sexta-feira, 4 de abril de 2008

Cassol empossa novos secretários e superintendentes

Brito do Incra assumiu a titularidade da Sedam, onde era adjunto

Porto Velho (Decom) - Com o auditório da Emater completamente lotado por autoridades e convidados, o governador Ivo Cassol empossou nesta quinta-feira (3) os novos secretários da Casa Civil e Meio Ambiente (Sedam), além dos novos titulares da Superintendência Estadual de Licitações (Supel), do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e da Agência de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia -Idaron.
No lugar de Joarez Jardim, que deixa a Casa Civil, para se candidatar a prefeitura de Ji-Paraná, assumiu Carlos Alberto Canosa, que acumulou os dois cargos: Casa Civil e a Coordendoria Geral de Apoio a Governadoria (CGAG).
Augustinho Pastore, titular da Sedam saiu da Secretaria de Meio Ambiente e assumiu a vaga de Lorival Amorim, presidente da Idaron, que deixou a Agência para concorrer a Prefeitura de Ariquemes. Na Sedam assumiu Cletho Muniz de Brito, mais conhecido como Brito do Incra, ex adjunto do órgão. Adilson Júlio Pereira deixou a Superintendência de Licitação – Supel, para a posse de Aparecida Ferreira de Almeida Soares, que exercia o cargo de presidente da Comissão de Obras da Superintendência.
Na manhã da última terça-feira (01), houve substituição também no Departamento Estadual de Trânsito – Detran. Eduardo Batistella foi para a Corregederia do órgão, substituído pelo funcionário de carreira Elenilton Eller. O novo diretor exercia o cargo de diretor-adjunto do Detran.
Durante a solenidade foi apresentado um vídeo-documentário sobre o Parque Estadual de Corumbiara, reserva ambiental estadual com área superior a 440.000 hectares no sudoeste do estado, próximo a Pimenteiras, na divisa com a Bolívia, e que irá preservar a natureza da região.
O ex-secretário Joarez Jardim falou em nome dos secretários, agradecendo o apoio dos deputados na aprovação dos projetos encaminhados à Assembléia e ao governador Ivo Cassol pela confiança depositada em todos que fazem e fizeram parte de sua equipe de Governo.
Falando em nome dos deputados presentes, o deputado estadual Tiziu Jidalias, líder do Governo na Assembléia, cumprimentou os novos titulares das pastas e desejou sucesso nos rumos que passam a seguir a partir desta data. Aos novos titulares, Tiziu colocou-se à disposição para ajudar naquela Casa de Leis o desenvolvimento de Rondônia.
Em seu discurso, o governador Ivo Cassol lembrou que os novos empossados terão pela frente uma grande responsabilidade: dar continuidade ao excelente trabalho que os antigos titulares realizaram. “Nós procuramos sempre os melhores para administrar o nosso estado, o trabalho continua no mesmo ritmo de sempre. Desejo sucesso a todos, aos que saem e aos que assumem, na nova empreitada”, declarou Cassol.
Após a solenidade o governador viajou para Ji-Paraná, onde participa de um encontro do Tribunal de Contas com administradores públicos de todo Estado, a partir das 8h30 da manhã de hoje.

Cerca de 500 família em Alto Paraíso serão beneficiadas com emenda da senadora Fátima

Brasília (Assessoria de Imprensa/Henrique Teixeira) - O prefeito de Alto Paraíso (RO), Altamiro Souza (PT do B), recebeu uma boa notícia quarta-feira (2). Ele esteve no gabinete da senadora Fátima Cleide (PT-RO) e foi informado sobre o recurso de R$ 100 mil, referente a emenda individual de Fátima, que está para ser liberado pelo ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), neste ano. A verba possibilitará a compra de equipamentos para cerca de 12 associações agrícolas.
A prefeitura vem trabalhando desde 2005 o projeto de Consórcios de Associações de Alto Paraíso (Conapra), que beneficia cerca de 500 famílias do município, no qual trabalham 12 associações como: Apruca, Acaps, Asproja, União de Agricultores Uniagro, entre outras. O programa tem por objetivo facilitar a vida dos produtores associados que recebem apoio técnico do município, além de terras para cultivar.
Os equipamentos agrícolas dispostos na emenda da senadora Fátima servirão para beneficiar o arroz produzido em Alto Paraíso e assim agregar valor maior ao produto. Em 2007, a Conapra conseguiu produzir cerca de 15 mil sacas de arroz.
De acordo com o prefeito Altamiro Souza, esta produção é muito importante para a comunidade de Alto Paraíso. “Para um produtor plantar sozinho é muito difícil. É melhor trabalhar para um fazendeiro. Mas trabalhando em cooperação é muito mais vantajoso e lucrativo. O papel da prefeitura nesse processo é contribuir com todo tipo de ajuda técnica e certamente esse recurso da senadora Fátima trará mais qualidade de vida a esses trabalhadores”, frisou o prefeito.
Para a senadora Fátima, disponibilizar esses recursos para as prefeituras de Rondônia faz parte de um papel político republicano. “Tenho no Senado uma atribuição de legisladora. Mas por outro lado, existe essa possibilidade de enviar recursos para o meu estado. Tenho trabalhado nos dois sentidos, dentro daquilo que me couber fazer para melhorar a vida de todos os cidadãos rondonienses”, explicou Fátima.

Emendas

Entre recursos de emendas de bancada, individuais e extra-orçamentários, o mandato da senadora Fátima articulou junto aos ministérios do Turismo, Cidades e Calha Norte R$ 400 mil. Isso sem mencionar as emendas que estão para ser liberadas em 2008.
Em 2007, por exemplo, o recurso de R$ 300 mil proveniente do Calha Norte possibilitou a drenagem e a pavimentação de cerca de um quilômetro e duzentos metros de rua na sede do município de Alto Paraíso. Outros R$ 100 mil entre emenda individual (R$ 50 mil) e recursos extra-orçamentários (R$ 50 mil) do ministério do Turismo foram liberadas para reforma e estruturação do Jericódromo.


Mapa da saúde do brasileiro

As informações fornecidas pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, nas capitais dos 26 estados do país e no Distrito Federal, revelam os hábitos relacionados à saúde dos brasileiros adultos (> 18 anos).
O inquérito é feito anualmente desde 2006. “Estamos construindo uma linha de base para o monitoramento dos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis. A idéia é, a partir dos dados, basear as políticas públicas de promoção à saúde e prevenção de doenças não transmissíveis”, explica a coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, Deborah Malta.
A pesquisa consistiu em mais de 54 mil entrevistas telefônicas, com um mínimo de 2 mil indivíduos adultos (18 ou mais anos de idade) em cada uma das 26 capitais e no Distrito Federal. A amostragem foi realizada a partir de cadastros das linhas telefônicas residenciais de cada cidade, onde um morador foi selecionado para ser entrevistado.
Para a análise dos dados, foram utilizados fatores de ponderação que igualam a composição sócio-demográfica da amostra em cada cidade àquela observada no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000. Com isto, todas as faixas etárias, de sexo e escolaridade são representadas, conforme a distribuição populacional do Brasil.
As entrevistas foram feitas entre julho e dezembro de 2007 por uma equipe de 60 entrevistadores, quatro supervisores e um coordenador. No questionário perguntas sobre tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, ingestão de frutas e hortaliças, atividade física, proteção contra raios ultravioletas, auto-avaliação do estado de saúde, diagnóstico autodeclarado de hipertensão e diabetes e, para as mulheres, exame de mamografia e preventivo de colo de útero (Papanicolau).
Os resultados do VIGITEL mostram que, de uma forma geral, as brasileiras têm cuidado mais da saúde: alimentam-se melhor, fumam menos, são menos sedentárias, bebem menos e têm menos excesso de peso.
Por outro lado, cerca de 43,4% da população adulta estão com excesso de peso (IMC> 25), apenas 17,7% da população atendem às recomendações da OMS de comer cinco porções diárias de frutas e hortaliças, o consumo de carne com gorduras aparentes está no cotidiano de 32,8% da população e 29,2% dos adultos são sedentários.

Veja a seguir os principais resultados:


Tabagismo

A freqüência de fumantes nas 27 cidades é de 16,4%. “Percebemos que esse hábito está diminuindo, mas o ideal é a sua eliminação” comenta Deborah Malta. A cidade com maior freqüência de fumantes é Porto Alegre (21,7%) e a menor é Salvador (11,5%). Se for comparado o hábito entre homens e mulheres, eles (20,9%) fumam mais que elas (12,6%). Os homens que mais fumam no país estão em Florianópolis (26,4%) e as mulheres, em Porto Alegre (20,1%). Em ambos os sexos a freqüência de fumantes cai após 54 anos de idade, alcançando menor número entre os indivíduos com 65 anos ou mais.

Excesso de peso e obesidade

Aqueles com excesso de peso (IMC maior ou igual a 25kg/m2) já somam 43,4% da população das capitais brasileiras. “A situação é preocupante, o excesso de peso é um fator de risco para doenças do coração, diabetes e outras”, observa a coordenadora. A maior parcela de adultos com excesso de peso foi encontrada em Cuiabá (49,7%), tanto em homens (57,0%) como em mulheres (42,2%), e a menor em Palmas (33,4%). Em geral, a ocorrência do excesso de peso é mais freqüente em homens do que em mulheres. O cruzamento entre excesso de peso, grau de escolaridade e sexo revela que, entre homens, o maior número de indivíduos acima do peso está entre os de maior escolaridade. Já entre mulheres o aumento do peso ocorre quanto menor a escolaridade.
Já em relação à obesidade (IMC maior ou igual a 30 kg/m2), o conjunto das capitais tem 12,9% de obesos sendo a maior parcela encontrada no Macapá (16,1%), seguido de Campo Grande (15,0%). A menor quantidade de obesos está em Palmas (8,8%). O maior número de homens obesos foi encontrado em Macapá (19,5%) e de mulheres, em Cuiabá (14,8%).

Consumo recomendado de frutas e hortaliças

O consumo recomendado pela OMS é de 400g/dia de frutas e hortaliças, o que corresponde a cinco ou mais porções, pelo menos em cinco ou mais dias por semana. No conjunto das capitais e no Distrito Federal, a freqüência da população adulta que consome essa quantidade foi de 17,7%. “Precisamos traçar estratégias para aumentar o consumo de frutas e hortaliças”, alerta Deborah Malta.
A maior freqüência foi encontrada em São Paulo, que apresentou 23% da população com esse hábito. Porto Velho, do lado oposto, apresenta apenas 10%. Entre os homens, a menor freqüência foi encontrada em Porto Velho (6,9%) e a maior em São Paulo (17,5%). Já entre as mulheres, a frequência variou de 10,6%, em Boa Vista, a 27,7%, em São Paulo.

Consumo de carnes com excesso de gordura

O consumo de carne vermelha gordurosa ou frango com pele sem remover a gordura visível do alimento foi de 32,8% da população adulta de todas as capitais e Distrito Federal. A freqüência foi maior em Campo Grande, (45,6%) e menor em Salvador (22,9%). “Campo Grande é a segunda capital em quantidade de obesos. É preciso trabalhar a informação que comer carne sem gordura é melhor para a saúde e previne doenças cardiovasculares”, explica Deborah. Homens tendem a consumir mais (42,7%) que mulheres (24,3%). Os homens de Belo Horizonte são os que mais consomem (57,1%). Entre as mulheres, as de Campo Grande tiveram o maior percentual (35,3%).


Consumo de leite integral

O leite integral é consumido por 53,2% da população do conjunto das cidades estudadas. A faixa de consumo dessa bebida variou entre 42,7%, em Vitória (menor ingestão), a 64% em Belém (maior ingestão). A maior freqüência de consumo de leite integral entre homens foi observada em Manaus (61,7%). Entre mulheres, a maior freqüência foi encontrada em Belém (66,5%). “O consumo de leite em adultos é uma importante fonte de cálcio, mas deve ser incentivada a opção de adotar o uso do leite desnatado, sem gordura, que previne doenças crônicas”, recomenda a coordenadora.

Consumo de refrigerantes

A freqüência de adultos que consomem refrigerantes cinco ou mais dias da semana variou de 21% em Aracaju (menor regularidade) a 38% no Macapá (menor regularidade). No conjunto das capitais e Distrito Federal, 26,7% dos entrevistados bebem refrigerantes. Os homens bebem com maior freqüência (31,7%) que as mulheres (22,4%). Entre os homens adultos, Porto Velho é a capital onde há maior consumo (43%) e o menor em Natal (19%). Entre as mulheres, o maior percentual de consumo da bebida é em Macapá, com (38%), e o menor em Natal (12%). Foi observado também que quanto maior a escolaridade menor o consumo de refrigerantes.

Atividade física no lazer

São poucos os adultos que praticam atividade física suficiente no lazer (30 minutos diários de intensidade leve ou moderada, em cinco ou mais dias da semana, ou 20 minutos de intensidade vigorosa em pelo menos três dias da semana). A freqüência varia entre 11,3% em São Paulo e 20,5% em Vitória. No conjunto das capitais, a prática regular foi de 15,5%. “Talvez Vitória tenha tido a maior freqüência por apresentar um serviço de orientação ao exercício físico criado pela prefeitura há mais de 20 anos. O Ministério da Saúde tem apoiado esta iniciativa”, diz Deborah.
Entre os homens, 19,3% praticam atividade física no lazer e entre mulheres apenas 12,3%. Entre homens, a prática regular de exercício mais freqüente acontece em Belém (25%) e a menos freqüente é em São Paulo (16%). Entre as mulheres, o maior número foi em Palmas (19%) e o menor em São Paulo (8%). A faixa etária entre os homens onde a freqüência é máxima é dos 18 aos 24 anos. Entre mulheres, a situação mais desfavorável é encontrada nas faixas etárias extremas: apenas 10% das mulheres jovens e 11% das idosas informam atividade física no lazer.

Inatividade física

No outro extremo da atividade física está o sedentarismo. A freqüência varia de 25% da população em Porto Velho a 34% em Recife. No conjunto das capitais brasileiras, 29,2% dos entrevistados são sedentários. Houve variação entre os dois sexos para o sedentarismo: os homens são mais sedentários (30,9%) que as mulheres 27,8%. Entre homens a maior freqüência de inatividade física foi encontrada em Florianópolis (35%) e entre mulheres em Teresina (32%). Quanto maior é a faixa etária (> 65 anos) menor é o percentual da população que faz exercícios, tanto nos homens (54%), quanto nas mulheres (58%).

Consumo de bebidas alcoólicas

O consumo abusivo de bebidas alcoólicas (considerado mais de cinco doses para homens e mais de quatro para mulheres em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias) variou entre 13,4%, em São Paulo e 23% em São Luís. A freqüência no conjunto das capitais foi de 17,5%. Na maioria das cidades, a ingestão abusiva foi três vezes maior nos homens (27,2%) do que nas mulheres (9,3%). O maior percentual entre os homens se deu em São Luís (39%) e o menor em São Paulo (21%). Entre mulheres, Salvador é a capital onde há maior consumo (14%) e Curitiba o menor (5%). A partir dos 45 anos de idade a ingestão de álcool declina progressivamente.

Dirigir após consumo de bebidas

O consumo abusivo de bebidas alcoólicas seguido de direção é maior em Palmas (4,5%) e a menor freqüência no Rio de Janeiro (1%). Nas capitais do Brasil, o percentual geral foi de 2%. Ao comparar eles com elas, a situação é mais freqüente entre homens (4%) do que entre mulheres (0,3%). Os homens de Teresina são os que mais bebem no país e conduzem um automóvel (9,5%). As mulheres do Distrito Federal e de Palmas são as que mais ingerem bebida alcoólica e depois dirigem (1,8% e 1,6% em cada capital, respectivamente).

Auto-avaliação do estado de saúde

A auto-avaliação da saúde, obtida com uma única questão que pede para o indivíduo classificar seu estado de saúde em excelente, bom, regular ou ruim, tem sido amplamente utilizada em inquéritos de saúde. De obtenção simples, a resposta a esta questão produz uma classificação global do estado de saúde capaz de captar, além de sinais e sintomas de doenças (diagnosticadas ou não por profissional de saúde), o impacto que essas doenças geram no bem-estar físico, mental e social dos indivíduos.
Cerca de 5% dos brasileiros avaliaram seu estado de saúde como ruim. A freqüência de adultos que auto-avaliou seu estado de saúde como ruim variou entre 3,3% em Belo Horizonte e 7,9% em Manaus (maior freqüência). Entre homens, o maior percentual foi em Salvador, com 7%, e, entre mulheres, Manaus, com 10%. De uma maneira geral, as mulheres tendem a achar seu estado de saúde pior que os homens.

Prevenção de câncer de colo de útero

O Ministério da Saúde recomenda o exame de colo de útero (Papanicolau) a cada três anos para todas as mulheres entre 25 e 59 anos que apresentaram citologia normal no último exame. Para o conjunto das capitais, o percentual foi de 82%, sendo que os maiores percentuais foram observados em São Paulo (90%) e Porto Alegre (90%) e os menores em Teresina (68%) e Fortaleza (69%).

Prevenção Mamografia

A mamografia é recomendada para as mulheres com idade entre 50 a 69 anos, com o máximo de dois anos entre os exames. A recomendação é anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres com histórico familiar de câncer de mama. A freqüência de mulheres entre 50 e 69 anos que realizaram mamografia nos dois últimos anos no conjunto das capitais foi de 70,8%, sendo que o maior percentual foi observado em Florianópolis (85%), seguido de Vitória (84%) e Porto Alegre (81%). Boa Vista (52%) e Macapá (54%) são os locais onde uma parcela menor de mulheres fizeram o exame nesse período. A cobertura da mamografia aumenta quanto maior for o grau de escolaridade.

Proteção contra radiação ultravioleta

A radiação ultravioleta do tipo B (UVB), que faz parte da luz do sol que atinge a terra, é a principal responsável pelas alterações celulares que predispõem ao aparecimento do câncer de pele. A principal forma de prevenção do câncer de pele consiste em evitar a exposição sem proteção ao sol, sobretudo das 10h às 16h. No conjunto das capitais, observa-se que 53,3% da população adulta referiram se proteger dos raios solares quando se expõem ao sol por mais de 30 minutos durante o dia. No outro extremo, a população adulta de Cuiabá é a que menos busca proteção (46,9%). As mulheres (62%) se protegem mais que os homens (43%). De todas as capitais, Florianópolis apresentou o maior percentual da população adulta que se protege dos raios solares (70%), tanto em homens (59%), quanto em mulheres (80%).

