segunda-feira, 14 de abril de 2008

Policial finlandês usa linguagem poética em boletins de ocorrência




Oficial substitui termos policiais por narrativa erudita nos relatos. Ele diz que pode manter seu estilo, desde que não distorça os fatos.

(Da Reuters)


“O larápio se olhou no espelho: cansado, barba por fazer e na ânsia por um pouco de nicotina, ele decidiu renovar seu suprimento em uma loja na esquina.”
O trecho acima lembra uma tentativa qualquer de literatura, mas é, na verdade, o relato de um roubo escrito por um policial "erudito" em um boletim de ocorrência.
A verborragia de Ilka Iivari, o "policial poeta", chamou a atenção das autoridades de Hameenlinna, no sul da Finlândia. Ele recebeu advertências do Ministério do Interior, mas disse que vai continuar seguindo sua vocação literária. "Eu posso preservar meu estilo, desde que não confunda os fatos com ficção", diz o policial.
O porta-voz da polícia não vê problemas. "A polícia pode registrar fatos até mesmo em versos, desde que eles respeitem o regulamento", diz Marko Luotonen.
Iivari é estudante de redação na universidade local e diz que até agora só recebeu elogios. "Você sempre vai encontrar esquimós prontos para ensinar a congoleses como lidar com ondas de calor", diz o policial, citando o poeta satírico polonês Stanislaw Jerzy Lec. Policial finlandês usa linguagem poética em boletins de ocorrência.

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