segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

COLUNA BENÊ BARBOSA

Os três do PT

Está confirmado. Em Pimenta Bueno (RO), o ex-vereador José Irineu, a suplente de deputada estadual Marlene Parra e o ex-Secretário de Obras Beto Alcântara são os três do PT que vão disputar as prévias internas do partido, que decide quem será o candidato a prefeito. Ao apresentar o nome dos “prefeitáveis”, o PT mostra que não está interessado na ensaiada coligação com o PMDB de Augusto Plaça, onde teria que se contentar com a indicação do candidato a vice.

O presidente

Em alta no município principalmente por conta do trabalho realizado pelo deputado federal Eduardo Valverde, de quem o prefeitável José Irineu é assessor (com muita competência, é bom lembrar), o PT tem nova diretoria no município. O servidor público Adão José Alves, que já presidiu o poderoso Sindicato dos Servidores Municipais, assumiu o comando da Executiva recentemente. E garante um forte nominata de candidatos a vereadores, acha que o partido elege ao menos dois e ainda disse que vai encontrar tempo para construir a sede própria do Partido. Pelo menos 14 pré-candidatos de forte representatividade popular estão confirmados na nominata proporcional do PT.

O alvo

A possível candidatura solo do PT engrossa a fila dos que querem defenestrar Augusto Plaça do Palácio Vicente Homem. Na remota hipótese de que todos confirmem candidaturas isoladas, a disputa será movimentada. No páreo estará Augusto Plaça, Brito do Incra, Inês Zanol, João da Romana, Paulo de Tarso e o escolhido do PT. Com tantos candidatos, a atenção do eleitor se dispersa e Augusto potencializa as chances de eleição.

Outro dia deu certo

Ninguém descarta a possibilidade de aliança entre o PT e o PSB de Inês Zanol. Não faz muito que essa dobradinha deu certo. Tão certo que teve repeteco na reeleição.

Da central de boatos...

....se escuta que Brito avalia possibilidades de assumir alto posto na Suframa e deixar essa história de candidatura a prefeito para outro dia. Fala-se também que o respeito empresário João Fredi, o João da Romana, não tem demonstrado nenhuma paixão pessoal pela política. Como empresário de sucesso, sabe avaliar as possibilidades de êxito em qualquer empreitada. Por isso, certamente só participa da disputa se tiver certeza de que não vai se transformar num fiasco eleitoral.

Paulinho Cassol

Caso Brito não entre mesmo em campo, Paulo de Tarso, o Paulinho do Adilson, assessor e homem de confiança do Governador Ivo Cassol, torna-se o candidato oficial do Governo. Difícil será costurar alianças, já que junções com o PMDB, PT, PDT e PSB são praticamente impossíveis. Seria, então, possível, algum acerto com o PSDB da vereadora Carla Perón? Os tucanos, até agora, não abriram o bico nem para morder mamão.

Passarinhão pesado

Que não se iludam os distraídos. O PSDB de Pimenta Bueno tem força e respeitabilidade. Tem, acima de tudo, abertura de diálogo com todos os demais partidos e seria muito bem aceito em qualquer coligação imaginável. Hoje, o PSDB tem o vice Arlindo Biazatti, mas não existe uma unha roída de garantia de que essa parceria se mantém para as próximas eleições. O partido do passarinhão bicudo pode acabar sendo elemento decisivo na disputa.

Tô nem ai

Sem menosprezar seus adversários, o prefeito Augusto Plaça faz o gênero “tô nem aí”, demonstrando que confia numa reeleição tranqüila. Enquanto isso Inês Zanol e sua tropa de choque não descansam um minuto, ocupa espaço e cresce cada vez mais. Hoje, a disputa seria polarizada entre Augusto e Inês. A aparente despreocupação de Augusto Plaça pode resultar em surpresas desagradáveis.

Mosquito total flex

E a natureza vai no pique da evolução tecnológica, ou vice-versa. Eis que temos agora o mosquito total flex, equipado com dois tipos de moléstia. A vítima não tem a primazia de fazer escolha, mas o bicho tanto pode injetar nas pessoas o vírus da dengue quanto o da febre amarela. Por enquanto a dengue lidera o ranking, mas a febre amarela vem crescendo de maneira preocupante.

