quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ibama define encontropara tratar das hidrelétricas do Madeira

Brasília (Mara Paraguassu) - Depois de receber hoje (8) a bancada federal de Rondônia, o presidente do Ibama, Roberto Messias, agendou para 15 de outubro, em Porto Velho, uma audiência para tratar da mudança na localização da usina de Jirau, no Madeira, anunciada pela Suez Energy, vencedora do leilão para construção do empreendimento.
Os parlamentares manifestaram unidade na defesa dos “legítimos interesses de Rondônia”, conforme registra documento entregue a Messias, no qual expressa a boa vontade em colaborar com o fornecimento de energia para o Brasil, deixando claro, entretanto, que não se abrirá mão “da efetiva contribuição das hidrelétricas para o desenvolvimento regional, por meio da utilização da geração de postos de trabalho, de investimentos em capacitação profissional, educação e saúde, plena utilização da mão-de-obra, produtos e serviços locais
A senadora Fátima Cleide (PT) disse ser muito importante este encontro do Ibama em Porto Velho para que sejam esclarecidos à sociedade os passos que a instituição está adotando em relação às questões ambientais, tendo em vista a mudança do local da usina, e sobre o processo de liberação das licenças
O documento também trata dos impactos ambientais e das famílias atingidas pelas usinas no rio Madeira. “Que a compensação pelos inevitáveis impactos ambientais decorrentes da construção das usinas seja feita na própria região afetada”, diz. Sobre os moradores atingidos, os parlamentares pedem que sejam asseguradas às famílias a “continuidade digna de suas atividades produtivas e culturais”. 
Os parlamentares, com exceção do senador Expedito Junior, que não compareceu ao encontro, afirmam ainda que Rondônia poderá dar um “salto na qualidade de vida de seus cidadãos”, mas isso somente ocorrerá se as empresas e o governo federal “se voltarem para as urgentes demandas econômicas, sociais e ambientais de Rondônia”. 
A audiência em Porto Velho deverá ser realizada no auditório do Aquarius Selva Hotel.

Minc anuncia permanência de agricultores na Floresta Bom Futuro

Brasília (Fabíola Góis/Assessora de imprensa) - Mais de cinco mil famílias que vivem na Floresta Bom Futuro, no Alto Ariquemes (RO), têm a garantia de que poderão permanecer na área. O anúncio foi feito hoje (8) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, na companhia do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. O encontro foi proposto pelo senador Expedito Júnior (PR/RO), vice-presidente da Comissão.
Minc reconhece que se o governo federal remover as famílias da área sul da floresta, onde estão há mais de 15 anos, “haverá um desastre ambiental e social”. O ministro citou, inclusive, que existem 10 escolas e 11 igrejas na reserva. Minc afirmou ter se reunido recentemente com o governador de Rondônia, Ivo Cassol, e com o Incra para que se possa chegar a um acordo em relação à parte norte da floresta, com áreas preservadas, mas que ainda há extração ilegal de madeira escoada por um caminho alternativo. O ministro citou que há várias ações transitadas e julgadas, cujos réus era o governador Cassol e o próprio governo federal, ordenando a desocupação da área. “Fizemos um entendimento com o Ministério Público”, afirmou.
Júnior elogiou e parabenizou o ministro Minc por sua postura conciliatória. “Os atuais moradoress atuarão como fiscais do povo em defesa da reserva e evitando invasões, sendo aliados do governo para a manutenção da nossa fauna, da nossa floresta e riquezas minerais”, disse.
Minc afirmou que os governos local e federal terão de ceder outra área de preservação ambiental como contrapartida pela permanência dos atuais ocupantes nessa reserva no Alto Ariquemes.
O senador comemorou, ainda, a decisão do governo federal em manter o plantio da cana-de-açúcar em algumas áreas da Amazônia que já estão com projetos em andamento. “O ministro Stephanes nos garantiu que todos os projetos já aprovados e que estão em andamento, inclusive que conseguiram financiamentos externos, poderão concluir as obras”, destacou Expedito Júnior.

