Porto Velho (Decom) - “Quero deixar bem claro ao povo de Rondônia que meu filho é inocente e que tudo vai ser esclarecido, comprovando que ele não cometeu crime algum”, assim o governador respondeu ao ser perguntado, durante coletiva no final da tarde, em sua residência oficial, sobre o suposto envolvimento do seu filho, Ivo Cassol Júnior, de 26 anos, acusado de ter realizado tráfico de influência para beneficiar uma empresa e de ter adquirido um veículo importado, sem o devido desembaraço aduaneiro.
“Não se concretizou a compra do veículo (modelo Cherokee) e não estamos importando nenhum carro. Mas, sim adquirindo um automóvel de uma empresa nacional que acreditávamos ser idônea. Como qualquer cidadão brasileiro, temos o direito de adquirir um bem e quero esclarecer que não houve pagamento e muito menos o recebimento do carro, mas sim uma intenção de compra, de forma limpa, correta e com o pagamento feito com dinheiro ganho justamente”, completou Cassol.
Ainda durante a coletiva, o governador disse que os empresários haviam se aproximado do seu filho e do seu sobrinho Alessandro Cassol Zabott, durante o GP Brasil de Fórmula 1. “Eles buscaram esse caminho como forma de tentarem conseguir algum benefício do Governo para a implantação da montadora de moto, sem sucesso, pois o meu filho alertou que não misturava assunto pessoais com a administração que eu conduzo”.
A empresa importadora de veículos, como qualquer outra empresa pode fazer, pleiteou junto ao Estado incentivos fiscais, através do Conder, preenchendo os requisitos necessários e passando a obter os benefícios. “Conceder incentivos é a forma que Rondônia tem para atrair novos investimentos, em nosso Governo, várias empresas foram beneficiadas, nos mais diferentes ramos da economia. Em momento algum houve qualquer interferência de meu filho ou de qualquer outra pessoa para a sua inclusão ao benefício”, informou Cassol.
Segundo o governador, os empresários Pedro Scopel (pai) e Adriano Scopel (filho) se reuniram com ele no Rio de Janeiro, durante suas férias em janeiro último, para apresentarem um projeto de instalação de uma montadora de motos em Guajará-Mirim. “Após o encontro, fomos almoçar numa churrascaria e ao passar em frente a uma revenda de importados, comentei sobre o nosso desejo de comprar um veículo importado. De pronto, os empresários afirmaram que eram importadores de automóveis e foi aí que tratamos da compra da cherokee. Até àquele momento eu não sabia que eles eram investigados por sonegação de impostos pela Polícia Federal”, acrescenta.O governador disse também que seu filho foi levado para o Espírito Santo, para prestar esclarecimentos à Justiça e vai retornar ao Estado após o período de preventiva (cinco dias). “Como ele não cometeu crime algum, tão logo a sua inocência fique comprovada, vamos buscar o direito ao ressarcimento moral por parte da União. Quero deixar registrado que não compactuo com falcatruas e que, caso fosse verdade a participação do meu filho no esquema, ele iria pagar pelo seu erro, pois cada pessoa possui seu próprio CPF e deve cuidar sempre dele”, finalizou.
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