Brasília (Elina Rodrigues Pozzebom/Agência Senado) - "Dêem uma chance à paz, sem ela, a vida se esvai". O apelo foi feito pela senadora Fátima Cleide (PT-RO), em discurso no Plenário ontem (3), ao pedir que os senadores auxiliem o governo brasileiro, em especial o Ministério das Relações Exteriores, a encontrar uma solução para o conflito armado que está se anunciando entre Venezuela, Equador e Colômbia.
- Rogo que este Senado deixe de lado suas discórdias e dissenso no âmbito das políticas internas e internacionais para apoiarmos os esforços do nosso corpo diplomático, chefiado pelo chanceler Celso Amorim, para alcançar uma solução pacífica para o conflito que se anuncia - pediu a senadora.
Ao afirmar que um conflito armado na região amazônica é uma "insanidade sem fim", Fátima Cleide pediu que a população civil e a própria floresta sejam protegidas. Ela lembrou que a Amazônia "é ocupada por milhões de pessoas espalhadas em aldeias, que serão dizimadas em ações militares caso avancem as promessas que estão se delineando".
- Sejam quais forem as razões que movem as forças dos países envolvidos, a utilização da solução armada é certamente a mais retrógrada. A evolução da sociedade nos ensinou a solução pacífica de conflitos, seja por meio do debate político, seja pela utilização da diplomacia - declarou.
Pesar
Fátima Cleide lamentou a morte do padre José Simionato, ocorrida em Rondônia no último dia 27, a quem classificou de "atuante defensor dos fracos e realmente oprimidos". O religioso, segundo a senadora, foi um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra e coordenador Conselho Indigenista Missionário. Também lamentou o falecimento da jovem de Porto Velho Maria Pereira Costa, conhecida como Caju, em um acidente automobilístico em Évora, Portugal, no último dia 24. Ela é irmã de um dos fundadores do Festival de Cinema e Vídeo da Amazônia.
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