Tiziu visita Jardim no Detran

Porto Velho (Assessoria) O deputado Tiziu Jidalias, visitou na manhã desta terça-feira dia 07, no gabinete do Detran, o diretor geral Joarez Jardim, com o objetivo de discutir uma reivindicação feita pelo deputado que é a implantação do projeto “ Anjos no Trânsito” no município de Ariquemes.
“Este projeto com certeza vai promover um aprendizado aos alunos de escolas públicas e particulares a conhecer a legislação de trânsito” ressaltou Jidalias.
O projeto “Anjos no Trânsito” conta com profissionais ligados ao trânsito da Companhia de Trânsito, Detran e professores, que utilizam a informática como ferramenta de ensino e aprendizagem, auxiliando jovens e crianças sobre educação no trânsito.
O diretor Geral do Detran, Joarez Jardim, agradeceu a visita do deputado e explicou que em breve o município de Ariquemes contará com o “ Anjos no Trânsito”. “A idéia é conscientizar as crianças a se comportarem com segurança no trânsito e o governador Ivo Cassol quer estender este projeto para todo o estado” informou Jardim.
Na ocasião Tiziu lembrou que o município de Buritis já possui um terreno para que seja construída a nova Ciretran, e que o mesmo foi doado por empresários da região. O deputado aproveitou para agradecer a agilidade com que foi criada a comissão de habilitação no município de Ariquemes, em funcionamento desde o dia 1° de outubro.

Idaron lança campanha de vacinação contra febre aftosa

Porto Velho (João Marcelo Costa/Decom) - A Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron) lança neste sábado, dia 11, a 25ª Etapa de Vacinação Contra Febre Aftosa. A campanha de lançamento de controle da doença vai ser realizada na cidade de Buritis e vai contar com a palestra do médico veterinário do Ministério da Agricultura, Dr. Fernando Pinto, com o tema “Perspectiva da Pecuária em Rondônia”. Várias autoridades e produtores rurais estarão no evento. 
De acordo com o presidente do Idaron, Augustinho Pastore, o Estado de Rondônia é referência no país como um dos estados com melhores resultados no combate à febre aftosa. “Já são cerca de 10 anos que nós não temos nenhum foco da doença. O sucesso da erradicação da febre aftosa se dá ao empenho do Governo de Rondônia e lógico, com o apoio dos pecuaristas”, afirma o presidente.
O Idaron tem como objetivo acompanhar e fiscalizar cerca de 85 mil pecuaristas de Rondônia e conta com todo o apoio do Ministério da Agricultura, que considera o trabalho da Agência de Defesa Sanitária um exemplo de controle da doença. A vacinação começa de fato no dia 15 de outubro e vai até 15 de novembro. Os produtores rurais vão ter até oito dias após o fim da imunização para declarar o gado vacinado ou relatar qualquer outro contratempo. 

100% do rebanho

Atualmente o Estado conta com cerca de quase 11 milhões de cabeças de gado e o presidente Augustinho Pastore afirma que vão ser imunizados 100% do rebanho. “Estamos presentes em todos os municípios e distritos do Estado. São 75 escritórios e 14 postos de fiscalização fixos, mais os postos itinerantes, com toda essa estrutura não tem como nenhum criador ficar fora da campanha. Para se ter uma idéia de eficiência da campanha vamos até a Bolívia vacinar o gado que se localiza próximo ao nosso”, finaliza. 
A qualidade no rebanho rondoniense é uma das melhores do Brasil, sendo o quarto maior exportador. A Idaron, por ser um órgão fiscalizador com muita seriedade, faz parte desses resultados positivos que coloca Rondônia como referência no país. 
O local de lançamento vai ser na Cabanha do CTG Hélio Ronsani, bairro Nova Porto Velho, Buritis, a partir das 9 horas. O governador Ivo Cassol confirmou presença, onde destacará a importância da vacinação para a economia do estado.

RO representada na Feira das Américas de Turismo

Porto Velho (Decom) - Foi autorizada pelo governador Ivo Cassol, nesta quarta-feira (08), a participação do Estado de Rondônia, por intermédio da Superintendência de Turismo – Setur, na Exposição ABAV 2008 – Feiras das Américas, que será realizada no Rio de Janeiro, no Rio Centro, do dia 22 a 24 de outubro. 
De acordo com os organizadores, a Exposição de Turismo ABAV é reconhecida pela indústria turística como a maior feira de turismo da América Latina e é o foro principal de comercialização e comunicação do setor, atingindo, de forma positiva, toda a cadeia produtiva que dá suporte à atividade. O evento reunirá cerca de 20 mil profissionais do setor turístico do Brasil e do exterior. Além da exposição, o evento vai abrigar ainda o 36º Congresso Brasileiro de Agências de Turismo.
De acordo com o superintendente da Setur, Manoel Serra, o Ministério do Turismo disponibilizou ao Estado, recursos na ordem de R$ 180 mil reais, com contrapartida do governo estadual, para a montagem do showroom. Com a autorização dada pelo governador Cassol, a Setur agora irá articular empresários e profissionais do ramo turístico em Rondônia para a participação no evento. 
Para Manoel Serra, a participação em feira de porte internacional é uma forma de colocar em vitrine, as potencialidades turísticas de Rondônia. “Apenas nesta exposição, iremos distribuir 20 mil kits, que foram desenvolvidos pela Setur, para a promoção do turismo no estado”. Os Kits trazem material promocional e folders com o perfil socioeconômico do estado e fotos e dicas dos principais atrativos turísticos existentes em Rondônia, destaque para a pesca esportiva.

EscutaZé!

Família Política SA

A falta de atenção quase me prega uma peça nas eleições de domingo passado, quando fui apertar os botões da urna eletrônica para cumprir meu dever cívico.
Com o objetivo de votar nulo, digitei seguidas vezes o número um, e me preparei para apertar o botão verde de confirmação.
Inesperadamente apareceu na tela a foto e o nome do candidato Átila Russomano.
Foi um susto, mas felizmente deu tempo de corrigir o lapso, digitar cinco zeros e, agora sim, anular o voto. 
Nas próximas eleições, a bela Lavinia Vlasak deveria ensinar aos incautos eleitores, como este velho blogueiro, como votar nulo.
Tornei-me otimista depois de ouvir dizer que os otimistas vivem mais. Assim sendo, espero que até lá algumas reformas políticas já tenham sido feitas e eu possa, finalmente, votar em algum candidato que efetivamente me represente no Parlamento - e não a si próprio e sua família.
O fato é que por ignorância e distração, por pouco não voto em Átila Russomano.
Seu número era 11111. Moço de sorte, pois imagino que os partidos sorteiem os números de seus candidatos e coube a ele, seguramente, o melhor em termos de memorização.
Como pela Constituição brasileira todos somos inocentes até prova em contrário, longe de mim imaginar que tenha havido qualquer maracutaia nesse sorteio.
A sorte de Átila em conseguir tão precioso número, porém, não repetiu-se na apuração: não elegeu-se.
Só faltava ele ter sido eleito pela diferença de um voto, justamente aquele que por pouco não lhe dei...
Não o conheço pessoalmente, nunca vi sua campanha eleitoral e nem sei se, de repente, ele não poderia ser o melhor vereador que São Paulo já teve.
A priori, entretanto, essa possibilidade era muito remota. Ele foi candidato apenas por ser irmão de Celso Russomano.
Fico impressionado como esse procedimento se repete na política. É grande o número de políticos consagrados nas urnas que, numa espécie de herança, tentam transferir seus eleitorados para filhos e irmãos.
Formam uma espécie de corporação, uma Família Política SA. É como o dono de uma empresa que transfere ações para seus parentes - irmãos, filhos, mulher.
Na maioria dos casos, confundem os eleitores. Se o político consagrado chama-se Ernesto Peroba, por exemplo, e seu irmão ou filho Antonio Peroba, a campanha é feita apenas com o sobrenome da dupla. 
Vote em Peroba. E pronto. O pobre e geralmente desinformado eleitor nem sabe, ao certo, em quem está votando.
Esse fenômeno não ocorre apenas no Brasil. É internacional.
Nos Estados Unidos tivemos os Kennedy, que, aliás, só foram abatidos a tiros. Bush pai e Bush filho. Bill Clinton e Hillary Clinton. Imagino que os exemplos se repitam às centenas com senadores, deputados, vereadores.
Em alguns casos, o parente herdeiro do capital eleitoral tem talento, é um bom político. Em outros, porém, só tem o parentesco.
É um fenômeno antigo. Um dos casos mais emblemáticos foi o de Juan Domingos Perón, na Argentina (país que hoje repete o fenômeno com Cristina Kirshner, mulher do ex-presidente Néstor Kirshner).
Impossibilitado de continuar no poder, Perón indicou sua mulher Isabelita para concorrer à Presidência em seu lugar. 
Se bem me lembro, Isabelita era ex-modelo. Entendia tanto de administração pública quanto eu entendo de economia e da atual crise financeira mundial. Obviamente, seu governo foi um desastre.

Para que vocês, meus poucos, mas bons leitores, tenham idéia do que isso representou, imaginem o presidente Lula indicando Dona Marisa Letícia para sucedê-lo.

Imaginem.


Blog semanal do jornalista José Luiz Teixeira
(http://escutaze.blog.uol.com.br)

Raupp registra crescimento do PMDB nas eleições

Brasília (Assessoria de imprensa) O líder do PMDB no Senado Federal, Valdir Raupp (RO) registrou da tribuna, o sucesso do PMDB, em todo o país, tanto nas eleições majoritárias, para prefeito, quando nas proporcionais, para vereador.
“No nível nacional, apenas no primeiro turno, o PMDB elegeu nada menos do que 1.194 prefeitos. Esse número representa 21% dos 5.563 municípios brasileiros e pode chegar a 1.205, caso os 11 peemedebistas que disputam o segundo turno vençam suas disputas eleitorais”, afirmou o senador.
Em relação ao 2004, o crescimento no número de prefeitos eleitos do PMDB foi de 12,25%,, informou o senador Raupp ao destacar que no pleito passado, o partido elegeu 1.059 administradores municipais.
Adiantou o senador que nenhum outro partido elegeu tantos prefeitos como o PMDB. “Fomos, ainda, o partido mais votado nas eleições para as prefeituras em metade da Federação: em 13 dos 26 estados brasileiros, o maior número de prefeitos eleitos é do PMDB”, frisou.
Raupp disse também que o sucesso do partido não foi menor nas eleições para vereador. “Conquistamos um total de 8.469 vagas nos legislativos municipais – 7.213 candidatos eleitos isoladamente e 1.256 eleitos por coligação, o que consolida o PMDB como a maior força política nas câmaras municipais do país”, acrescentou.
Quanto a Rondônia, ressaltou o senador, o PMDB obteve bons resultados, tendo conquistado 12 das 52 prefeituras do estado, mais do que o dobro do segundo colocado nesse ranking, o Partido da República (PR), que elegeu sete prefeitos.
“Concorremos em apenas 30 municípios e obtivemos 167.291 votos para prefeito, em todo o estado, quesito no qual ficamos atrás apenas do Partido dos Trabalhadores, que, apesar do número superior de votos, elegeu apenas quatro prefeitos em Rondônia”, prosseguiu o senador Raupp.
“Nas câmaras municipais rondonienses, o partido elegeu 58 vereadores para as 482 vagas disponíveis e recebeu, nas eleições para vereador no Estado, um total de 98.454 votos, apenas 1.500 votos atrás do primeiro colocado, no caso o PT”, informou.
Raupp destacou que a força do PMDB, no país é resultado da combinação bem-sucedida do trabalho daqueles que compõem o partido com o apoio fiel e irrestrito de nossa sólida base eleitoral.
O partido obteve quase 17 milhões de votos para prefeito e cerca de 11 milhões de votos para vereador, nos municípios brasileiros. “Cada voto que recebemos representa, ao mesmo tempo, um reconhecimento do trabalho que realizamos no passado e um voto de confiança no trabalho que realizaremos no futuro”, ressaltou o líder peemedebista ao parabenizar os prefeitos e vereadores eleitos, e todos os que concorreram e, infelizmente, não foram vitoriosos”
Ele lembrou o trabalho realizado pelos militantes, filiados, os senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores que se engajaram nas eleições. “Enfim, nossos parabéns ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro pelo excelente resultado obtido nas eleições municipais de 2008”, concluiu.

Coluna do Antéro

Trapizonga 

Marcos Antéro Sóter

Coça-coça

O jornalista Everaldo Fogaça (O Observador), que deve se filiar a um partido de esquerda ou centro-esquerda, pois diz que está em vôo solo atualmente, está vendo o que é estar do outro lado da moeda. Tanto que vem sendo procurado e sondado por algumas lideranças políticas para ver até onde vai sua coragem. Os “sondadores”, diz-se nos bastidores, querem ver o combativo escrevinhador no palanque tentando votos para alcançar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2010.
Pode ser que sim, pode ser que não, mas mesmo estando a algumas milhas de distância de Rondônia, este escrevinhador de linhas tortas por ajuntamento de letras mortas ficou sabendo por fonte segura que Fogaça (será parente do Zé Fogaça lá do Sul?) está em uma posição muito cômoda, ao ponto de ter o privilégio de escolher com quem quer caminhar nas próximas eleições.

Fogaça morou em Cacoal durante 24 anos e hoje mora na capital onde é diretor geral do jornal eletrônico O Observador. Fogaça até o final do ano termina o curso de direito na Uniron e em fevereiro começa o curso de pós-graduação em direito eleitoral.

