Brasília - Durante encontro ontem (28) com o representante da executiva estadual do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintero), o deputado federal Padre Ton (PT-RO) declarou apoio à expansão e melhoria do ProFuncionário, programa de formação destinado a funcionários de escolas públicas, e também à lei nacional que instituiu o piso salarial do magistério .
O ProFuncionário instituiu cursos de capacitação em módulos a partir de lei de autoria da ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO), cujo objetivo foi o de valorizar mais de 1 milhão de trabalhadores de escolas em todo o país, a partir da sua profissionalização.
Segundo João Assis, o programa, desenvolvido pelas Secretarias de Educação mediante parceria com o Ministério da Educação, passou também a ser operacionalizado pelos Institutos Federais de Educação Tecnológica, e no caso de Rondônia o inicio do processo precisa ser agilizado. A elaboração dos módulos e formação de monitores ainda não aconteceu.
O deputado Padre Ton disse que o ProFuncionário conta com seu apoio, e vai buscar informações sobre a execução do programa junto ao Ministério da Educação e no Departamento de Funcionários de Escola (Defe) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
“A educação é essencial para a formação de um povo, e entendo que sem a formação adequada de todos que militam na educação não é possível alcançarmos a qualidade de ensino tão almejada”, declarou Padre Ton. “Vamos solicitar agilidade na execução do ProFuncionário”.
O programa foi adotado em Rondônia nos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Colorado do Oeste, Rolim de Moura e Guajará-Mirim..
Greve em Rondônia
João Assis disse que a greve dos trabalhadores em Rondônia vai continuar. “O prazo dado ao governador é até 1º de março. Queremos uma posição sobre nossas reivindicações”, disse. As duas principais questões são a alteração na lei estadual 420, que trata de cargos e salários de todos os trabalhadores em educação e reposição das perdas salariais que chegam a 37,5%.
“A greve por melhores salários para a educação é mais do que justa. O movimento grevista conta com meu apoio, e eu espero que o governador, com a sensibilidade que tem demonstrado em seu governo, resolva esta questão o mais rápido possível para que o ano letivo não seja prejudicado”, disse o deputado.
Padre Ton criticou a ação de dez governadores que estiveram na Câmara dos Deputados pedindo a votação da mudança da regra de reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica (PL 3776/08).
“Isso reduz o reajuste de 22% para 6% (base na inflação). Esses gestores dizem coisa e na prática fazem outra. É preciso sair da retórica. Ora, o piso de pouco mais de R$ 1.400 anunciado por estas dias já é pouco. Imagina se o Congresso Nacional aprova uma nova regra de reajuste. Será um retrocesso lamentável”, diz o deputado.
Fonte: Mara Paraguassu - Assessoria de Imprensa