quarta-feira, 8 de agosto de 2012

COLUNA SEM RECESSO

 ONDE ESTÁ A MÃE DA TRANSPOSIÇÃO?



Por: ELIANIO NASCIMENTO

Não houve reviravolta, como alardeiam políticos em Brasília. A letra fria da Lei foi fielmente cumprida no caso da decisão do Governo Federal e da AGU em manterem a Transposição apenas àqueles que foram contratados até a posse do primeiro governador de Rondônia. A pergunta que não quer calar: onde está a mãe da proposta, a ex-senadora Fátima Cleide? Com o barco afundando- certamente ela mantinha-se firme com os informe da Capital Federal, não se viu a ex-senadora tocar no assunto. Poderia vir a público defender sua proposta inicial, que aliás, contemplava todo o funcionalismo hoje enganado.

Como era

Justiça seja feita: Fátima Cleide apresentou a PEC 087, em novembro de 2003 e o texto beneficiava diretamente quem interessava: todos aqueles que lutaram pela criação do Estado como servidores públicos. A proposta inicial era essa: “Artigo 89. Os integrantes da carreira policial militar do ex-território federal de rondonia, que comprovadamente se encontravam no exercício regular de suas funções prestando serviço àquele ex-território na data em que foi transformado em Estado, bem como os servidores públicos, civis e militares, admitidos por força de lei federal ou estadual, mas que foram custeados pela União até 31 de dezembro de 1991, constituirão quadro em extinção da administração federal, assegurando direito e vantagens a ele inerentes...”

Mudanças complicaram

Com alterações feitas na Câmara. Acusam a dupla Mauro Nazif / Eduardo Valverde dos retalhos, a Emenda ficou assim: “Art. 89. Os integrantes da carreira policial militar e os servidores municipais do ex-Território Federal de Rondônia que, comprovadamente, se encontravam no exercício regular de suas funções prestando serviço àquele ex-Território na data em que foi transformado em Estado, bem como os servidores e os policiais militares alcançados pelo disposto no art. 36 da Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981, e aqueles admitidos regularmente nos quadros do Estado de Rondônia até a data de posse do primeiro Governador eleito, em 15 de março de 1987, constituirão, mediante opção, quadro em extinção da administração federal, assegurados os direitos e as vantagens a eles inerentes...”

Confusão

Como se viu, a emenda literalmente ficou pior que o soneto. Parece que o texto foi feito para complicar, para que apenas poucos fossem beneficiados. Deu no que deu. E agora?

Bastidores

Entra a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman para a reunião com a bancada federal e antes de oficialmente saber o entendimento da AGU, já estava convicta de que a Transposição era até 1987 com salário federal. Chegou a dizer que faria transposição até esse ano e continuaria negociando até 1991. A bancada não topou e o senador Raupp bateu na mesa anunciando que o Estado, ele e a bancada foram enganados.

Será que funciona?

A partir dessa decisão do Governo Federal, a bancada federal poderá adotar um posicionamento em bloco de oposição ao Governo da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. A proposta foi levantada pelo deputado Mauro Nazif e tem a simpatia de alguns parlamentares. O assunto vai ser tratado em reunião da bancada. Nazif já comunicou a decisão ao PSB. A legenda deverá votar contra já em deliberação da Comissão de Finanças nesta quarta-feira. Vamos aguardar.

Raupp

Já Raupp vai se vingar: é relator de uma MP de interesse do Governo Federal. Pode votar contra, ou, negociar a Transposição.

Recursos

O advogado Hélio Vieira, disse que já está pronto para entrar com ação na Justiça Federal contra o Governo pedindo o cumprimento da EC nº 60, da lei 12.249 e Decreto 7.514. Nos próximos dias serão discutidas as estratégias para as ações judiciais, que podem ser coletivas, por categoria, ou individualmente por cada servidor.

Aguardar, aguardar...

O governador Confúcio Moura defende a continuidade das negociações visando a Transposição. Os sindicalistas não querem mais conversas porque concluíram que estão sendo enrolados pela AGU. Aliás, os sindicatos acham que o veto é uma ação orquestrada entre a AGU, os ministérios e o Planalto. Confúcio pediu 15 dias para apresentar uma nova proposta, e quer que o governo federal envie novos projetos de lei ou de emenda à constituição para fazer a Transposição. Os sindicatos acham inviável porque seria o mesmo que jogar no lixo tudo o que já foi feito.

Culpados

O Governo Federal e a bancada são responsáveis pela decepção geral. Os sindicatos estavam fazendo a sua parte, lutando pelos direitos dos servidores. O Estado também ajudou. Os parlamentares enganaram a todos.

Pilantragem

O governo federal ficou sem sustentação quando foi cobrado pelos sindicatos na manhã desta terça-feira. Primeiro a AGU dizia que faltavam elementos para que a transposição tivesse abrangência até 1991. Apresentados os documentos, dizia que faltavam provas. Apresentadas as provas, o Palácio do Planalto passou a ter como justificativa o alto custo da transposição (a AGU calculou em 2,7 bilhões e a União dizia que só podia gastar 1,4 bilhão. Os sindicatos provaram que o custo é de 1 bilhão). Ultrapassada a questão do custo, o governo não tem mais justificativa. A AGU garantia que a PM estava incluída até 1991. Depois mudou de posicionamento.