Hipertensão arterial e diabetes


O VIGITEL estima e disponibiliza como indicadores da ocorrência de hipertensão arterial e diabetes as freqüências de indivíduos que referem diagnóstico médico prévio dessas condições. Assim, os dados podem não indicar a real frequência desses agravos, já que podem não identificar pessoas ainda não diagnosticadas previamente. De qualquer modo, de imediato, fornecem informações úteis para avaliar a demanda mínima por cuidados de saúde determinada pela hipertensão arterial e pelo diabetes.
No conjunto das capitais, 22,9% da população adulta se declararam hipertensos, sendo o maior percentual observado no Rio de Janeiro (27%) e o menor em Palmas (13,8%). Entre os homens, Recife é capital com mais diagnóstico auto-referido de hipertensão (26,7%). O Rio de Janeiro é a capital onde mais mulheres declaram ter a doença (31%).
Em relação ao diabetes, 5,3% da população adulta das capitais estudadas declararam possuir essa doença. Natal é a capital onde foi observado o maior percentual (7,5%) e o menor foi visto em Boa Vista (1,8%). Entre os homens, a capital onde mais indivíduos referem a doença é Cuiabá (6%) e entre as mulheres, Natal (9%). Considerando toda a população adulta das capitais estudadas, 5,7% das mulheres referem ter diabetes, contra 4,8% dos homens. O diagnóstico da doença é mais comum com o aumento da idade.

COM A PALAVRA, LUCIANO PIRES

Quando Luciano Pires lançou a questão sobre a vergonha e o orgulho de ser brasileiro, acabou “embaralhando” a cabeça de muita gente. Um leitor do comunicador, muito criativo, teve uma saída bem original: “acho que tenho verguho”...

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A CULTURA DO VERGULHO

Existem leitores que são indispensáveis. Enriquecem nossos textos, abrem horizontes, sugerem caminhos e ampliam as possibilidades. Escrevem para reclamar, para perguntar, para contestar, mas são sempre positivos. Querem construir.
Como o Claudio, que ao ler um artigo em que eu falava do orgulho e da vergonha de ser brasileiro, soltou esta pérola: “... se tenho orgulho ou vergonha do meu país? Acho que tenho vergulho... Ou orgonha... Vale ter vergonha e orgulho ao mesmo tempo?”.
Ótima pergunta Claudio! Ela resume a contradição do “ser brasileiro”. Hora somos abençoados, hora somos amaldiçoados. Na verdade, talvez sempre tenha sido assim, a história balançando como um pêndulo, indo cada vez para um lado. Se nos anos cinqüenta éramos o orgulhoso país do futuro, cheio de conquistas, de heróis, de música e de esperança, da metade dos anos sessenta à metade dos oitenta ficamos mais sérios, mais contidos, mais medrosos enquanto observávamos o “milagre econômico” e os generais carrancudos. Depois, na década de noventa, durante os anos da abertura, ficamos desorientados, desbundados, perplexos e ansiosos diante da abertura dos portos, da globalização e da democracia. E entramos no novo milênio para descobrir que faltava-nos preparo, estrutura, cultura, coragem e conhecimento para que o Brasil finalmente acordasse de seu berço esplêndido. E broxamos ao descobrir (na verdade, acho que para a maioria a ficha ainda não caiu) que é impossível construir um país sem um plano. E sem gente comprometida a realizar o plano.
Pois deu no que deu. Não sei se tenho orgulho ou vergonha no país onde todo mundo tem opinião sobre tudo, baseado naquilo que ouviu dizer. Onde o principal meio de informação é a televisão apressada, superficial e refém dos objetivos comerciais. O país onde política é balcão de trocas. Onde a inveja é moeda corrente, onde uns torcem para que os outros não dêem certo. O país onde o conselho mais comum é: “Cuidado! Agora não é hora! Espera um pouco. Deixa pra depois.”.
Minha esperança está sabe onde? Em nossos filhos. Apesar do massacre cultural sem precedentes vejo neles uma centelha de indignação. Uma pequena chama de revolta produzindo uma tímida luz de esperança. Essa chama pequenina quase desaparece, sufocada por gente que acha normal o Presidente da República elogiar em público um político sabidamente corrupto. Ou o gari que devolveu ao dono o dinheiro perdido ser tratado como herói ou trouxa, nunca como uma pessoa normal. Gente que acha certo “inaugurar” obras pela metade em ano de eleição. Que a televisão explore a tragédia exibindo incessantemente videoclipes melosos da inocente menininha assassinada sabe-se lá por quem. Gente que acha normal um senhor de cabelos brancos, músico conhecido, dizendo na TV que “sem socialismo não dá pra falar de amor”.
É, meus amigos, não está fácil...
Temos que alimentar aquelas pequeninas chamas escrevendo, conversando, palestrando, explicando, provocando... Jamais nos alinhando aos que estão conformados ou acham “normal” o que deveria nos indignar.
Para que depois que nos retirarmos da luta nossos filhos continuem até eliminar deste país a cultura do vergulho e da orgonha.
Para que um dia um líder verdadeiro diga na televisão, de forma legítima e honesta:
“Nunca antes neste país as pessoas tiveram tanto orgulho. E vergonha na cara”.

Luciano Pires é jornalista, escritor, conferencista e cartunista. Faça parte do Movimento pela
Despocotização do Brasil, acesse www.lucianopires.com.br.



Merda antiga

Não é exatamente o legado que todo mundo gostaria de deixar para a posteridade, mas pelo menos é uma prova indiscutível de que seres humanos o produziram. Estamos falando de fezes com cerca de 14 mil anos de idade (foto), produzidas -- sabe-se lá em que circunstâncias -- por alguns dos primeiros caçadores-coletores a colonizar o continente americano. O achado prova, além de qualquer sombra de dúvida, que os mais antigos moradores das Américas chegaram aqui antes da chamada cultura Clovis, por muito tempo considerada a mais antiga do continente.
A descoberta -- escatológica, mas um bocado importante -- será publicada numa edição futura da revista "Science", mais importante publicação científica dos Estados Unidos. Os pesquisadores, liderados por Tom Gilbert, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), não só conseguiram estabelecer a data dos excrementos como extraíram DNA deles. O resultado do teste genético revelou a presença de DNA típico dos indígenas modernos -- aparentemente, seus ancestrais já andavam naquela época pelo Oregon, no noroeste dos EUA.

Caverna especial

A pesquisa de Gilbert e companhia se beneficiou das condições extremamente favoráveis nas cavernas onde os coprólitos -- nome dado às fezes fósseis -- foram encontrados. Por serem extremamente secos, os sedimentos dessas cavernas ajudam na preservação de quaisquer restos antigos. Daí a sorte de conterem 14 coprólitos os quais, pelo tamanho, forma, cor e composição química, pareciam ser de origem humana.
"Na verdade, eles são bem diferentes de fezes frescas -- lembram mais fezes muito ressecadas. Têm o mesmo formato, mas são muito quebradiças, quase com uma textura de biscoito. Mas não estão fossilizadas como acontece com dinossauros -- a parte orgânica não foi substituída por minerais", conta Gilbert, que é britânico, embora trabalhe na Dinamarca. As datas obtidas com o método do carbono-14, o mais usado em material orgânico relativamente recente, ficaram em torno de 14 mil anos do nosso calendário.
O problema é que a escavação da caverna não foi feita usando técnicas estéreis -- ou seja, as fezes poderiam muito bem ser contaminadas com DNA dos pesquisadores. Para contornar o problema, todo mundo que chegou perto do sítio arqueológico foi testado. E o resultado é que ninguém poderia ter sido a fonte do DNA indígena -- ao que tudo indica, ele pertence mesmo aos "donos" originais dos cocôs.

