sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sesdec apura informações sobre suposto massacre em Campo Novo

Porto Velho (Decom) - O Gabinete de Gestão Integrada – GGI voltou a se reunir extraordinariamente nesta quinta-feira pela manhã (10) para tratar das informações de um suposto massacre na Fazenda Catâneo em Campo Novo, região de Ariquemes. A notícia que ganhou destaque na mídia local, aponta que pelo menos 15 pessoas teriam sido assassinadas por aproximadamente cem homens encapuzados e fortemente armados, que teriam invadido o assentamento Conquista da União, na manhã da última quarta-feira (09).
O coordenador Técnico da Secretaria Estadual de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Cézzar Pizzano, juntamente com a comandante geral da Polícia Militar, coronel Angelina Ramires, o diretor geral da Polícia Civil, Murio Ikegawa, o comandante do Batalhão da Polícia Ambiental, Major Josenildo, decidiram realizar um levantamento com a ajuda o serviço velado do Estado para averiguar a veracidade das informações da possível chacina na região.
Os representantes do Ministério Público, do Ibama, Incra e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que participaram da reunião extraordinária, concordaram com a proposta de avaliar a situação no local, antes de fornecer qualquer informação á imprensa que não seja verdade. “Nada foi comprovado ainda. O que recebemos até agora são notícias de um crime anônimo, porque até o momento o comunicante não apareceu. O Ibama e o Incra não têm essa informação, nem tão pouco os policiais do Batalhão da Polícia Ambiental que estão numa base próxima ao local. O estranho é que as informações, de acordo com os jornais, foram dadas por um motorista que foi realizar um frete e viu o acontecido. Deixo claro que vamos responsabilizar quem está passando essas notícias à imprensa”, afirma Pizzano.
Ele foi taxativo em dizer que o suposto massacre na Fazenda Catâneo acabou virando “o caso Isabella hoje em Rondônia”, tudo para chamar a atenção da imprensa nacional.
Pouco mais de três dias, o assentamento Conquista da União, que está localizado a 45 quilômetros de Campo Novo e 40 quilômetros de Buritis, passou pelo processo de reintegração de posse. Diante da agressividade das famílias, cerca de quatrocentas, que invadiram a área, a reintegração foi suspensa, com a finalidade de evitar um possível confronto entre os sem terra e a polícia.


Nenhum comentário: