Brasília (Mônica Montenegro/Rádio Câmara)A bancada do PT na Câmara decidiu nesta terça-feira aceitar o acordo feito pelos líderes do governo com a oposição de ceder a presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos para o PSDB. Dessa forma, a senadora Marisa Serrano (MS) será a presidente, conforme indicação do PSDB.O anúncio foi feito pelo líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), após reunião no Palácio do Planalto com os líderes do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS); no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR); e no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA); e o secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Márcio Favilla de Paula.
Rands (foto) afirmou que seu partido não foi consultado sobre o acordo, mas decidiu abrir mão do cargo para que as investigações possam começar. "Nós do PT tínhamos a opinião que era melhor manter a regra do jogo ou que, se houvesse compartilhamento, a presidência ficasse com um parlamentar da base aliada para garantir que as investigações não fossem desviadas para a manipulação política. Não tendo conseguido convencer as demais bancadas, apesar do desenho novo, vamos manter a indicação do deputado Luís Sérgio (PT-RJ) como relator para que a CPI possa avançar nas investigações", afirmou.
O líder acrescentou que espera que os demais partidos indiquem para a CPMI parlamentares que realmente queiram investigar e não usar a comissão para atingir a imagem do governo. O prazo para a indicação dos integrantes termina nesta terça.
Início dos trabalhos
O líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), classificou a decisão do PT como sensata e disse que os trabalhos poderão, enfim, começar. "Embora coubesse essa posição ao PT, há um entendimento que uma CPI é responsabilidade conjunta do Congresso, que tem que dar satisfações à opinião pública sobre um instrumento que é bom - os cartões de crédito -, mas que tem que ser bem regulamentado para que se evitem desvios, atos que não são compatíveis com a boa gestão".
José Aníbal quer que a CPMI dos Cartões Corporativos estabeleça novas regras para o uso do instrumento, além de reduzir a quantidade de cartões disponíveis para integrantes do governo.
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