quinta-feira, 8 de agosto de 2013

10 passos para o jornalista superar suas crises de vaidade

É recomendável o jornalista adotar alguns mantras para serem utilizados durante uma crise pesada de vaidade, como “sou jornalista, mas não sou foda” ou “quem tem o meu saldo bancário não pode se achar Deus”. Quando o estrelismo se apoderar de você, respire fundo e repita o mantra umas cem ou duzentas vezes. Até a crise passar.
A advertência “não mexe no meu texto” é igual a dizer “não bota a mãe no meio” das brigas de infância. Calma, não somos mais crianças, e alguém mexer no seu texto não precisa virar um conflito. Ok, tem muita gente que mexe no texto alheio só para estragar, mas também evoluímos com boas críticas e sugestões.
Procure, ao máximo, evitar o desejo de ser um novo Arnaldo Jabor. Você pode se machucar. Esta vaidade exacerbada só deve ser praticada por profissionais.
O crachá pendurado no pescoço tem para o jornalista a mesma significação que o falo tem pra neguinho machista, já explicou Freud. Ou Lacan, sei lá, um desses malucos aí. Bom você começar a refletir a respeito.
O abuso de expressões do tipo “como antecipou a Folha com exclusividade” é a prova de que a vaidade pode causar danos cruéis à saúde mental de um jornalista ou a um veículo de comunicação. Coisa mais decadente esta autopromoção. É de bom-tom evitá-la.
A vaidade do “eu acho que sei tudo” é uma das mais comuns a atacar os jornalistas. É emocionante ver um jornalista pesquisando, fuçando um dicionário, aprendendo.
Outro ótimo exercício para controlar a vaidade é ficar uma semana inteira, incluindo sábados, domingos e feriados, sem postar uma foto sua com um entrevistado famoso no Facebook.
Glamour é ter um trabalho digno, com um salário digno. Entendeu? Ok? Podemos passar para o próximo tópico?
Todo jornalista já ouviu em algum momento de sua vida o blá-blá-blá de que a imprensa é o quarto poder. E muitos insistem em acreditar nisso. Nós, jornalistas, temos, sim, o poder de lutar por um mundo melhor e mais justo e, para isso ser possível, não podemos nos sentir melhores, nem piores, que ninguém.
Humildade, aliás, é essencial em todos os momentos da vida de um jornalista. Grande merda se você é blogueira da Capricho.




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