terça-feira, 6 de maio de 2008

Artigo II

A Igreja e as tecnologias de última geração

*José Eduardo Moura

A Igreja é sempre chamada a realizar seu compromisso missionário de ensinar a viver e apresentar as respostas que nos levam à felicidade, independentemente de onde estiver. Ela mostra que o caminho que é Jesus. Ele, que ensinou a seus discípulos a viverem a prática do amor, pede para todos os homens repetir seus atos. Evangelizar significa mostrar esse caminho. Nunca as novas tecnologias de comunicação foram tão necessárias para a realização dessa missão.
Falar de amor e felicidade para um mundo cercado de diferenças sociais gigantescas, em que as maiores riquezas se concentram em poucos países, pode parecer impossível. Como cultivar a pequena e frágil semente do amor, que poderá suprir o desejo do coração do homem, em terras áridas e ressequidas pelo egoísmo? Tornar o terreno fértil para o cultivo dessa semente, talvez, seja o primeiro passo para saciar o mundo com o mesmo “fruto” que saciou as necessidades da mulher adúltera (cf. Jo 8, 1-11), do cego Bartimeu (cf. Mc 10, 64-52), dos leprosos (cf. Lc 17, 11-19), ou da mulher que se alimentava das mesmas migalhas que eram lançadas aos cães (cf. Mc 7, 24-30).
A tecnologia muito tem realizado no sentido de garantir avanços no mundo inteiro, aproximando pessoas de países geograficamente distantes, facilitando a vida do homem moderno. Modificações genéticas transformam sementes, deixando-as mais resistentes às pragas naturais. No entanto, o “fruto” de que o mundo mais carece não será obtido simplesmente por meio de experiências realizadas em laboratórios. As facilidades tecnológicas estão também a serviço da evangelização.
Falar de Jesus, na atualidade, implica alcançar aqueles que precisam conhecê-Lo por intermédio dos meios a que têm acesso. Longe de apresentar uma evangelização “encapsulada” em refinada tecnologia, a Igreja busca atrair aqueles que por inúmeras razões se distanciaram da verdade revelada por Jesus Cristo. O anúncio do Evangelho aconteceu entre apenas doze homens que, pouco a pouco, espalharam para outras comunidades os efeitos transformadores da conversão – contidos na novidade revelada.
A missão determinada a cada batizado em particular é a de atingir os confins da terra na comunicação da Boa Nova. Como missionários, sabemos que ainda há muitas pessoas procurando se encontrar numa “religião” sob medida, pouco exigente. Sabemos que isso geralmente é motivado pela ânsia de uma vida melhor ou de uma resposta aos seus questionamentos imediatos. Hoje, até mesmo evangelizar fazendo uso das novas tecnologias de comunicação pode parecer um desafio intransponível. Entretanto, contamos sempre com ação do Espírito Santo, que tudo faz e sempre esteve presente na vida da Igreja militante.

*José Eduardo Moura é missionário da Comunidade Canção Nova (www.cancaonova.com)

Ex-Libris Comunicação Integrada


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