A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no lançamento do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa que aconteceu recentemente (Foto: Antonio Cruz/Abr)
Brasília (TV Brasil e da Agência Brasil) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou na manhã de hoje uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo desligamento do cargo.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, o pedido tem caráter irrevogável. O Palácio do Planalto não confirma que recebeu o pedido de demissão.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da pasta, a ministra está em casa e não pretende se pronunciar antes da resposta da Presidência da República.O senador Sibá Machado (PT-AC), suplente e amigo pessoal de Marina Silva, disse que falou com a ministra por telefone e ela confirmou a informação. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) se disse surpresa com a informação.
A diretoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está reunida neste momento. O presidente do órgão, Bazileu Margarido, está presente, assim como o diretor de Proteção Ambiental, Flávio Montiel da Rocha, que atendeu a reportagem da Agência Brasil, mas não antecipou o motivo da reunião.
Palácio confima
O Palácio do Planalto confirmou que a carta com o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi entregue hoje (13) ao chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Até por volta de 14 horas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não havia lido o documento.
Tranqüila
A deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC), que esteve no apartamento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e disse que ela “está tranquila” após o anúncio da saída do governo.
“A ministra acredita que fez sua parte. Acha que foi um ciclo e que chegou o momento de tomar essa decisão.”
Segundo a deputada, Marina Silva considera que deixou o ministério “em um momento de tranqüilidade do governo e da política ambiental”.
A deputada negou que a saída da ministra tenha sido motivada por divergências internas no governo. “As informações que estão sendo colocadas são distorcidas”, disse Perpétua.
“Grande auxiliar”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que perdeu “uma grande auxiliar”, ao falar sobre o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
“Ele apenas registrou, e certamente lamentando, mas não entrou em detalhes sobre a razão da demissão. Mas certamente é uma perda que o presidente sente”, disse o governador depois de encontro com o presidente no Palácio do Planalto.
“Ele comentou que estaria perdendo uma grande auxiliar”, reafirmou Aécio.
O governador da Bahia, Jacques Wagner, manifestou tristeza ao comentar o pedido de demissão de Marina Silva.
“Fico triste. Não estou no governo e desconheço as razões da demissão dela. O governo perde uma boa colaboradora que merecia todo o respeito do presidente da República”, afirmou.
Reconsideração
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), informou que o governo ainda busca uma reconsideração por parte da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da decisão de se afastar do cargo.
Ideli comunicou a demissão da ministra, no plenário do Senado, e disse que conversou por telefone com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, José Múcio Monteiro.
“O ministro José Múcio me disse que há uma tentativa de convencimento do governo para que a ministra Marina permaneça no cargo”, afirmou a senadora. Ideli aproveitou para manifestar seu apelo para que Marina Silva reveja a decisão de deixar o governo e retomar seu mandato no Senado.
Sibá deixa cargo
Afastada do Senado desde 1º de janeiro de 2003 para integrar o ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, retorna ao Senado para reassumir o mandato, que termina em 1º de janeiro de 2011. Ela ocupará o lugar do suplente Sibá Machado, também do PT do Acre.
O parlamentar teve uma rápida conversa por telefone com Marina Silva, na tarde de hoje (13), após a ministra comunicar a decisão de entregar ao presidente Lula o pedido de afastamento. "Ela deixou para mim claro que estava disposta a entregar a carta ao presidente", afirmou.
Sibá Machado acrescentou que Marina, na conversa, não explicou as razões que a levaram a pedir demissão. Segundo ele, a razão do pedido de demissão não passaria por eventuais divergências da ministra com a política de desenvolvimento do governo, especialmente, obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Tudo na vida tem suas dificuldades. Acredito que, no geral, o governo federal foi um exemplo muito bom para implementar um conceito de desenvolvimento sustentável nos moldes em que foi trabalhado pelo ministério [do Meio Ambiente] e pela ministra Marina Silva", disse Sibá.
Sibá negou que o governo tenha trabalhado pelo isolamento de Marina Silva nos processos de decisão do Executivo. "Eu entendo que o governo foi muito sério e sincero com a ministra e que ela está sendo muito séria e sincera", ressaltou.
Sobre eventuais alterações na política ambiental do governo a partir da saída da ministra, Sibá Machado afirmou que qualquer mudança de rumo é improvável. "O governo tem uma lógica de trabalho. Esta lógica está posta e acho que ela vai continuar com qualquer pessoa que venha [assumir o ministério]", declarou.