Quer dizer: é um cabra letrado!


Coça-coça 2

Outro jornalista rondoniense que também deverá subir em palanque em 2010 é o boliviano Roberto Gutierrez. De tanto criticar a performance de outros profissionais da comunicação em pleitos eleitorais, uma parte dos formadores de opinião de Ji-Paraná e municípios próximos querem vê-lo como telhado de vidro.
Mas como Guti, apelido pelo qual só o Tergon chama o dono da “Folha da Bananeira”, não é dotado de insanidade a ponto de se colocar à disposição de siglas partidárias, acredita-se que será difícil vê-lo em cima do palanque.
Em cima de muro tudo bem, palanque não. Até porque o Acyr, o JB e o Isaú não permitem, e muito menos o Edvaldo Soares.

Coça-coça 3

O não menos combativo jornalista portovelhense Rubens Coutinho bem que poderia ser convidado por Fogaça e Guti para uma conversa de pé de ouvido. Afinal de contas ele sabe e conhece muito bem o que é estar do outro lado da fita. Uma coisa é estar atrás das câmeras, outra é ser o alvo delas....

Dizem que é um ESTOURO!!!!!!!!!

Deixemos a política para ser comentada por quem realmente conhece e vamos para outras áreas que é melhor.

Senão vejamos:

Coisa boa

Uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia, olhou no espelho e percebeu que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.
— Bom (ela disse), acho que vou trançar meus cabelos hoje. Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça.
— Hummm (ela disse), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje. Assim ela fez e teve um dia magnífico.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
— Bem (ela disse), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo. Assim ela fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
— Yeeesss... (ela exclamou), hoje não tenho que pentear meu cabelo.

ATITUDE É TUDO!

Seja mais humano(a) e agradável com as pessoas. Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha. Viva com simplicidade. Ame generosamente. Cuide-se intensamente. Fale com gentileza. E, principalmente, não reclame. Se preocupe em agradecer pelo que você é, e por tudo o que tem!

Interesse Público

MÍDIA RADIOFÔNICA

O que fazer pelas rádios comunitárias

Dioclécio Luz


A política, ao contrário do que imaginam os fiéis jogadores deste jogo, nasceu com o italiano Nicolau Machiavel. Isso tem 500 anos, mas ainda hoje ela é jogada como estabeleceu o florentino. Quer entender o PT, o DEM, o PSDB, a Igreja Católica, a grande mídia? Leia O príncipe.
OK, vão dizer que Sócrates e, antes, Arjuna, Confúcio e Lao Tse, e também as tribos do Xingu e os africanos, tratavam disso... Concordo. Todo mundo tem razão. Mas, para evitar arengas desnecessárias, digamos que Machiavel "inventou" um jeito de fazer política. Um jeito sangrento e cruel, vendido até hoje nas boas casas do ramo sem restrições a faixa etária.

Feito este prefácio exorcista, vamos aos fatos.
Há cerca de um mês, o ministro da Justiça, Tarso Genro, recebeu representantes das rádios comunitárias e anunciou algumas mudanças para o setor. Não é a primeira vez que isto acontece. Talvez não seja o caso, talvez Tarso Genro, que tem um histórico pessoal e político exemplar, esteja de fato querendo resolver a situação, mas não temos nenhuma prova de que o governo pretenda mudar sua política com relação às rádios comunitárias – porque, senhoras e senhores, são seis anos de enrolação. Há seis anos que este governo tenta engrupir aqueles que fazem rádios comunitárias no Brasil. Com uma mão (política) pede calma, fala em parceria, promete mudanças; com a outra (política), determina ao Estado que reprima, humilhe, bata, prenda, execre, exclua...

Burrice como estratégia política

Diante desta realidade histórica, ao invés de apontar correções aqui e acolá, cumpre destacar algumas questões maiores para discussão. Nossa missão aqui é identificar o que pode ser feito pelas rádios comunitárias em alguns setores. Vamos em frente:
O Executivo. Primeiro, parar com a enrolação. Alguém do Palácio do Planalto tem que ser honesto com a sociedade e firmar a palavra: "Nós vamos fazer isso e o prazo é tal." Este interlocutor, por motivos óbvios, não pode vir do Ministério das Comunicações ou da Anatel. Porque submeter os possíveis avanços do setor aos interesses do empresariado da comunicação, ou aos tecnocratas, aos petistas alpinistas no governo ou enroscados em entidades, os jogadores desse jogo, é garantir a continuidade da enrolação.
O Planalto, como é sabido, ainda não sabe o que é rádio comunitária. É uma burrice opcional. Porque a burrice é interessante para o jogo. Cada vez que pega fogo aqui em baixo (no meio do povo das rádios comunitárias) o governo monta um Grupo de
Trabalho ou escala um interlocutor que se reúne com as entidades e pergunta mais uma vez o que fazer. A gente tá sempre começando do zero na relação com o governo.
O Executivo poderia fazer muita coisa. Por exemplo, poderia propor ao Congresso Nacional uma lei decente para a Radiodifusão comunitária. A que está valendo hoje, nº 9.612/98, foi feita para impedir o funcionamento das rádios comunitárias. Até as minhocas lá de casa sabem disso. O governo já podia ter modificado o Decreto 2.615/98, que regulamenta a lei e – inconstitucionalmente – vai além dela. O que mudar na Lei e no Decreto? Se o governo não sabe, paciência. É tudo óbvio. É só abandonar um pouco a prática da burrice como estratégia política e ver o que todos vêem.

O crime é querer se comunicar

O Executivo também poderia fazer uma Medida Provisória anistiando os milhares de presos políticos, acusados de fazer comunicação – na linguagem do Estado, "operar emissora sem autorização". Porque até as minhocas lá de casa, volto a citá-las, sabem que raramente rádio comunitária autorizada é comunitária. Ter um papel pregado na parede não quer dizer nada. Porque o papel, como já foi mostrado em estudo realizado pelo professor Venício Lima, tem sido dado pelo Ministério das Comunicações aos amigos e compadres políticos ou religiosos.
Outra coisa é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ela foi entregue a uma pessoa do PSDB (e eu, pensando que o PSDB era oposição!), Ronald Sardenberg. Ele foi ministro da Ciência e Tecnologia do honorável presidente FHC (intelectual brilhante, garboso, elegante, inteligente, segundo a mídia na época). E que ministro?! Foi ele quem fechou acordo para entregar a Base de Alcântara, no Maranhão, para os norte-americanos, que pretendiam fazer por lá uma base militar. Só não deu certo porque os movimentos sociais fizeram um barulho arretado e o Congresso Nacional vetou. Mas isso é outra história. Pois bem, essa Anatel, eficiente em fechar rádios não autorizadas, nem deveria existir, mas se temos que engolir, pelo menos que se atualize. É preciso ensinar aos agentes sobre direitos humanos, por exemplo. O crachá, acreditam alguns, lhes dá o direito de humilhar os pobres.
A Polícia Federal também precisar aprender muito sobre a questão. Alguns agentes, diga-se a bem da verdade, se sentem constrangidos em fazer esse "trabalhinho" de pegar rádio "pirata"; eles sabem que é uma covardia botar fuzil e metralhadora no peito de pobre de ficha limpa na polícia. Mas boa parcela da PF ainda usa e abusa do poder, humilha e constrange. São os que reproduzem a mentira de que rádio pirata derruba avião e tratam os que estão na rádio não autorizada como se fossem marginais da pior espécie. Na verdade, o grande crime dessa gente é querer exercer o direito humano de se comunicar.

Um relatório metafísico

Ainda com relação à Anatel, se o governo quer fazer algo pelas rádios e acabar com a enrolação, é preciso botar um freio nesta instituição transgênica. A agência tem feito de tudo para impedir o funcionamento das rádios comunitárias (vide "O fim da Anatel" e "A lei troncha faz dez anos", aqui no Observatório). Ainda recentemente colocou para consulta pública (nº 27, com prazo até 22/08) proposta de exclusão das rádios comunitárias do dial. Isso mesmo, a Anatel considera que fica melhor para as comunitárias operarem abaixo da freqüência de 88 MHz – isto é, fora do espectro de radiodifusão, que vai de 88 a 108 MHz. Por que uma proposta como esta, que os tecnocratas da Anatel defendem publicamente (acredite, caro leitor, sem nenhum traço de vergonha na cara), não é feita a uma grande rede? Ora, porque nenhuma emissora se submeteria a isso. Claro. Empurraram essa sobre o povo porque ele não tem poder nem capacidade de enfrentamento. Taí, se o governo quer fazer alguma coisa, muda essa Anatel, muda a perspectiva da Anatel, muda a política da Anatel; não permita que coisas esquisitas e vergonhosas, como esta "consulta", se tornem públicas.
O Executivo também tem que tomar juízo e aprender o mínimo sobre comunicação. Diz o professor Luiz Gonzaga Motta: "Não há poder sem imprensa, nem imprensa sem poder" (Imprensa e poder, UnB, 2002). Mas isso é uma parte da lição. Ele também diz no mesmo texto: "É a imprensa que seleciona, tipifica, descontextualiza, estrutura e referencia o real". Se é assim, se o monopólio da mídia constrói esse real, o real que lhe interessa, por que não investir nas mídias alternativas? Se o governo quer fazer algo de verdade, aproveite a primeira parte do Relatório do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), concluído em agosto de 2005, e conheça a realidade da radiodifusão comunitária. A segunda parte, onde estão as propostas do GTI, jogue no lixo ou mande incinerar – o que tem lá é ridículo. Ah, sim, este relatório tem um quê de metafísico – todo mundo conhece, mas ainda é tratado como sigiloso.

