Desportiva do Distrito, uma bola, representando a gratidão dos atletas da localidade.
A solenidade teve com vários outros pronunciamentos de autoridades. "Somos todos responsáveis por tornar Rolim de Moura melhor", disse a deputada federal Marinha Raupp. "Lembro-me de tantos companheiros que estão nesta luta para o desenvolvimento de Rolim de Moura desde quando era prefeito daqui.", relembrou o senador Raupp em momento nostálgico. Ao final acenderam as luzes do campo e as autoridades foram ao centro do gramado para dar o pontapé inicial de um jogo amistoso dos veteranos da Atimos contra um combinado do distrito. Uma grande festa para a agricultura e esporte de Rolim de Moura.


PT discute fortalecimento no DF e oposição ao Governo Arruda

Brasília (Assessoria de Imprensa) - O fortalecimento do PT no Distrito Federal e a organização da oposição ao governo Arruda foram os assuntos da reunião realizada, durante almoço, que contou com a participação do deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) e da bancada distrital do PT. O encontro aconteceu na casa do próprio parlamentar.
Com relação ao fortalecimento do partido, ficou definido que todos vão se empenhar na busca de novas lideranças para fortalecer o PT. “O partido tem todas as condições de receber novos quadros como o ex-ministro Agnelo Queiroz e também novas lideranças, sejam da área sindical, líderes comunitários e de outras áreas”, salientou Magela.
No que se refere à oposição ao Governo Arruda, Magela ressaltou que é uma oposição consciente e positiva para o DF. “São os interesses da população local que direcionam nossa oposição”, deixou claro. E esclareceu que não será ação de um parlamentar ou de um grupo, mas das duas bancadas e de todo o partido.
Entre as medidas para organizar a forma de oposição, ficou definido no encontro, a realização de reuniões em todas as zonais para esclarecimentos dos pontos principais onde serão centradas as ações de oposição ao governo Arruda.


Banco do Brasil homenageado em sessão solene

Brasília (Bety Rita/Assessoria/Gab. Deputado Magela) - O Banco do Brasil comemora seu bicentenário no próximo dia 12 de outubro e ganhou ontem (25) às 10h, homenagem em sessão solene solicitada pelo deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), funcionário de carreira da instituição. A homenagem aconteceu no plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados.
“Nesses 200 anos o BB passou por crises, mudou de atribuições, se recuperou e hoje está consolidado como a maior instituição financeira do País”, lembra Magela
Os ativos do BB, divulgados em recente matéria na mídia nacional, são na ordem de R$ 342,4 bilhões. O banco tem uma base de clientes que gira em torno de 26 milhões de pessoas, dez milhões a mais que seu principal concorrente.
O Banco conta hoje com 15,1 mil pontos de atendimento em 3,1 mil cidades e 22 países. Foi o primeiro banco a operar no país, primeiro a entrar para bolsa de valores, a lançar cartão de múltiplas funções, entre outras ações pioneiras. Hoje atende a todos os segmentos do mercado financeiro, é líder em ativos, depósitos totais, câmbio exportação, carteira de crédito, base de correntistas, rede própria de atendimento no país, entre outros produtos/serviços.Para Magela a contribuição do BB para o desenvolvimento do Brasil é algo inquestionável. Ele acredita que o sucesso da instituição é devido, principalmente.


Diretório Acadêmico


MÍDIA & DISTANCIAMENTO

A relação do jornalismo com a política

*Mayara Rinaldi


Quando se discute ética aplicada ao jornalismo, uma das primeiras questões levantadas é a importância da independência editorial. Está no alicerce da ética jornalística e dos códigos deontológicos da profissão a independência dos meios de comunicação e dos profissionais que trabalham com jornalismo. A maior parte dos veículos assume este valor, ao menos discursivamente, como essencial. No código de ética da Associação Nacional de Jornais (ANJ) do Brasil, por exemplo, entre os dez preceitos listados para serem cumpridos pelos jornais afiliados, o primeiro deles é: "Manter sua independência".
Uma das formas que os profissionais de jornalismo encontraram para cultivar sua independência e buscar a objetividade – conceito muito discutido entre os estudiosos, pois muitos sustentam que é impossível ser objetivo – foi manter distanciamento em relação às suas fontes. Assim, como argumenta Antônio Fidalgo, "a virtude da distância constitui uma das principais virtudes de quem trabalha na comunicação. [...] Distante e próximo designam aqui atitudes e não o local em que o jornalista se encontra relativamente ao acontecimento. É possível manter as distâncias em cima do acontecimento e ser-se demasiado próximo mesmo afastado do acontecimento, no tempo e no espaço".