O retorno do lesmão

Pegajosos e transmissores de várias doenças, os caramujos africanos estão de volta, infestando vários bairros. Os lesmões são perigosos, mas também bonitos, motivo que leva muita gente a preservar seus cascos como objetos decorativos. As autoridades sanitárias não recomendam nenhum contato com o bicho ou com seus cascos vazios. Juntar os caramujos com a proteção de luvas e queima-los é a maneira correta de impedir sua proliferação. E já que quase ninguém vai ter luvas na gaveta da cozinha, usar sacolas plásticas para proteger as mãos também funciona.

Temperados

Meter os lesmões em solução forte de água e sal é medida eficiente para os matar rapidamente. Os gosmentos literalmente se dissolvem, mas seus ovos continuam intactos, de maneira que o ciclo reprodutivo não cessa. Portanto, fica explicado que não basta só temperar os lesmões. Tem que assar também.

No rabo da bicha

Em Portugal, os patrícios chamam fila de “bicha”. O fim da fila é “rabo”. Assim, quem está no fim da fila, está no “rabo da bicha.” E a partir de hoje, como diriam os portugueses, temos duas “bichas” enormes no centro da cidade. Uma no Cartório de Notas, para se autenticar documentos, e outra na Prefeitura, para se inscrever no concurso público. Outra “bicha” estará no Banco do Brasil, para que as pessoas consigam pagar antecipadamente as taxas para inscrição. Como são muitos os que pretendem ingressar no serviço público, ninguém vai ficar no “rabo da bicha” muito tempo.

Eles sabem?

Cabe uma indagação; será que os portugueses sabem o que significa a palavra “bicha” para os brasileiros. E será que eles têm a menor noção do que qualquer um brazuca imagina esse negócio de estar no “rabo da bicha”. Os portugas inventam essas coisas e depois ficam irritados quando a gente se esmera em criar piadas de portugueses. Ora, pois!

Caros amigos

Não creio que meus doze ou treze leitores tenham sentido falta, já que estive ausente por prolongado tempo. Mas eis que estou de volta. E contando com sugestões para continuar ajuntando letras nesse espaço, de maneira que todo e qualquer comentário, critica ou sugestões será bem vindo. O endereço é benebarbosa9@hotmail.com.

Empresário do Grupo Cairú sofre acidente na RO 010

Pimenta Bueno (RO) - Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar de Pimenta Bueno, ontem domingo (20), por volta das 12h, empresário Eugenio Odilon, um dos sócios do Grupo Cairú, perdeu o controle de sua caminhonete Ford Ranger, placa NDF 6565 de cor prata, vindo a sair da pista e capotar por varias vezes no meio do mato.
O acidente (foto) aconteceu a uns 6 km de Pimenta Bueno, sentido Rolim de Moura, próximo à ponte do rio Marreta. Segundo informações, Eugenio estava sozinho no veiculo Ford Ranger, um motoqueiro ainda não identificado trafegava em sua frente freou bruscamente, Eugenio que estava logo atrás também freou para não atingir a moto, tentou controlar o veiculo mais não foi possível, saiu da pista, capotando na ribanceira.
O motoqueiro não parou para socorro, o empresário, no entanto só teve uns arranhões no braço e passa bem. A polícia foi acionada quase duas horas depois, por uma ligação anônima, de alguém que passava pelo local e viu a Ranger na ribanceira.
A guarnição comandada pelo Cabo Rampinele, acompanhado do PM Amâncio e PM Gomes compareceu no local, juntamente com o corpo de bombeiros, mais o Empresário já havia sido socorrido.A veiculo Ford Ranger, com certeza não presta pra mais nada. (fonte:
http://www.folhapimentense.com.br/ - foto: Edmar, Reboque Nacional)