Sem vinculação
 
Sindicalistas e bancada federal consideram que a luta pela Transposição não deve ser vinculada ao processo eleitoral. Isso porque os candidatos, isoladamente não podem fazer nada, nem podem usar essa luta em suas campanhas, pois a luta é coletiva. É, mas se desse certo, apareceriam mães, pais, irmãos, tios, primos e uma fila interminável de políticos querendo tirar casquinha da finada...




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Governo nomeia delegados para mediar conflitos agrários em Rondônia

Brasília - O governo de Rondônia nomeou dois delegados de Polícia para atuar na mediação de conflitos agrários no estado. A informação é do deputado federal Padre Ton (PT-RO), que recebeu a informação do gabinete do governador Confúcio Moura através do Ofício 2629/2012.
A nomeação resulta de pedido feito pelo deputado Padre Ton em audiência que teve no dia 5 de julho com o governador e integrantes do movimento Grito da Terra. Na ocasião, o deputado relatou diversas ocorrências de violência cometida contra trabalhadores rurais, registro feito também pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro), Lázaro Dobre. Somente em Vilhena, este ano, teriam sido assassinados dez trabalhadores rurais.
“Há um histórico de conflitos na região Sul de Rondônia, e o que percebemos é a necessidade de qualificar a polícia e despolitizar sua atuação”, disse Padre Ton durante o encontro, fazendo um apelo para que o governo oferecesse sua contribuição no combate aos crimes no campo. A reivindicação é parte da pauta do Grito da Terra deste ano.
Conforme o ofício 2629, foram nomeados no dia 19 de julho como Delegado Especializado em Mediação de Conflitos Agrários os delegados Júlio José da Paixão Neto e Ícaro Alex Soares Bezerra, para atuar respectivamente na circunscrição de Guajará-Mirim, Ariquemes e Ji-Paraná e Cacoal, Rolim de Moura, Vilhena e São Miguel do Guaporé.
Padre Ton disse que a medida é um importante indicativo da preocupação do governador com a questão dos conflitos agrários, e com isso espera que o estado e a União possam atuar em parceria para evitar mais mortes de trabalhadores.

Fonte: Mara Paraguassu/Assessoria Padre Ton




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Justiça Eleitoral nega 256 registros de candidatura em Rondônia


15 foram com base na Lei da Ficha Limpa

Porto V elho - O prazo limite estabelecido pelo calendário eleitoral para julgamento dos registros de candidatura encerrou no dia 05/08 (domingo) e nos 5.568 municípios brasileiros, apenas 5% dos processos aguardam julgamento. Em Rondônia apenas 2% dos registros ainda aguardam julgamento, contudo antes mesmo de vencido o prazo a maior parte das trinta e cinco Zonas Eleitorais do Estado já haviam concluído a análise dos registros.
Dos 5.135 registros protocolados em todo o Estado 256 foram desaprovados, pelos juízes eleitorais, destes alguns já recorreram ao TRE. A Lei Complementar 135 (Ficha Limpa) foi efetivamente aplicada pelos magistrados.
Segundo informações obtidas junto aos Cartórios Eleitorais em oito municípios a nova Lei foi utilizada e ao total foram 15 candidaturas indeferidas com base na Lei da Ficha Limpa; Porto Velho (1), Colorado do Oeste (1), Cabixi (1), Rolim de Moura (2), Vilhena (4), Ji Paraná (3) e Primavera do Oeste (3).
Em Porto Velho, Rosália Oliveira Costa (negona), candidata a vereadora teve sua candidatura indeferida com base na Lei Complementar 135 (Ficha Limpa). A instituição Kanindé, dirigida por Rosália, firmou convênio com o Ministério da Cultura para realização de festival de música, dança e grafites no valor de R$ 69.999,28. A candidata foi condenada pelo TCU por improbidade administrativa em razão da não apresentação de contas final, na condição de diretora, da instituição. A prestação de contas de verbas oriundas do erário é rotina da Administração Pública e deriva dos princípios contidos na Constituição Federal.
Em Colorado e em Cabixi, por exemplo, o MPE pediu a impugnação de duas candidaturas, e nos dois casos a magistrada da 8ª ZE Márcia Regina Gomes Serafim concordou com o pedido do órgão ministerial. Um caso trata da suspensão de direitos políticos decorrente da prática de ato improbidade administrativa e o outro se baseou em condenação por crime ambiental.
A contar da publicação das decisões passa a correr o prazo de 3 dias para a interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral, conforme determina o § 1º do art. 52 da Resolução TSE n. 23.373/2011.
A partir de agora competirá ao Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia analisar os eventuais recursos oriundos dos Cartórios e até o momento o TRE já julgou 11 recursos, todos do interior. O sistema de acompanhamento de processos do TRE aponta que até a noite do dia 06/08 o Tribunal já havia autuado 66 recursos de registro de candidatura.




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Anatel avalia novas punições contra operadoras de telefone móvel

De acordo com o presidente da Anatel, a agência pretende divulgar nos estados um ranking das empresas para oferecer ao consumidor informações sobre a qualidade dos serviços.

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Anatel avalia novas punições contra operadoras de telefone móvel | Agência Brasil



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INSS antecipa décimo terceiro de aposentados e pensionistas

De acordo com o Ministério da Previdência Social, mais de 25,6 milhões de beneficiários terão o salário antecipado, o que soma R$ 11,2 bilhões a mais na economia. Não é cobrado Imposto de Renda sobre essa antecipação. O imposto será descontado na segunda parcela marcada para novembro.

Saiba mais:

INSS antecipa décimo terceiro de aposentados e pensionistas | Agência Brasil



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