domingo, 27 de janeiro de 2008

Senador considera precipitado apontar causas do aumento da área desmatada na Amazônia

Brasília (Fabíola Góis) - O senador Expedito Júnior (PR/RO) vê com preocupação o anúncio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre o aumento da área desmatada na Amazônia. Nos últimos cinco meses, foram derrubados 3.233 Km² de mata. O Estado campeão de desmatamento foi Mato Grosso, e Rondônia aparece em terceiro lugar. Para o senador, é preciso uma política séria e efetiva de combate aos desmandos praticados na região.
Por meio da imprensa, os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Meio Ambiente, Marina Silva, divergem sobre os motivos pelos quais se desmatou mais na Amazônia. Marina Silva acusa os plantadores de soja e os pecuaristas pela derrubada das árvores. Stephanes discorda dela. Para o ministro, não há provas para se fazer tal acusação..
Expedito Júnior é comedido ao comentar os motivos de tanto desmatamento. Segundo o senador, é possível plantar soja sem derrubar árvores. “Bastaria o governo seguir as sugestões que apresentei no Projeto de Lei nº 260/2007, que institui a política de integração harmônica entre lavoura, pecuária e as florestas”, disse o senador.
A proposta de Expedito Júnior deverá desestimular a utilização da prática de queimadas e combater os impactos ambientais provocados pela erosão e pela redução do teor de matéria orgânica do solo. “Pretendemos fazer da pecuária brasileira uma atividade afinada com as grandes preocupações ecológicas atuais, constituindo-se ainda uma aliada na luta contra o aquecimento global”, afirmou.
O senador de Rondônia foi enfático ao criticar a Ministra do Meio Ambiente: "Eu me preocupo porque a tendência é o desmatamento aumentar ainda mais, pois o Ministério do Meio Ambiente entregou 90 mil hectares da Floresta Nacional do Jamari, no meu Estado, para a exploração da iniciativa privada por 30 anos. Isso significa que haverá o desmatamento oficial, chapa branca. A ministra foi muito eficiente para atrasar as licenças das obras do PAC em Rondônia, mas não mostra a mesma eficiência para combater o desmatamento ilegal”, alfinetou
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