Brasília (Morillo Carvalho/Agência Brasil) - O avanço de áreas agrícolas destinadas aos biocombustíveis e a plantações de cana-de-açúcar (matéria prima para o etanol) pode gerar novos patamares de preços dos alimentos no país. A avaliação é do economista Pedro Ramos, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Segundo o especialista, tal situação pode estar ocorrendo com o feijão. “Duas áreas importantes [onde se produz feijão] que podem sofrer com o redirecionamento do solo é a Bahia e em São Paulo, onde a cana avançou muito no último ano. Então é claro que, apesar da quebra de safra do feijão seja um caso típico [problemas climáticos que afetaram a safra em 2007], o fato é que isso [redirecionamento de solo para biocombustíveis] pode estar ocorrendo”, avaliou Ramos.
O economista, no entanto, acredita que a produção de alimentos não seria muito prejudicada com o avanço da produção de biocombustíveis, pois o Brasil ainda tem áreas disponíveis para a agropecuária. No entanto, por elas serem distantes dos grandes centros urbanos, o preço dos alimentos pode subir e se fixar em novos patamares.
“Empurrando a produção de alimentos para áreas mais distantes, isso encarece os alimentos, seja para consumo humano, seja para consumo animal [produção de ração para pecuária intensiva]”, explicou.
Na coletiva em que apresentou os resultados da balança comercial do agronegócio em 2007, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez projeções sobre a produção de etanol no país. Ele afirmou que quase 80% da produção de álcool destina-se ao mercado interno. “De qualquer forma, achamos que o mercado externo está em expansão e possivelmente dentro de dois, três anos, a gente já vai ter uma boa resposta sobre as necessidades de exportação do etanol”, disse o ministro.
Stephanes disse ainda que os preços do feijão, que aumentaram no ano passado por causa de problemas climáticos que prejudicaram a safra, podem recuar pela metade neste ano. Ele, no entanto, admitiu que as cotações não voltarão aos níveis anteriores à alta registrada no ano passado.
“Ele [o feijão] teve problemas específicos, e por isso houve essa grande explosão de preços, que deve ser regularizada, possivelmente até março e abril deste ano, mas não ficará mais nos patamares anteriores”, afirmou o ministro. “O feijão estava com a saca entre R$ 60 e R$ 70, mas possivelmente o novo patamar chegará a R$ 100”, completou Stephanes. Atualmente, a saca do feijão custa em torno de R$ 200.
Segundo o especialista, tal situação pode estar ocorrendo com o feijão. “Duas áreas importantes [onde se produz feijão] que podem sofrer com o redirecionamento do solo é a Bahia e em São Paulo, onde a cana avançou muito no último ano. Então é claro que, apesar da quebra de safra do feijão seja um caso típico [problemas climáticos que afetaram a safra em 2007], o fato é que isso [redirecionamento de solo para biocombustíveis] pode estar ocorrendo”, avaliou Ramos.
O economista, no entanto, acredita que a produção de alimentos não seria muito prejudicada com o avanço da produção de biocombustíveis, pois o Brasil ainda tem áreas disponíveis para a agropecuária. No entanto, por elas serem distantes dos grandes centros urbanos, o preço dos alimentos pode subir e se fixar em novos patamares.
“Empurrando a produção de alimentos para áreas mais distantes, isso encarece os alimentos, seja para consumo humano, seja para consumo animal [produção de ração para pecuária intensiva]”, explicou.
Na coletiva em que apresentou os resultados da balança comercial do agronegócio em 2007, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez projeções sobre a produção de etanol no país. Ele afirmou que quase 80% da produção de álcool destina-se ao mercado interno. “De qualquer forma, achamos que o mercado externo está em expansão e possivelmente dentro de dois, três anos, a gente já vai ter uma boa resposta sobre as necessidades de exportação do etanol”, disse o ministro.
Stephanes disse ainda que os preços do feijão, que aumentaram no ano passado por causa de problemas climáticos que prejudicaram a safra, podem recuar pela metade neste ano. Ele, no entanto, admitiu que as cotações não voltarão aos níveis anteriores à alta registrada no ano passado.
“Ele [o feijão] teve problemas específicos, e por isso houve essa grande explosão de preços, que deve ser regularizada, possivelmente até março e abril deste ano, mas não ficará mais nos patamares anteriores”, afirmou o ministro. “O feijão estava com a saca entre R$ 60 e R$ 70, mas possivelmente o novo patamar chegará a R$ 100”, completou Stephanes. Atualmente, a saca do feijão custa em torno de R$ 200.
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