Brasília (Valéria Castanho / Agência Senado) - Os procuradores, os policiais federais e os bancos de dados estão entre as principais fontes de informação da imprensa brasileira. A afirmação é do jornalista Ribamar Oliveira, do jornal O Estado de São Paulo, (foto) a respeito da atuação da imprensa do país na investigação e na publicação de matérias sobre corrupção e má gestão pública.
Ribamar Oliveira foi um dos cinco expositores que participaram, quinta-feira (29), do terceiro encontro do ciclo de debates sobre Controle Público - Instrumento de Cidadania, que discutiu o tema O Poder Legislativo e os Procedimentos de Sanção à Corrupção e à Má Gestão Pública - o que se faz, o que se pode fazer. O debate foi realizado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
Em sua exposição, o jornalista lembrou que, na época da ditadura, a imprensa trabalhava com a figura da censura prévia nas redações, mas, com a redemocratização e com a Constituição de 1988, o poder da imprensa foi reforçado. “Introduziram no texto constitucional o resguardo ao sigilo da fonte, desde que necessário, que se tornou uma das bases do jornalismo investigativo”, explicou.
A mesma Carta Magna, lembrou o jornalista, criou o novo Ministério Público, com mais liberdade funcional e autonomia administrativa, que se tornou, juntamente com a Polícia Federal - outro órgão que perdeu o "traço ideológico de polícia política para se transformar em polícia do Estado"-, parceiro da imprensa no combate à corrupção.
“Considero um exagero as pessoas acharem que a imprensa investiga e descobre casos de corrupção de forma isolada. Quase todas as denúncias partem dos próprios procuradores e da Polícia Federal”, afirmou Ribamar Oliveira.
Em relação aos bancos de dados, o jornalista explicou que, antes do computador e da Internet, os jornalistas especializados em investigação levavam muitas vezes meses para obter uma informação que hoje pode ser facilmente encontrada em minutos de pesquisa. Outra grande ajuda ao trabalho da imprensa foi, segundo o jornalista, a Lei da Responsabilidade Fiscal, pois obriga o administrador a prestar contas das suas ações e a dar publicidade aos gastos públicos.
Sugestão
Ao concluir sua exposição, o jornalista deixou aos parlamentares três sugestões que, segundo ele, melhorariam ainda mais a transparênciana gestão e nos gastos públicos. A primeira, tornar o Orçamento da União mais realista, aproximando os recursos aprovados dos empregados. As outras duas sugestões são garantir maior acesso aos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), da Secretaria do Tesouro Nacional, e tornar mais efetivas as prestações de contas dos convênios feitos com recursos públicos.
Ribamar Oliveira foi um dos cinco expositores que participaram, quinta-feira (29), do terceiro encontro do ciclo de debates sobre Controle Público - Instrumento de Cidadania, que discutiu o tema O Poder Legislativo e os Procedimentos de Sanção à Corrupção e à Má Gestão Pública - o que se faz, o que se pode fazer. O debate foi realizado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
Em sua exposição, o jornalista lembrou que, na época da ditadura, a imprensa trabalhava com a figura da censura prévia nas redações, mas, com a redemocratização e com a Constituição de 1988, o poder da imprensa foi reforçado. “Introduziram no texto constitucional o resguardo ao sigilo da fonte, desde que necessário, que se tornou uma das bases do jornalismo investigativo”, explicou.
A mesma Carta Magna, lembrou o jornalista, criou o novo Ministério Público, com mais liberdade funcional e autonomia administrativa, que se tornou, juntamente com a Polícia Federal - outro órgão que perdeu o "traço ideológico de polícia política para se transformar em polícia do Estado"-, parceiro da imprensa no combate à corrupção.
“Considero um exagero as pessoas acharem que a imprensa investiga e descobre casos de corrupção de forma isolada. Quase todas as denúncias partem dos próprios procuradores e da Polícia Federal”, afirmou Ribamar Oliveira.
Em relação aos bancos de dados, o jornalista explicou que, antes do computador e da Internet, os jornalistas especializados em investigação levavam muitas vezes meses para obter uma informação que hoje pode ser facilmente encontrada em minutos de pesquisa. Outra grande ajuda ao trabalho da imprensa foi, segundo o jornalista, a Lei da Responsabilidade Fiscal, pois obriga o administrador a prestar contas das suas ações e a dar publicidade aos gastos públicos.
Sugestão
Ao concluir sua exposição, o jornalista deixou aos parlamentares três sugestões que, segundo ele, melhorariam ainda mais a transparênciana gestão e nos gastos públicos. A primeira, tornar o Orçamento da União mais realista, aproximando os recursos aprovados dos empregados. As outras duas sugestões são garantir maior acesso aos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), da Secretaria do Tesouro Nacional, e tornar mais efetivas as prestações de contas dos convênios feitos com recursos públicos.
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