Brasília (Augusto Castro/Agência Senado) - Depois de participar de audiência pública na Assembléia Legislativa do Mato Grosso, em Cuiabá, o senador Jayme Campos (DEM-MT) disse por telefone à Agência Senado que as atividades da comissão temporária que apura riscos ambientais em municípios da região amazônica atingidos pelo desmatamento foram "proveitosas". De acordo com o senador, que é presidente da comissão temporária, as audiências públicas e as diligências (em Cuiabá, Sinop e Alta Floresta) contaram com participação de diversos segmentos sociais, o que proporcionou ampla discussão sobre questões ambientais e sobre as operações comandadas pela Polícia Federal na região.
- A população deixou claro que a presença da Polícia Federal e da Força Nacional foi inócua. Na verdade o que falta é uma maior presença do governo federal no estado. A questão fundiária no estado é séria, mas o Mato Grosso tem um desenvolvimento que respeita o meio ambiente: 68% das florestas do estado estão preservadas - afirmou Jayme Campos, ressaltando que o Mato Grosso é um grande produtor de alimentos, "sem necessitar de subsídios governamentais", como acontece em vários países desenvolvidos.
Jayme Campos também lamentou recente declaração de Carlos Minc, indicado para o cargo de ministro do Meio Ambiente, sobre o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. Minc insinuou, em entrevista à imprensa, que a prioridade do governador seria o plantio de soja, e não o meio ambiente. Para Jayme Campos, Minc não conhece a realidade do Mato Grosso.
Os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - relator da comissão -, Expedito Júnior (PR-RO), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Gilberto Goellner (DEM-MT) também participaram das atividades da comissão em Mato Grosso. Quintanilha também considerou frutífera a visita a Mato Grosso, por ter dado à comissão a oportunidade de conhecer opiniões e reivindicações de políticos, líderes classistas, produtores rurais, empresários e estudantes do estado. Para Quintanilha, grande parte das opiniões é de que a operação Arco de Fogo foi "uma presença inoportuna e desnecessária", chegando inclusive a criar constrangimentos à população local.
Já a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) participou apenas de parte da audiência pública em Cuiabá, devido a compromissos relativos ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2009, da qual é relatora. Porém, Serys considerou como um grande avanço senadores irem ao Mato Grosso para ouvirem reivindicações da população do estado.
A Comissão Temporária do Risco Ambiental em Municípios Relacionados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi instalada em 10 de abril deste ano com o objetivo de, em 12 meses, verificar o risco ambiental em 36 municípios do Mato Grosso, Pará e Rondônia, relacionados no chamado "mapa do desmatamento", elaborado pelo Inpe. Esses municípios seriam os principais responsáveis pelo desmatamento na floresta amazônica, mas senadores, organizações sociais, governadores e autoridades dos três estados questionam os dados do Inpe, que foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente em janeiro deste ano.
Os senadores percorreram municípios do Pará no início de maio e devem visitar o estado de Rondônia nas próximas semanas. Todas essas atividades resultarão em um relatório, que detalhará as discussões e diligências em cada estado, além de analisar a realidade do desmatamento na região.
- A população deixou claro que a presença da Polícia Federal e da Força Nacional foi inócua. Na verdade o que falta é uma maior presença do governo federal no estado. A questão fundiária no estado é séria, mas o Mato Grosso tem um desenvolvimento que respeita o meio ambiente: 68% das florestas do estado estão preservadas - afirmou Jayme Campos, ressaltando que o Mato Grosso é um grande produtor de alimentos, "sem necessitar de subsídios governamentais", como acontece em vários países desenvolvidos.
Jayme Campos também lamentou recente declaração de Carlos Minc, indicado para o cargo de ministro do Meio Ambiente, sobre o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. Minc insinuou, em entrevista à imprensa, que a prioridade do governador seria o plantio de soja, e não o meio ambiente. Para Jayme Campos, Minc não conhece a realidade do Mato Grosso.
Os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - relator da comissão -, Expedito Júnior (PR-RO), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Gilberto Goellner (DEM-MT) também participaram das atividades da comissão em Mato Grosso. Quintanilha também considerou frutífera a visita a Mato Grosso, por ter dado à comissão a oportunidade de conhecer opiniões e reivindicações de políticos, líderes classistas, produtores rurais, empresários e estudantes do estado. Para Quintanilha, grande parte das opiniões é de que a operação Arco de Fogo foi "uma presença inoportuna e desnecessária", chegando inclusive a criar constrangimentos à população local.
Já a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) participou apenas de parte da audiência pública em Cuiabá, devido a compromissos relativos ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2009, da qual é relatora. Porém, Serys considerou como um grande avanço senadores irem ao Mato Grosso para ouvirem reivindicações da população do estado.
A Comissão Temporária do Risco Ambiental em Municípios Relacionados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi instalada em 10 de abril deste ano com o objetivo de, em 12 meses, verificar o risco ambiental em 36 municípios do Mato Grosso, Pará e Rondônia, relacionados no chamado "mapa do desmatamento", elaborado pelo Inpe. Esses municípios seriam os principais responsáveis pelo desmatamento na floresta amazônica, mas senadores, organizações sociais, governadores e autoridades dos três estados questionam os dados do Inpe, que foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente em janeiro deste ano.
Os senadores percorreram municípios do Pará no início de maio e devem visitar o estado de Rondônia nas próximas semanas. Todas essas atividades resultarão em um relatório, que detalhará as discussões e diligências em cada estado, além de analisar a realidade do desmatamento na região.
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