quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Universidades federais terão 44 mil vagas novas em 2009

Brasília (Amanda Cieglinski/Agência Brasil) - Nos primeiros vestibulares de 2009, as universidades federais vão oferecer mais 44 mil vagas. O aumento da oferta é resultado do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Os dados foram divulgados ontem (3) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Segundo Haddad, em comparação a 2003, o número de vagas dobrou. Até 2012, o investimento previsto para o Reuni é de R$ 2 bilhões. “Essa solenidade é justamente para celebrar o aumento de 100% das vagas ofertadas passando de 113 mil em 2003 para 227 mil para 2009”, contabilizou.
Desde 2003, doze novas universidades foram criadas. Outros quatro projetos para criação de instituições de ensino superior tramitam no Congresso Nacional, como a
Universidade da África. Segundo o Ministério da Educação, as regiões que irão apresentar maior crescimento no número de vagas serão a Nordeste, com 112% e a Sul, com 107%.
Para o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), Amaro Lins, a interiorização da rede federal, antes restrita às capitais, garantirá o acesso ao ensino às “camadas desfavorecidas”.
“Dentro do Reuni nós colocamos como estratégia a formação de professores para atender o ensino básico, além da preocupação com os cursos noturnos para os alunos que precisam trabalhar”, afirmou.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, defendeu que é preciso garantir o orçamento previsto até 2012 para sustentar “a ampliação positiva conseguida nas universidades”.
“Nossa principal preocupação é que o orçamento do Reuni não é garantido pela lei, mas está submetido à capacidade orçamentária do MEC”,disse.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também presente na cerimônia, disse que o dinheiro não está “sobrando”, mas que a educação será prioridade.
“Inclusive estamos fazendo um esforço por conta da inflação que aumentou no primeiro semestre. Mas o governo definiu prioridades, e a educação é uma prioridade forte”, avaliou.
Durante discurso, o presidente Lula reafirmou que
educação “não é gasto, mas investimento”.

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