"Função do Judiciário é fazer justiça"


O Judiciário. O Ministério Público Federal é uma instituição rachada: uma banda acha que a rádio não autorizada não deve ser criminalizada; a outra banda defende que o caso é de cadeia. Os ministérios públicos estaduais estão na mesma situação: uma turma para cá, a outra para lá.
Muitos juízes decidiram pela insignificância da atividade e arquivaram processos; eles não caíram no engodo de que rádio comunitária derruba avião ou atrapalha os serviços de segurança, como soam boatos insistentemente por aí.
Os legalistas não precisam se irritar. Afinal, é fato que a legislação tem tido diversas leituras: há juízes que consideram crime operar emissora sem autorização e outros que (com base na Constituição e nos direitos humanos) não vêem nada disso. Os dois seguem a lei. Ou alguém acredita que algum juiz desobedeça a lei? Portanto, é uma falácia dos agentes da Anatel ou da PF afirmarem que seguem a lei ao fazer a repressão. Fosse assim, muitos juízes deveriam estar na cadeia por não reconhecerem como crime a operação de rádio comunitária sem autorização. Na verdade, os atos da Anatel e da Polícia Federal são políticos. Se a Anatel fosse tão ciosa no cumprimento da lei, como diz, deveria fechar as centenas de emissoras de rádio e televisão com outorga vencida. Somente em São Paulo, conforme estudo feito pelo Intervozes, 90% das rádios comerciais são piratas. Mas a Anatel não parece interessada nesta ilegalidade. Ilegalidade de rico é diferente, meu caro leitor.
O fato é que o Judiciário, e em especial o Ministério Público, está sendo experimentado nessa questão. Se a lei é contra o povo, o Judiciário deve seguir a lei? O Ministério Público deve obedecer ao Estado mesmo quando seus agentes repressores são acionados para servir aos interesses de uma minoria? O juiz federal Paulo Fernando Silveira, de Uberaba, Minas Gerais, tem uma posição bem clara: "A função do judiciário não é seguir a lei, mas fazer justiça."

Menos ganância e manipulação

Se queremos um novo país, temos que repensar a Justiça. Seguindo por este caminho, fica a pergunta: é justo que a comunidade tenha um veículo de comunicação? É justo que o povo seja excluído de um espaço (eletromagnético) que lhe pertence? É justo que homens e mulheres, trabalhadores ou aposentados, sejam presos e algemados como criminosos por quererem se comunicar? É justo que o Estado faça uma leitura da lei reproduzindo uma opressão de cinco séculos sobre esse povo?
As igrejas. Elas precisam ser mais cristãs. Isto é, reduzir a gula, a usura, a ganância, que as levam a acumular bens, em especial emissoras de rádio e televisão. Diz uma entidade da Igreja católica, a Associação Nacional Católica das Rádios Comunitárias, Ancarc, que possui mais de 200 rádios comunitárias autorizadas. A Ancarc está associada à CNBB. Isso mesmo, faz parte da tal linha "progressista" da Igreja católica. Não me espanta. A ganância demoníaca pelo poder levou a Igreja a montar um dos maiores latifúndios da comunicação do Brasil. Os números são difíceis de obter porque a propriedade é camuflada junto ao Executivo.
Católicos e evangélicos disputam a posse sobre o que é do povo. Quem tem mais poder político leva mais vantagem. A Igreja católica ganha, por enquanto: ela possui emissoras comerciais, educativas e até "comunitárias". Talvez por circular com desenvoltura em várias ideologias – é esquerda ou direita, conforme a conveniência – sempre está no poder e sempre usa este poder em seu benefício. Ah, em nome de Deus, claro. Machiavel escreveu O príncipe com base nas práticas da Igreja católica da época, sua luta pelo poder – que, como se percebe, continua até hoje. A ganância de poder da Igreja católica é tamanha que – não bastassem as inúmeras TVs e rádios que possui – ainda ocupa as manhãs de domingo da TV Brasil para transmitir a "santa" missa.
Se as igrejas querem de fato democratizar as comunicações, o mínimo a fazer é uma ação humanitária e cristã: devolver as rádios comunitárias ao legítimo dono, o povo. Padres e bispos, cardeais e papas, escutem meu sermão do planalto central: sejam menos gananciosos, não manipulem o povo, entreguem o poder ao povo.

Um novo modelo de comunicação

Jornalistas e radialistas. Os colegas poderiam estudar mais o assunto. Quando se fala em rádios comunitárias, eles reproduzem o pensamento único dos patrões e associam a prática ao crime. Não se dão ao trabalho de investigar como a rádio funciona, questionar as autoridades, avaliar a repressão, procurar entender a conjuntura. Regra geral, as matérias nos jornais, rádios ou TVs, no Norte ou Sul do país, dizem a mesma coisa: relatam o fechamento da rádio, citam a legislação, reproduzem a fala da autoridade repressora. O repórter não se dá ao trabalho de pensar. Talvez porque saiba que este é o tipo de matéria que agrada ao chefe. E feita desse jeito: tendenciosa, ouvindo apenas uma fonte, sem questionamentos. Na verdade, ele faz textos de propaganda.
O que os jornalistas podem fazer? Apenas isso: buscar a verdade. Se fizer, isso o mundo já melhora muito.
As entidades. Por uma série de motivos, várias entidades da sociedade civil se aproximaram das rádios comunitárias. Elas perceberam que a democracia na comunicação tem nas rádios comunitárias um dos instrumentos-chaves. Nem todas essas entidades atuam diretamente com comunicação. Mas estão juntas no processo de transformação; acreditam na comunicação.
Para justificar sua enrolação, alguns do governo (praticantes do sindicalismo medieval) afirmam que o movimento das rádios comunitárias é confuso e não mobiliza. E cobram carro de som em frente ao Planalto. Como se rádio comunitária fosse movimento de massa. Infelizmente alguns dirigentes do movimento das rádios comunitárias ainda não aprenderam que rádio comunitária é mídia, e uma mídia.diferente, que não tem dono, e que ela não é uma "base", como existe nas categorias profissionais; e assim, mergulhados nesse equívoco, baixam a cabeça e ficam frustrados porque não conseguem juntar povo na Praça dos Três Poderes.
Não percebem que o governo erra ao cobrar isso. Como se para ter reconhecido o direito à comunicação (ou a respirar, ou à alimentação), o povo precisasse se organizar, fazer passeata, berrar em frente ao Planalto e levar bordoada da polícia. É claro que na cabeça dos sindicalistas jurássicos instalados no poder (qualquer poder) essa é a regra. Talvez pensando em manipular depois... Para eles, só se reconhece direito humano se tiver organização e mobilização. Em tempo: Marx, tão citado, não tem a nada a ver com isso. Em resumo, para estes dinossauros, um homem passando fome na rua não existe, ele não vai conseguir comida. Ele só existe quando fundar uma associação dos famintos na rua.
Em resumo, tá sobrando política e faltando cultura no governo. Deveria jogar menos o jogo da política (parar de olhar para as rádios comunitárias e para os que a fazem como peças do tabuleiro e, portanto, manipuláveis ou não) e pensar mais em como mudar a situação. Mais cultura significa aprender. Aprender com as rádios. Porque temos grandes e boas experiências em atividade. No sertão da Bahia – em Santa Luz ou Valente, Lençóis ou Itaberaba –, no interior do Goiás, nos pampas gaúchos (Pelotas, Santa Cruz, Alvorada), na baixada fluminense, em São Gonçalo ou Niterói ou Guapimirim (Rio de Janeiro), no Alto José do Pinho (Recife) ou na aldeia dos índios Xucuru (Pesqueira), em Manaus, em Planaltina (DF)... São rádios de qualidade, rádios decentes, rádios feitas pelo povo. Atenção, colegas jornalistas: elas estão construindo um novo modelo de comunicação – radiojornalismo, locução, participação comunitária, estética. Se o governo acordar para isso, o mundo pode mudar. Para melhor.