O "contra poder"

O jornalista Eugênio Bucci, em seu livro Sobre Ética e Imprensa, afirma, inclusive, que a independência editorial e a credibilidade conseguida com tal conduta não são apenas questões éticas, mas também exigências do mercado de comunicações, ou seja, as empresas éticas têm maior probabilidade de sucesso no sistema capitalista.
No Brasil, entretanto, a realidade é um pouco diferente da orientação ética de independência e distanciamento. O site Contas Abertas publicou, no último dia 26 de maio, uma matéria relatando a relação de políticos com a mídia no país. O texto, intitulado "271 políticos são sócios de empresas de comunicação", mostra como é notável a representatividade da classe política na mídia, especificamente nas empresas de radiodifusão. Além das relações declaradas, a repórter lembra também que não é possível mensurar relações informais e indiretas como, por exemplo, por meio de parentes ou pessoas de confiança que ocupam o lugar sem revelarem a quem representam.
Os dados da reportagem, que traz também informações sobre os partidos que mais possuem filiados como proprietários de empresas e os estados recordistas em políticos sócios de mídias, relevam a necessidade da discussão ética que deve ser feita no Brasil. Bucci assinala dois pontos em seu livro que são bastante pertinentes ao tema. O primeiro deles se refere à função do jornalismo como "quarto poder", ou "contra poder". "Falar em jornalismo é falar em vigilância do poder" (p. 18), afirma o pesquisador.

Sem escapatórias

Quando se pensa em jornalismo como vigilante do poder – "cão de guarda" é a famosa expressão para definir este papel atribuído aos jornalistas – fica a pergunta sobre o caso dos políticos donos de empresas de radiodifusão: de que maneira podem estes veículos serem vigilantes de si mesmos?
Outra importante questão, que está diretamente ligada à pergunta acima, tem relação com a afirmação de Bucci: "Pretender que as redações possam ser ilhas de ética dentro de empresas que realizam operações escusas ou dentro de sociedades em que as instituições democráticas sejam precárias, é o mesmo que apostar em boa medicina dentro de um hospital que compra remédios falsificados" (p.25). Como esperar, então, que os profissionais que trabalhem para empresas chefiadas por políticos mantenham o distanciamento necessário para realizar práticas éticas de jornalismo?
A realidade de muitas empresas brasileiras mostra como os veículos do país ainda necessitam evoluir muito em suas coberturas jornalísticas, principalmente quando se fala em jornalismo político. Embora os profissionais que trabalham nestas empresas possam argumentar que, mesmo trabalhando para políticos, conseguem manter sua independência editorial, há um terceiro debate colocado: não é preciso apenas ser ético, mas também parecer ético. "A independência do jornalista só é verdadeira quando é escancaradamente explícita" (p.81), diz Bucci, e quando ela deixa de ser explícita, "surgem as aparências de que, não sendo explícita, ela talvez não seja tão autêntica" (p.82).
Desta forma, no caso dos veículos em que donos ou sócios são políticos não há escapatórias para desculpar a falta de ética em virtude da falta de distanciamento e independência. Ou são condenados eticamente pela relação direta que possuem com a classe política, ou por não explicitarem que não existe influência por parte desta mesma classe. (Fonte:Observatório da Imprensa)

Referências

BUCCI, Eugênio. Sobre Ética e Imprensa. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
FIDALGO, Antonio. A distância como virtude. Considerações sobre ética da comunicação. Universidade de Beira Interior, 1997. Disponível em:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/fidalgo-distancia.pdf. Acessado em: 05/06/08
CONTAS ABERTAS. 271 políticos são sócios de empresas de comunicação. Disponível em:
http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2252. Acessado em : 05/06/08.
*A autora é Estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina