Liga que também inclui prata e cobre provavelmente foi usada para fabricar pingentes.Objeto indica surgimento precoce da desigualdade social entre povos dos Andes.
São Paulo (Reinaldo Lopes, do G1) - Aos nossos olhos, o vilarejo no alto dos Andes certamente pareceria paupérrimo, mas foi nesse povoado minúsculo que um grupo de arqueólogos americanos encontrou as mais antigas jóias de ouro das Américas. Com cerca de 4.000 anos de idade, os pingentes dourados também são a mais antiga prova do uso de metais no nosso continente.
O mais provável é que os pequenos objetos, composto de mais de 95% de ouro e pequenas quantidades de prata e cobre, tenham integrado um colar, ao lado de pequenos fragmentos de turquesa. A equipe liderada por Mark Aldenderfer, da Universidade do Arizona, encontrou o conjunto no túmulo de um indivíduo idoso (cujo sexo não pôde ser determinado) no sítio arqueológico de Jiskairumoko, na região sul do Peru.
Há 4.000 anos, Jiskairumoko, perto do famoso lago Titicaca, era ocupado por uma vila de pequenos agricultores, que plantavam batatas e outras culturas típicas dos Andes para sobreviver. Os arqueólogos, ao analisar o que sobrou do vilarejo, acreditam que os habitantes passavam boa parte do ano lá, mas ainda podiam se deslocar para outras paragens durante parte das estações.
As pepitas de ouro aparentemente foram trabalhadas com instrumentos e técnicas rudimentares, modificadas apenas para que fosse possível "enrolá-las" em tubinhos e colocá-las num colar (afinal, o ouro foi encontrado disposto em volta do pescoço do indivíduo idoso).
O surpreendente, porém, é que uma comunidade tão pequena e pouco centralizada já tenha começado a produzir adornos de ouro, considerados uma marca típica das sociedades mais centralizadas e hierarquizadas. Para os pesquisadores, trata-se de um indício de que a diferenciação social pode ter começado em estágios mais precoces das comunidades andinas do que se imaginava antes. A idéia é que adornar os mortos com objetos indicadores de prestígio reforça as diferenças entre determinados grupos da sociedade.
A pesquisa está na edição desta semana da revista científica americana "PNAS".
São Paulo (Reinaldo Lopes, do G1) - Aos nossos olhos, o vilarejo no alto dos Andes certamente pareceria paupérrimo, mas foi nesse povoado minúsculo que um grupo de arqueólogos americanos encontrou as mais antigas jóias de ouro das Américas. Com cerca de 4.000 anos de idade, os pingentes dourados também são a mais antiga prova do uso de metais no nosso continente.
O mais provável é que os pequenos objetos, composto de mais de 95% de ouro e pequenas quantidades de prata e cobre, tenham integrado um colar, ao lado de pequenos fragmentos de turquesa. A equipe liderada por Mark Aldenderfer, da Universidade do Arizona, encontrou o conjunto no túmulo de um indivíduo idoso (cujo sexo não pôde ser determinado) no sítio arqueológico de Jiskairumoko, na região sul do Peru.
Há 4.000 anos, Jiskairumoko, perto do famoso lago Titicaca, era ocupado por uma vila de pequenos agricultores, que plantavam batatas e outras culturas típicas dos Andes para sobreviver. Os arqueólogos, ao analisar o que sobrou do vilarejo, acreditam que os habitantes passavam boa parte do ano lá, mas ainda podiam se deslocar para outras paragens durante parte das estações.
As pepitas de ouro aparentemente foram trabalhadas com instrumentos e técnicas rudimentares, modificadas apenas para que fosse possível "enrolá-las" em tubinhos e colocá-las num colar (afinal, o ouro foi encontrado disposto em volta do pescoço do indivíduo idoso).
O surpreendente, porém, é que uma comunidade tão pequena e pouco centralizada já tenha começado a produzir adornos de ouro, considerados uma marca típica das sociedades mais centralizadas e hierarquizadas. Para os pesquisadores, trata-se de um indício de que a diferenciação social pode ter começado em estágios mais precoces das comunidades andinas do que se imaginava antes. A idéia é que adornar os mortos com objetos indicadores de prestígio reforça as diferenças entre determinados grupos da sociedade.
A pesquisa está na edição desta semana da revista científica americana "PNAS".
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