Centrais sindicais iniciam campanha pela redução da jornada de trabalho

São Paulo (Renato Brandão/Agência Brasil) - Representantes de seis centrais sindicais lançaram hoje (21), na cidade de São Paulo, uma campanha nacional pela redução da jornada de trabalho sem perdas salariais na sede paulista da Central Única dos Trabalhadores. Os sindicalistas pretendem fazer mobilizações e recolher ao menos 1 milhão de assinaturas e entregá-las ao Congresso Nacional.
Os líderes sindicais querem a diminuição da carga horária de 44 para 40 horas semanais e acreditam que a redução possibilitará a geração de cerca de 2 milhões de novos empregos com carteira assinada e maior distribuição de renda no país. Eles também pedem que os empresários dividam os ganhos de produtividade com a classe trabalhadora.
As centrais pretendem realizar uma manifestação na capital paulista no próximo dia 11, data da reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional onde tramita, desde 2001, uma proposta de emenda à Constituição (PEC), do senador Paulo Paim (PT-RS), - na foto de Roosewelt Pinheiro/AB -r para reduzir a jornada de trabalho no país para 40 horas semanais, com redução futura e gradual até 36 horas semanais.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, a redução da jornada não trará aumento significativo de custos para o empresariado. Segundo ele, essa elevação é estimada em 1,3% pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e seria “facilmente compensada pelos ganhos de produtividade dos últimos anos”.
O presidente da CUT lembrou que discussão semelhante foi travada durante a Assembléia Nacional Constituinte nos anos 80, quando a jornada foi reduzida de 48 para 44 horas semanais. “Uns diziam que a gente queria fechar as empresas e que ia aumentar o desemprego no país, mas nada disto aconteceu”, afirmou.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, acredita que uma nova redução poderá levar a um aumento de custos para as empresas que, conseqüentemente, será repassado aos consumidores. “Por isso, tem que trabalhar com uma idéia de negociação [com o governo federal e os empresários]”.
Segundo ele, esta proposta não é consensual entre as centrais que lançaram a campanha, embora ele acredite neste caminho.
“Podemos mobilizar esta negociação com o empresariado para que se reduza a jornada de trabalho para 40 horas, os trabalhadores mantenham os salários e o governo entra com o alívio fiscal, para que as empresas não arquem com todos os custos”, explicou.
A jornada brasileira é maior que a de países desenvolvidos e até de outros latino-americanos. Na Alemanha, a jornada semana é de 39 horas; nos Estados Unidos, 40 horas; e no Canadá, 31 horas. No Chile, a jornada semanal é de 43 horas e na Argentina, de 39 horas. Em todos esses países, a jornada foi reduzida nos últimos 20 anos.

Os dados são da Campanha pela Redução da Jornada de Trabalho, coordenada pelo Dieese e por cinco centrais sindicais.Além da CUT e da Força Sindical, participam da campanha unificada pela redução da jornada de trabalho a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Cahulla vistoria obras da nova Ciretran de Guajará-Mirim

Porto Velho (Decom) - O município de Guajará-Mirim vai ganhar, ainda no primeiro semestre deste ano, as novas instalações da sede da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). A obra, orçada em mais de R$ 616 mil, com recursos próprios, vai permitir mais conforto aos servidores e usuários, além de agilizar os processos tendo em vista os investimentos em novos equipamentos.
Na última sexta-feira, (18), o vice-governador em exercício João Cahulla (foto), aproveitou sua ida à região, onde entregou benefícios, para vistoriar as obras, que estão sendo executadas em ritmo acelerado, devendo ficar pronta em cerca de 120 dias.
“Na atual administração, o Detran vive uma realidade muito diferente da de administrações anteriores, quando o órgão não funcionava. Com a política administrativa adotada pelo Governo de Ivo Cassol, o Detran se tornou auto-suficiente e ainda economiza para ajudar o Governo na compra de equipamentos e outros serviços”, observou Cahulla.O vice-governador rondoniense observou que tem feito esse trabalho de vistoria de obras e serviços em execução pelo Governo, trabalho que outros ocupantes do cargo em Rondônia não realizavam. “Isso demonstra que há uma sintonia muito grande hoje entre o governador e o vice, quem ganha com isso é a população do Estado. Todos sabem que o governador Cassol gosta de estar ao lado do produtor rural, visitando cada município, sempre levando benefícios, e eu como vice-governador tenho também procurado adotar essa postura, como forma de auxilia-lo nessa tarefa de governar Rondônia”, finalizou João Cahulla.

MST ocupa fazenda que pertencia a Abadia e cobra reforma agrária

Brasília (Sabrina Craide/Agência Brasil) - Com o objetivo de cobrar do governo federal a desapropriação de áreas para reforma agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou hoje (21) a Fazenda Finca, que pertencia ao narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia. A propriedade fica no município de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre (RS).
De acordo com Luciana da Rosa, uma das integrantes do MST que participam da ocupação da fazenda, cerca de 300 famílias estão no local desde as 5h da manhã. O local foi escolhido porque a propriedade deve ser leiloada na tarde de hoje. “Acreditamos que áreas que não cumprem sua função social têm que ser desapropriadas para a reforma agrária e não leiloada para a burguesia usufruir delas”, afirmou.
A integrante do MST lembra que, no ano passado, o governo federal prometeu assentar mil famílias até abril e outras mil até dezembro. “Até agora não houve avanço nenhum. Decidimos que não vamos parar de nos mobilizar enquanto não saírem os assentamentos”, disse Rosa. Segundo ela, existem mais de 2,5 mil famílias acampadas no Rio Grande do Sul.
De acordo com a soldado Alessandra Ratnieks, da Brigada Militar de Guaíba, uma viatura está no local desde cedo. “Ninguém entra nem sai da fazenda”, contou. Segundo ela, os policiais aguardam orientação do Comando da Brigada para definir as próximas ações no local.
Segundo o MST, a fazenda está estimada em R$ 1,7 milhão. O narcotraficante, preso no dia 7 de agosto pela Polícia Federal em São Paulo, tem uma fortuna avaliada em US$ 1,8 bilhão. Ele teve seus bens desapropriados pela Justiça Federal depois que foi preso.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ainda não se manifestou sobre a ocupação da Fazenda Finca.

Fazenda de Abadía é imprópria para agricultura, avalia Incra

Brasília (Sabrina Craide/Agência Brasil) - Uma avaliação feita por engenheiros agrônomos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) concluiu que a área de 119 hectares da Fazenda Finca é imprópria para a agricultura e é inviável para a realização de assentamentos da reforma agrária. A fazenda, que fica no município de Guaíba (RS), era do narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía e foi ocupada hoje (21) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em nota divulgada à imprensa, a Superintendência Regional do Incra no Rio Grande do Sul informa que a área não apresenta viabilidade de exploração agrícola e pecuária. Além disso, segundo o órgão, parte da fazenda é formada por áreas de preservação permanente.
“Além da inviabilidade para assentamento, o imóvel possui benfeitorias, como a casa de 600 metros quadrados, que elevam desproporcionalmente seu valor. Não há, portanto, razões para que o Incra-RS participe do leilão deste imóvel [e adquira a fazenda para a reforma agrária]”, diz o comunicado, referindo-se ao
leilão da fazenda, realizado na tarde de hoje.

Imóveis leiloados de Abadía saem por preço 38% mais baixo que o de avaliação

São Paulo (Vinicius Konchinski/Agência Brasil)- A Justiça Federal vendeu hoje (21), por cerca de R$ 1,90 milhão, mais três imóveis pertencentes ao traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, que está preso desde agosto no Brasil. Os bens - uma casa em um município paulista, um sítio em Minas Gerais e uma fazenda no Rio Grande do Sul - foram negociados em leilão realizado simultaneamente na internet e na sede do Instituto Nacional de Qualidade Judiciária, em São Paulo.
Na média das três vendas, os imóveis foram arrematados por 38% menos que o valor sugerido em avaliação, porém por preço 16% mais alto que o mínimo estipulado para o leilão.
O imóvel mais disputado foi o sítio de Pouso Alegre (MG), que já havia sido arrematado no primeiro leilão, realizado dia 9, mas que acabou não sendo vendido, por divergências na forma de pagamento. Com 20 hectares e lance inicial de R$ 270 mil, o sítio foi negociado por R$ 390 mil, 44% a mais que o inicial. Mesmo assim, foi vendido por 27% menos que os R$ 540 mil sugeridos em avaliação.
A casa, com 450 metros quadrados, localizada em um condomínio fechado no município de Santana do Parnaíba, em São Paulo, foi arrematada por R$ 676 mil, 28% mais que os R$ 526 mil iniciais, porém 23% menos que os R$ 877 mil sugeridos.
A fazenda, com 36 hectares, localizada no município de Guaíba, no Rio Grande do Sul, foi vendida pelo valor mínimo estipulado no leilão: R$ 850 milhões. A propriedade, que foi ocupada hoje, por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), acabou negociada por metade do preço de avaliação.
Os compradores dos bens de Abadía têm agora 72 horas para depositar o valor dos lances, em dinheiro, em conta indicada pela Justiça. Caso o depósito não seja feito, a venda será cancelada. Segundo o leiloeiro oficial, Renato Moisés, o dinheiro da venda ficará sob responsabilidade da Justiça até a conclusão do julgamento de Abadía. Se o traficante for condenado, o valor será repassado à União. Se for considerado inocente, receberá o dinheiro de volta.

Aéreas priorizam expansão de rotas entre Brasil e EUA

Brasília (Daniel Rittner/Valor Econômico) - O aumento da oferta de vôos entre Brasil e Estados Unidos está no centro da estratégia das companhias aéreas em 2008. No ano passado, a Varig correu para retomar suas operações na Europa e a TAM inaugurou novas rotas - como Milão, Frankfurt e Madri - para preencher o vazio deixado pela antiga líder no mercado internacional. Agora, a aposta das aéreas está na ampliação das ligações para cidades americanas.
TAM, que nos vôos para os Estados Unidos consegue ocupar 85% dos assentos oferecidos na alta temporada e 72% na baixa, estuda a criação de três rotas: Rio-Miami, Rio-Nova York e São Paulo-Los Angeles - atualmente não há vôos diretos entre o Brasil e a Costa Oeste. Para isso, só depende do aumento da frota de aeronaves de longo curso. Já a Varig planeja voltar ao mercado americano no segundo semestre.
Se houver aviões disponíveis para iniciar os vôos, essa programação pode até ser antecipada para o fim do primeiro semestre, diz Lincoln Amano, diretor comercial da Varig. "A intenção é começar por Nova York e em seguida operar também para Miami", comenta o executivo, que espera chegar ao fim de janeiro com uma frota de 12 aviões do modelo 767 da Boeing. Os vôos para Nova York devem ser iniciados primeiro, segundo ele, porque a capital financeira tem demanda maior e oferta mais ampla de conexões para outros destinos dos Estados Unidos. "E é mais a cara de uma empresa focada no viajante a negócios", afirma o diretor da Varig, adiantando que os vôos partirão do aeroporto de Cumbica (Guarulhos).
As companhias americanas também têm interesse em ampliar suas rotas. Delta e American Airlines comunicaram ao governo que têm intenção de voar para capitais como Brasília, Recife, Salvador e Fortaleza. O problema é que, pelo acordo aéreo bilateral entre Brasil e Estados Unidos, as empresas de cada país podem fazer no máximo 105 vôos por semana. Enquanto as brasileiras são responsáveis por 35 freqüências semanais, as americanas já esgotaram sua cota. Elas pediram ajuda da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília para negociar essa ampliação com o governo.
Com o apoio da ministra do Turismo, Marta Suplicy, a Embratur tem pedido à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que aumente o limite de vôos. Os Estados Unidos são o segundo país que mais envia turistas ao Brasil - são aproximadamente 750 mil por ano. "Temos muito interesse em ampliar as freqüências para o Centro-Oeste, Norte e Nordeste", afirma a presidente da Embratur, Jeanine Pires. De acordo com ela, os Estados Unidos estão entre os quatro países de "altíssima prioridade" para o órgão de divulgação do Brasil no exterior e receberão foco especial em 2008. Isso inclui uma intensa campanha de mídia entre março e junho, véspera da alta temporada para os americanos, que costumam sair de férias de julho a setembro.
Para Jeanine, a indústria do turismo no Brasil deve observar as oportunidades que, paradoxalmente, podem surgir com a crise de crédito na economia americana. "Os turistas americanos podem trocar destinos mais caros, como a Europa, pela América do Sul", acredita. Ela frisa que a política de promoção turística brasileira nos Estados Unidos não deve basear-se somente nisso, e sim manter uma lógica de atração contínua de viajantes a médio prazo. Mas pondera que, num momento em que a renda das famílias americanas pode ficar mais comprometida, viagens pela América do Sul tornam-se uma opção e o Brasil deve estar preparado para receber esses turistas.
A questão, segundo a presidente da Embratur, é que começa a haver mais procura do que oferta nos vôos ligando os dois países. Isso faz com que o Brasil perca competitividade em relação a seus "concorrentes" no continente, pois tem sido cada vez mais incomum encontrar bilhetes aéreos em classes tarifárias promocionais nesses vôos. Daí, conclui Jeanine, a necessidade de ampliar a oferta, especialmente fora de Guarulhos e do Galeão. "Não podemos prejudicar as companhias brasileiras, mas não podemos cair no outro extremo", diz.
A frase da executiva é uma resposta indireta às pressões das empresas brasileiras para que a Anac não libere, em hipótese nenhuma, mais vôos das americanas para São Paulo ou Rio. Elas defendem que, antes disso, deve haver maior equilíbrio na quantidade de vôos feitos por companhias de cada país. Atualmente, quatro aéreas americanas mantêm linhas para o Brasil - American, Delta, United e Continental.
Fontes do setor com assento nas reuniões plenárias da Superintendência de Relações Internacionais da Anac, que distribui as autorizações de vôos ao exterior, duvidam do interesse das americanas em inaugurar vôos para destinos como Brasília ou no Nordeste.
De acordo com essas fontes, a agência reguladora chegou a oferecer 21 freqüências adicionais por semana - sete para Salvador, sete para Brasília e sete para Manaus - às quatro companhias dos Estados Unidos, mas elas não teriam aceitado.
Setur discute incremento do turismo com Jornada Verão Legal



