terça-feira, 4 de março de 2008

Cassol atende reivindicações e repudia "difamações"

Porto Velho (Veronilda Lima/Decom) - Ao participar na manhã de hoje (04) da posse da diretoria do Conselho Estadual da Educação (CEE), em Porto Velho, o governador Ivo Cassol anunciou de imediato o atendimento de uma das principais reivindicações da entidade, presidida pela pedagoga Francisca Batista da Silva. Trata-se da assinatura, ainda semana, da ordem de serviços para ampliação das instalações do CEE com vistas a torná-lo mais eficiente para atender à demanda que, segundo Cassol, assim como o Estado, cresce “a passos largos”. Em função desse crescimento, o governador entende que há necessidade urgente do reconhecimento de várias escolas para que os alunos não enfrentem problemas com a documentação ao saírem das instituições estaduais para as particulares ou federais.
O governador destacou sua preocupação com a educação, lembrando que no ano passado investiu R$ 30 milhões a mais, sacrificando até mesmo outras áreas, para garantir atendimento a todas as pessoas com idade escolar, principalmente os da zona rural, que dependem dos transportes que tornam o custo mais elevado. Ele revelou que precisou devolver para reavaliação o processo de contratação de empresas de ônibus de pelo menos 17 municípios cujos valores iriam triplicar os valores, de R$ 19 milhões para R$ 60 milhões, em relação ao ano passado.
Para reduzir os custos sem acarretar prejuízos aos alunos, Cassol está sugerindo alteração no calendário de aula dos que residem na zona rural, de forma que uma turma permaneça na escola em período integral, nas segundas, quartas e sextas-feiras; e outra nas terças, quintas-feiras e sábados, com a garantia da alimentação. Desta forma, os transportes só fariam uma viagem de ida e volta, por dia, às localidades, ao invés de quatro, resultando assim na economia de cerca de 50% dos gastos.
Outra medida adotada, que deverá acarretar também na redução de metade dos custos, segundo o governador, foi retirar das escolas a responsabilidade pela compra de materiais de expediente, que antes era efetuada com recursos repassados pelo Governo tendo como base o número de estudantes por unidade educacional. “Também não abro mão da eficiência e competência. E exijo gestão dos diretores para que mantenham as escolas limpas“, afirmou.
O governador foi enfático ao afirmar que não admite campanha difamatória, como a desencadeada pelo Sindicato dos Professores (Sintero) contra algumas medidas adotadas para agilizar e tornar mais econômico o serviço público estadual, a exemplo da lei aprovada pela Assembléia Legislativa, por iniciativa do Executivo, reduzindo o número de servidores colocados à disposição dos sindicatos. “Repudio a manifestação do sindicato. Não sou contra os servidores ficarem à disposição, desde que o Sintero arque com as despesas salariais”, disse o governador, dirigindo-se ao deputado estadual Valter Araújo que, juntamente com os demais deputados que aprovaram a lei, foi alvo dos protestos do Sintero.
Cassol ainda lamentou o fato de o secretário estadual da Educação, Edinaldo Lustoza, assim como seu adjunto, Pascoal de Aguiar Gomes; e a ex-coordenadora geral da Seduc, Marli Cahulla, terem sido alvo de ação civil pública por falhas praticadas por terceiros. Ele disse que não aceitou a entrega dos cargos sugerida pelos acusados, mas determinou apuração para punição dos culpados.
Cassol também citou as dificuldades por que passa o Iperon para atender aos aposentados e pensionistas, tendo em vista a falta de repasses das administrações anteriores, que só efetuavam o desconto nos salários dos servidores; e voltou a criticar o posicionamento da senadora Fátima Cleide (PT) sempre contrário ao desenvolvimento do Estado, quando, segundo Cassol, deveria usar a tribuna para repudiar os atos praticados pelo senador Renan Calheiros, os mensaleiros e os servidores do alto escalão do governo Lula que provocaram gastos astronômicos com os cartões corporativos.
Francisca Batista, que assumiu o CEE pelo terceiro mandato consecutivo para o biênio 2008/2009, agradeceu o apoio do governo estadual e se comprometeu, juntamente com os demais membros, a dar mais agilidade às ações do Conselho como órgão normativo, consultivo e deliberativo do sistema estadual de ensino e também dos 43 municípios que ainda não contam com conselhos municipais.

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