quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Temer diz que não é o momento de discutir cargos

Brasília - Priscilla Mazenotti (Repórter da Agência Brasil) - O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB) e a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), se reuniram hoje (3) pela primeira vez depois do resultado da eleição. Segundo Temer, a conversa, durante um café da manhã, serviu para fazer uma avaliação e discutir sugestões quanto ao futuro governo, mas sem tratar da distribuição de cargos.
"É natural estabelecermos um contato permanente e sem cerimônia", disse. "Começamos uma avaliação do que será o futuro governo: temos uma base aliada que está no governo e vai continuar", completou.
Temer disse que discussões sobre cargos no governo serão feitas futuramente. “Não vamos tocar nesse assunto agora. Toda vez que se toca nesse assunto se tem a impressão de que o PMDB está atrás de cargos. E não é isso”, disse. “Falo aqui mais como vice-presidente, portanto membro do governo, do que como presidente do PMDB”, completou dizendo que todos os partidos terão participação no futuro governo "como tem hoje no governo Lula".
Ele ainda explicou que PT e PMDB firmaram acordo para o rodízio entre os dois partidos na presidência da Câmara e do Senado. A decisão, porém, de qual legenda vai começar essa alternância em cada Casa será tomada apenas em janeiro, depois da posse.
Após o encontro com Temer, Dilma Rousseff seguiu para o Palácio do Planalto, onde se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda-feira (8), será feita a primeira reunião do grupo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil.




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Comitê de Imprensa improvisado


Brasília -Daniella Jinkings (Repórter da Agência Brasil)- Após a vitória de Dilma Rousseff à Presidência da República, a vida do administrador aposentado Robério Simionato mudou. Vizinho de Dilma, ele criou há três dias um comitê de imprensa improvisado e acolhe jornalistas que passam o dia na porta da casa da nova presidente, na região do Lago Sul, em Brasília.
O aposentado abriu as portas da garagem de sua casa para que equipes de imprensa pudessem se proteger das chuvas constantes. Além disso, seu Robério, como gosta de ser chamado, também oferece água, mesas, cadeiras, energia elétrica e banheiro aos profissionais. "Tenho um espírito de solidariedade. Além disso, sou de família italiana e por isso gosto de me relacionar com as pessoas".
Segundo ele, para executar um bom trabalho, é preciso ter estrutura. "Trabalhei muitos anos com logística e achei que vocês [da imprensa] não tinham isso [estrutura]. Aconteceu naturalmente, ninguém pediu para eu fazer isso. Acho que este momento é uma integração cívica. Faz parte da história e estou participando".
Vice-síndico da rua, ele não conhece Dilma pessoalmente e soube que a presidente eleita morava lá porque recolhe uma quantia mensal entre os moradores para pagar um segurança particular para a rua. "Não a conheço, mas votei nela. Votei porque ela tem um projeto político que vai ao encontro do projeto de Lula".





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MST não será tratado como caso de polícia




Brasília -Pedro Peduzzi e Roberta Lopes (Repórteres da Agência Brasil) - A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse hoje (3) que não tratará a questão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como “caso de polícia”, mas garantiu que não compactuará com invasões de prédio nem de áreas produtivas ou com qualquer ilegalidade.
Ela reiterou, ainda, que reprova ações violentas como a praticada no sul do Pará, em 1996. “No meu governo, não vai haver outro Eldorado dos Carajás”, declarou, durante entrevista coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto.
“O que precisamos é transformar o pequeno agricultor em proprietário, e que ele tenha melhorias dentro do campo e na educação”, argumentou Dilma ao defender a reforma agrária. Para que as ações na área tenham êxito, acrescentou a futura presidente da República, “o proprietário tem de ter renda e tem de perceber que melhorou de vida”.





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Dilma garante reajuste para Bolsa Família e salário mínimo nos próximos anos




Paula Laboissière (Repórter da Agência Brasil)






Brasília – A presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou hoje (3) que o salário mínimo e o benefício pago pelo Programa Bolsa Família terão reajustes nos próximos anos.


Em seu primeiro pronunciamento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela avaliou como positivo o critério até então adotado pelo governo de reajustar o salário mínimo com base na inflação e no Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior.


Dilma lembrou, entretanto, que o país enfrentou uma crise econômica que afetou o PIB de 2009, fazendo com os números se aproximassem de zero. “Estamos avaliando. Vamos ver se é possível fazer essa compensação.”


Caso o cenário de PIB crescente se mantenha, a previsão, segundo Dilma, é que o salário mínimo ultrapasse os R$ 600 em 2011 e os R$ 700 em 2012.


Sobre o Bolsa Família, Dilma reiterou que pretende alcançar 100% de cobertura, mas admitiu dificuldades no cadastro das famílias pelas prefeituras.