Porto Velho (Veronilda Lima/Decom) - Representantes de várias instituições relacionadas ao turismo marcaram presença nesta segunda-feira (21) na Jornada Verão Legal realizada em Porto Velho pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência de Turismo (Setur), numa parceria com o Ministério do Turismo (MinTur) e a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC).
O evento teve por objetivo estabelecer estratégias e desenvolver ações para o acompanhamento, controle e melhoria da qualidade da prestação dos serviços turísticos no Estado, tendo como base o Plano Nacional de Turismo lançado no ano passado pelo governo federal para o triênio 2007/2010, sob o tema ‘Uma Viagem de Inclusão’.
De acordo com o superintendente estadual de Turismo, Manoel Serra, a proposta é de que Rondônia se adeqüe ao plano, mesmo vivendo uma realidade diferente das demais regiões, como por exemplo, as estações do ano, quando o verão coincide com o inverno amazônico.
Serra garantiu que a intenção do Governo é mostrar os atrativos do Estado para que sejam atraídos novos investimentos e, conseqüentemente, turistas. Entre as ações implementadas, ele destacou a pesca esportiva no Vale do Guaporé e a restauração dos trilhos e locomotiva para a retomada dos passeios na estrada de ferro Madeira Mamoré até a cachoeira de Santo Antônio.
O superintendente destacou ainda que a administração Ivo Cassol tem dado significativa contribuição aos eventos turísticos, culturais e desportivos, inclusive às feiras regionais, nacionais e internacionais, que elevam o nome e as potencialidades de Rondônia, e que por isso precisa de mais incentivos do Governo Federal.
“Temos um grande potencial, mas ainda há muito a ser feito para a reestruturação desse setor que com certeza será o mais beneficiado com os projetos em andamento para o Estado, a exemplo das usinas hidrelétricas”, disse Serra, acrescentando que a ampliação dos investimentos, que no ano passado foram de mais de R$ 1 milhão, também faz parte das metas para 2008.
Na esfera federal, conforme Humberto Azevedo, assessor do Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (CadasTur), o Ministério do Turismo está preparando a segunda etapa do Programa Viaja Mais Melhor Idade, que numa parceria com as agências de viagem oferece pacotes turísticos a preços mais acessíveis para as pessoas da terceira idade; divulgação dos 65 destinos indutores do turismo, entre eles Porto Velho; o CadasTur; e o Programa Vistoria Integrada, que pretende melhorar as estruturas e prestadores de serviços para um atendimento qualificado aos visitantes.
Ainda participaram do evento, Robson Silva, coordenador de Marketing da ABEOC; Dario Vasques, da Associação Brasileira dos Bacharéis em Turismo; José Anchieta, da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo; Ananias Frota, do Sindicato da Rede de Hotelaria; e Hilton Gomes, diretor-geral do Senac.

TCE-RO fecha parcerias para melhorar auditorias ambientais

Porto Velho (Lúcio Albuquerque/TCE-RO) - Sipam, Sedam e Batalhão Ambiental da Polícia Militar são três dos órgãos com os quais o Tribunal de Contas do Estado – TCE-RO está buscando parcerias para melhorar a qualidade das ações desenvolvidas pelas auditorias ambientais do próprio TCE-RO.
Essa parceria é vista como de muita importância ao trabalho realizado pelo Controle Externo do Tribunal e está sendo proposta visando a melhora da qualidade do trabalho desenvolvido pelos técnicos do TCE-RO.
Para que os entendimentos sejam finalizados, o presidente do Tribunal conselheiro José Gomes acompanhado do corregedor geral conselheiro Valdivino Crispim vêm mantendo constantes contatos com os três órgãos, o federal e os dois estaduais que deverão, também, participar dos debates relativos aos 25 anos do TCE-RO, em maio.

Ainda na sexta-feira os técnicos Ivaldo Ferreira Viana, Manoel Fernandes Neto e Jovânio Silva dos Santos, todos com formação da área do meio ambiente, reuniram com o major PM Josenildo Nascimento, comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar para adiantar pontos da parceria entre os dois órgãos.

Marta quer mudar férias escolares para aumentar visibilidade de Pasta

São Paulo (César Felício e Cristiane Agostine/Valor Econômico) - A quatro meses e meio da sua possível desincompatibilização para disputar a Prefeitura de São Paulo, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, (na foto de Valter Campanato/ABr) tenta aumentar o poder político e a visibilidade de sua Pasta. A estratégia de Marta é dar um caráter social para as ações do ministério, hoje em dia um repassador de recursos para emendas parlamentares. Além de ampliar o programa de pacotes turísticos e diárias hoteleiras com preços especiais para idosos, a ministra agora planeja alterar o calendário das férias escolares, para diluir a alta temporada de julho nos meses de junho e agosto.
A idéia inicial da ministra era alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para permitir a divisão do período de 30 dias de férias anuais. Marta discutiu o tema com os empresários da área de turismo, há alguns meses. Mas teria desistido da empreitada depois de conversas com os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e da Previdência Social, Luiz Marinho, ex-presidente da CUT.
A ministra então passou a estudar a flexibilização das férias escolares do meio do ano, depois de conversar com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB), não há uma data fixa de férias, mas apenas a exigência de que sejam cumpridos os 200 dias letivos por ano. Conta-se com possíveis acordos com governadores e prefeitos para obter um escalonamento ou divisão das férias.
Os empresários não se entusiasmam com a idéia de alteração das férias escolares e pretendem insistir em uma mudança no período de descanso laboral. Hoje, o secretário de Políticas de Turismo, Airton Pereira, deve se encontrar com os executivos da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, no Rio de Janeiro. "A mudança nas férias escolares é praticamente impossível, porque cada Estado e município teria que tomar esta decisão", disse o vice-presidente da Federação, Alexandre Sampaio.
A intenção da proposta é reduzir a diferença entre alta e baixa estação e atenuar o impacto que teve na indústria hoteleira o aumento do ano letivo em 20 dias, estabelecido pela LDB em 1997, que encurtou as férias. Em Salvador, a ocupação média dos 33,8 mil leitos em 385 meios de hospedagem cai da faixa de 85% a 90% em janeiro para 58% a 60% em junho. A sazonalidade faz com que todo ano sejam fechados 15% dos 14 mil empregos diretos existentes na alta estação. No Rio de Janeiro, o turismo de lazer corresponde a apenas 25% das viagens, mas ainda assim a ocupação cai de 65% na alta estação para 55% em meses como maio e junho.
Outra medida redutora da sazonalidade, mas que tem como principal foco dar uma roupagem social para a ação do ministério, é a promoção do turismo de aposentados, que poderiam viajar nos períodos de menor ocupação. O programa de venda de pacotes, que no ano passado funcionou com saídas apenas de Brasília e São Paulo, desta vez irá estender-se a 12 Estados. O número de destinos subirá de 14 para 35. De nove mil pacotes em 2007, planeja-se um salto para 50 mil este ano, movido a farta publicidade no horário nobre de televisão. O ministério planeja implementar ainda uma espécie de "meia-entrada" na rede hoteleira. Seria criada uma tarifa especial para os hóspedes que comprovassem ter mais de 60 anos.
Os incentivos para viagens são a aposta de Marta para tentar criar uma marca administrativa antes de abandonar a Pasta. O Ministério do Turismo é uma Pasta fraca do ponto de vista gerencial, já que não comanda as políticas estratégicas vitais para o setor, como o investimento em aeroportos importantes e estradas. Trabalha com o pagamento de emendas parlamentares para programas pulverizados.
Em 2007, dos R$ 1,8 bilhão que Marta teve para investir, R$ 1,4 bilhão eram emendas parlamentares e apenas R$ 400 milhões investimentos diretos. A ministra conseguiu executar praticamente todo este valor. Estabeleceu uma estratégia de aproximação com os parlamentares para conseguir aumentar o Orçamento da Pasta.
A ministra reuniu-se com diversos prefeitos de cidades turísticas e com os 27 governadores, pedindo sugestões de programas de investimento. Em seguida, pediu a parlamentares que apresentassem emendas destinando recursos a estes projetos. Uma tática já usada pelo antecessor da Marta, Walfrido dos Mares Guia (PTB), que saiu do Turismo para ser coordenador político do governo, até se demitir em novembro, sob acusações de ter se envolvido em um esquema de financiamento ilegal de campanhas em Minas em 1998. Mares Guia elevou de R$ 300 milhões para R$ 800 milhões os recursos da Pasta, em seu primeiro ano, e deste patamar para R$ 1,4 bilhão no segundo ano.
Este ano, foram apresentadas R$ 6,2 bilhões em emendas orçamentárias para a Pasta. Até a derrota do governo na votação sobre a prorrogação da cobrança da CPMF, Marta procurava garantir R$ 2,5 bilhões para seu ministério, em negociações com o relator geral do Orçamento, o deputado José Pimentel (PT-CE).

Agora diante da inevitabilidade dos cortes, a expectativa no ministério é que serão preservadas as emendas individuais e cortadas em 50% as emendas de bancada. Caso isto ocorra, seu ministério seria atingido. Cerca de 90% dos recursos dirigidos pelo Congresso para a pasta são de emendas de bancada, e 10%, emendas individuais.


A ministra já definiu que não tomará qualquer decisão pública sobre disputar ou não a eleição municipal deste ano antes de junho, prazo máximo de desincompatibilização para quem não tem mandatos eletivos. É uma forma de aumentar a tensão no campo adversário, onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), pretende se reeleger e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode se candidatar. Este cenário coloca o governador paulista, José Serra (PSDB), em uma posição delicada, já que Kassab era o vice de Serra até a renúncia do tucano para disputar o governo estadual, em 2006.