Brasília (TV Brasil e da Agência Brasil) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou na manhã de hoje uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo desligamento do cargo.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, o pedido tem caráter irrevogável. O Palácio do Planalto não confirma que recebeu o pedido de demissão.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da pasta, a ministra está em casa e não pretende se pronunciar antes da resposta da Presidência da República.O senador Sibá Machado (PT-AC), suplente e amigo pessoal de Marina Silva, disse que falou com a ministra por telefone e ela confirmou a informação. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) se disse surpresa com a informação.
A diretoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está reunida neste momento. O presidente do órgão, Bazileu Margarido, está presente, assim como o diretor de Proteção Ambiental, Flávio Montiel da Rocha, que atendeu a reportagem da Agência Brasil, mas não antecipou o motivo da reunião.
Palácio confima
O Palácio do Planalto confirmou que a carta com o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi entregue hoje (13) ao chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Até por volta de 14 horas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não havia lido o documento.
Tranqüila
A deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC), que esteve no apartamento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e disse que ela “está tranquila” após o anúncio da saída do governo.
“A ministra acredita que fez sua parte. Acha que foi um ciclo e que chegou o momento de tomar essa decisão.”
Segundo a deputada, Marina Silva considera que deixou o ministério “em um momento de tranqüilidade do governo e da política ambiental”.
A deputada negou que a saída da ministra tenha sido motivada por divergências internas no governo. “As informações que estão sendo colocadas são distorcidas”, disse Perpétua.
“Grande auxiliar”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que perdeu “uma grande auxiliar”, ao falar sobre o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
“Ele apenas registrou, e certamente lamentando, mas não entrou em detalhes sobre a razão da demissão. Mas certamente é uma perda que o presidente sente”, disse o governador depois de encontro com o presidente no Palácio do Planalto.
“Ele comentou que estaria perdendo uma grande auxiliar”, reafirmou Aécio.
O governador da Bahia, Jacques Wagner, manifestou tristeza ao comentar o pedido de demissão de Marina Silva.
“Fico triste. Não estou no governo e desconheço as razões da demissão dela. O governo perde uma boa colaboradora que merecia todo o respeito do presidente da República”, afirmou.
Reconsideração
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), informou que o governo ainda busca uma reconsideração por parte da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da decisão de se afastar do cargo.
Ideli comunicou a demissão da ministra, no plenário do Senado, e disse que conversou por telefone com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, José Múcio Monteiro.
“O ministro José Múcio me disse que há uma tentativa de convencimento do governo para que a ministra Marina permaneça no cargo”, afirmou a senadora. Ideli aproveitou para manifestar seu apelo para que Marina Silva reveja a decisão de deixar o governo e retomar seu mandato no Senado.
Sibá deixa cargo
Afastada do Senado desde 1º de janeiro de 2003 para integrar o ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, retorna ao Senado para reassumir o mandato, que termina em 1º de janeiro de 2011. Ela ocupará o lugar do suplente Sibá Machado, também do PT do Acre.
O parlamentar teve uma rápida conversa por telefone com Marina Silva, na tarde de hoje (13), após a ministra comunicar a decisão de entregar ao presidente Lula o pedido de afastamento. "Ela deixou para mim claro que estava disposta a entregar a carta ao presidente", afirmou.
Sibá Machado acrescentou que Marina, na conversa, não explicou as razões que a levaram a pedir demissão. Segundo ele, a razão do pedido de demissão não passaria por eventuais divergências da ministra com a política de desenvolvimento do governo, especialmente, obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Tudo na vida tem suas dificuldades. Acredito que, no geral, o governo federal foi um exemplo muito bom para implementar um conceito de desenvolvimento sustentável nos moldes em que foi trabalhado pelo ministério [do Meio Ambiente] e pela ministra Marina Silva", disse Sibá.
Sibá negou que o governo tenha trabalhado pelo isolamento de Marina Silva nos processos de decisão do Executivo. "Eu entendo que o governo foi muito sério e sincero com a ministra e que ela está sendo muito séria e sincera", ressaltou.
Sobre eventuais alterações na política ambiental do governo a partir da saída da ministra, Sibá Machado afirmou que qualquer mudança de rumo é improvável. "O governo tem uma lógica de trabalho. Esta lógica está posta e acho que ela vai continuar com qualquer pessoa que venha [assumir o ministério]", declarou.
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