Mais antigo

Brincadeiras à parte, os testes fazem das evacuações a mais antiga evidência direta da presença humana na América. O sítio de Oregon só não é mais velho do que o de Monte Verde, no Chile, com uns 14.500 anos -- as datas lá são consideradas válidas pela maioria dos especialistas, diz Gilbert, mas são indiretas, vindo de material orgânico modificado por humanos, como o carvão de fogueiras.
Espera-se que os cocôs ancestrais sejam o último prego no caixão do chamado modelo Clovis. Batizado em homenagem ao sítio de mesmo nome no Novo México, trata-se da idéia de que os humanos teriam chegado à América apenas uns 13 mil anos atrás. A descoberta de Monte Verde já tinha feito essa idéia balançar um bocado, mas alguns arqueólogos dos EUA ainda se agarram a ela.
"Acho que a principal razão para esse conservadorismo é que as evidências contra o modelo Clovis não são tão sólidas quanto muita gente acha. E também vale lembrar que muitas evidências acabam dando apoio a Clovis -- por exemplo, quando a cultura Clovis surge, aparecem sítios arqueológicos na América do Norte toda, enquanto antes quase não há nada. E, finalmente, se alguém passou a carreira tentando provar Clovis, não vai querer mudar de opinião muito
rápido", conclui Gilbert.

Escavações no Peru acham peças de ouro mais antigas das Américas

Liga que também inclui prata e cobre provavelmente foi usada para fabricar pingentes.Objeto indica surgimento precoce da desigualdade social entre povos dos Andes.

São Paulo (Reinaldo Lopes, do G1) - Aos nossos olhos, o vilarejo no alto dos Andes certamente pareceria paupérrimo, mas foi nesse povoado minúsculo que um grupo de arqueólogos americanos encontrou as mais antigas jóias de ouro das Américas. Com cerca de 4.000 anos de idade, os pingentes dourados também são a mais antiga prova do uso de metais no nosso continente.
O mais provável é que os pequenos objetos, composto de mais de 95% de ouro e pequenas quantidades de prata e cobre, tenham integrado um colar, ao lado de pequenos fragmentos de turquesa. A equipe liderada por Mark Aldenderfer, da Universidade do Arizona, encontrou o conjunto no túmulo de um indivíduo idoso (cujo sexo não pôde ser determinado) no sítio arqueológico de Jiskairumoko, na região sul do Peru.
Há 4.000 anos, Jiskairumoko, perto do famoso lago Titicaca, era ocupado por uma vila de pequenos agricultores, que plantavam batatas e outras culturas típicas dos Andes para sobreviver. Os arqueólogos, ao analisar o que sobrou do vilarejo, acreditam que os habitantes passavam boa parte do ano lá, mas ainda podiam se deslocar para outras paragens durante parte das estações.
As pepitas de ouro aparentemente foram trabalhadas com instrumentos e técnicas rudimentares, modificadas apenas para que fosse possível "enrolá-las" em tubinhos e colocá-las num colar (afinal, o ouro foi encontrado disposto em volta do pescoço do indivíduo idoso).
O surpreendente, porém, é que uma comunidade tão pequena e pouco centralizada já tenha começado a produzir adornos de ouro, considerados uma marca típica das sociedades mais centralizadas e hierarquizadas. Para os pesquisadores, trata-se de um indício de que a diferenciação social pode ter começado em estágios mais precoces das comunidades andinas do que se imaginava antes. A idéia é que adornar os mortos com objetos indicadores de prestígio reforça as diferenças entre determinados grupos da sociedade.
A pesquisa está na edição desta semana da revista científica americana
"PNAS".

Arqueólogos acham esqueletos dos mais antigos jumentos domésticos no Egito

Animais de 5.000 anos ainda lembram seus parentes selvagens da Núbia e da Etiópia.
Lesões nos ossos e cartilagens, no entanto, indicam que eles viveram carregando peso

São Paulo (Do G1) - Pesquisadores dinamarqueses, alemães e americanos desenterraram os esqueletos dos mais antigos jumentos domésticos -- bichos que viveram em Abidos, no Médio Egito, há cerca de 5.000 anos.
Em estudo publicado na revista científica "PNAS", eles relatam que os eqüinos ainda se parecem muito com seus primos selvagens da Etiópia e da Núbia (atual Sudão), mas já apresentam lesões em seus ossos e cartilagens que indicam uma vida inteira carregando peso, tal como os jumentos modernos. Mesmo assim, os animais eram honrados pelos antigos egípcios: foram enterrados no cemitério do faraó, em túmulos só para eles.