São Paulo - Um jornal do interior de São Paulo passou a publicar tarjas pretas em fotos de políticos e a omitir os nomes deles depois de ser proibido pela Justiça de divulgar notícias relacionando obras ao prefeito e a vereadores.
O Ministério Público em Águas de Lindóia (160 km da capital) considerou que a "Tribuna das Águas" promovia o prefeito e outros políticos em suas reportagens e ingressou com uma ação civil pública. Uma liminar foi concedida há duas semanas determinando o fim de notícias relacionadas a serviços e obras "com nomes e imagens de agentes públicos".
A direção do jornal, que circula em nove cidades com 5.000 exemplares por semana, e a ANJ (Associação Nacional dos Jornais) classificam a decisão como censura.
Para o promotor Rafael Beluci, que iniciou a ação, o jornal, em vez de publicar uma notícia dizendo "Prefeito entrega duas ambulâncias", deve escrever "Prefeitura entrega duas ambulâncias" para não promover o político. Ele diz que havia nas reportagens uma vinculação "escrachada" entre a imagem do prefeito e as obras realizadas.
Com a decisão, o jornal passou a publicar fotografias com tarjas pretas e apenas as iniciais do prefeito e de vereadores nas matérias. "Alguns reclamaram e falaram que parecem bandidos nas fotos", diz a diretora do jornal, Eliane do Prado.
Ela afirma que não tem nenhuma ligação com a prefeitura e que apenas costuma utilizar informações e fotos divulgadas pela área de comunicação da administração do município. O jornal recorre da decisão.
A ANJ, em nota, disse que o Judiciário "exerce o papel de censor" no caso e "desrespeita a Constituição".
Procurada pela reportagem, a juíza que concedeu a liminar, Fernanda Benevides Dias, não quis comentar o assunto. (Folha de São Paulo – SP).
O Ministério Público em Águas de Lindóia (160 km da capital) considerou que a "Tribuna das Águas" promovia o prefeito e outros políticos em suas reportagens e ingressou com uma ação civil pública. Uma liminar foi concedida há duas semanas determinando o fim de notícias relacionadas a serviços e obras "com nomes e imagens de agentes públicos".
A direção do jornal, que circula em nove cidades com 5.000 exemplares por semana, e a ANJ (Associação Nacional dos Jornais) classificam a decisão como censura.
Para o promotor Rafael Beluci, que iniciou a ação, o jornal, em vez de publicar uma notícia dizendo "Prefeito entrega duas ambulâncias", deve escrever "Prefeitura entrega duas ambulâncias" para não promover o político. Ele diz que havia nas reportagens uma vinculação "escrachada" entre a imagem do prefeito e as obras realizadas.
Com a decisão, o jornal passou a publicar fotografias com tarjas pretas e apenas as iniciais do prefeito e de vereadores nas matérias. "Alguns reclamaram e falaram que parecem bandidos nas fotos", diz a diretora do jornal, Eliane do Prado.
Ela afirma que não tem nenhuma ligação com a prefeitura e que apenas costuma utilizar informações e fotos divulgadas pela área de comunicação da administração do município. O jornal recorre da decisão.
A ANJ, em nota, disse que o Judiciário "exerce o papel de censor" no caso e "desrespeita a Constituição".
Procurada pela reportagem, a juíza que concedeu a liminar, Fernanda Benevides Dias, não quis comentar o assunto. (Folha de São Paulo – SP).
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