quarta-feira, 16 de maio de 2012


Do Alto da Torre

Francisco Dutra (interino)

Começa a debandada no PPS - Começa hoje oficialmente a debandada do PPS brasiliense. Dois integrantes da administração – o diretor-geral do Procon, Oswaldo Morais; o administrador regional do Guará, Joel Alves Rodrigues – estão com hora marcada para se filiarem ao PHS. É a primeira resposta à intervenção da Executiva Nacional do partido na direção regional. O PHS também deve ser o destino do secretário de Justiça, Alírio Neto  (foto), que já solicitou seu licenciamento do partido.

Comando é que mudou  - Nem Alírio, nem os dois deputados distritais do PPS tomarão a iniciativa de se desfiliar. Correriam o risco de perder o mandato. Esperarão a intervenção e, a partir daí, pedirão o desligamento na Justiça Eleitoral. Têm até argumentação pronta. Alegarão que o partido se coligou, no Distrito Federal, com a chapa encabeçada por Agnelo Queiroz, inclusive recebendo aval específico do comando nacional para que se quebrasse a diretriz contrária a alianças com o PT. Isso significa, dirão os deputados, que foi a direção nacional que mudou e não o diretório ou a executiva locais.

Estatuto garante intervenção - Já se fizeram as contas. O grupo de Alírio Neto conta com mais de 70% do diretório local. Os estatutos do PPS conferem porém à Executiva Nacional – por sua vez controlada pelo presidente Roberto Freire – poderes mais do que suficientes para a intervenção. Diante disso, os deputados do PPS brasiliense concluíram que uma resistência será impossível.

Influência nacional - Dentro do PPS prevalece a convicção de que a intervenção não se deve a qualquer questão de natureza regional, nem mesmo a suspeitas relacionadas com o caso Carlinhos Cachoeira. Se essa fosse a verdadeira motivação da medida, o mais lógico seria começar por Goiás. Afinal, é por lá que mais se fala em influência de Cachoeira. O secretário de Cultura de Goiás pertence ao PPS. E o partido nem pensou em intervir. A conclusão: por trás da posição da executiva está o pacote de alianças nacionais do PPS, que aprofundam a influência do ex-governador José Serra sobre o partido.


Posição incômoda - A posição mais complicada na crise do PPS é a do deputado federal Augusto Carvalho. Foi quem costurou a coligação brasiliense, empenhando-se por ela junto ao próprio Roberto Freire. Não tem como deixar o partido e é quem mais tem a perder com a futura intervenção.

Viria de qualquer forma - Como único consolo para isso, tem gente do PPS alegando que Augusto perderia de qualquer forma sua cadeira de deputado, que exerce como suplente. Afinal, o atual secretário Paulo Tadeu deve assumir o mandato a qualquer momento.

CPI cada vez mais longe

A oposição na Câmara Legislativa está cada vez mais convencida de que não haverá CPI da Arapongagem.  Pesou para isso a disposição demonstrada pela Mesa Diretora para reter  indefinidamente a publicação das indicações de membros da comissão. Superada essa barreira – se é que será superada – virão outras e mais outras.


Reeleição volta a subir nas apostas - Com tudo isso, voltaram a subir as apostas em uma recondução do deputado Patrício (foto) à presidência da Câmara. De um lado, após ter irritado ao máximo o Buriti, está prestando serviços preciosos ao próprio. De outro, garante aos distritais margem de negociação com o Executivo, justamente por não se alinhar automaticamente a ele.


Morde e sopra - O senador Rodrigo Rollemberg passou a compensar com apoio ao Governo Federal o tiroteio que dirige contra o governador Agnelo Queiroz. Após defender uma investigação rigorosa do Buriti, elogiou ontem o lançamento do programa Brasil Carinhoso,  aquele que destinará a cada família mais R$ 70 por criança até seis anos.


Novacap balança mas não cai - 
Está balançando de vez a substituição do presidente da Novacap, Juvenal Batista Amaral. Como ainda não foi indicado um sucessor na Novacap, Juvenal também não assumiu novas funções. O governador Agnelo Queiroz não está gostando nada, mas nadinha mesmo, da briga pela vaga que, formalmente, está aberta. Como o secretário Swedenberger Barbosa gostaria de manter Juvenal no cargo, ou colocar nele alguém com perfil parecido, pode voltar tudo à estaca zero.

Sutiãs tecnológicos - O presidente regional do PT, deputado Roberto Policarpo, foi ontem à tribuna perguntar qual a relação entre 9.120 sutiãs, 8.455 meias, 2.031 perfumes, 870 baralhos, 324 fixadores de dentadura, 200 pulseiras, 38 peças de bicicleta e a Secretaria de Ciência e Tecnologia? É o começo de um contra-ataque dirigido ao também deputado Izalci Lucas, assíduo frequentador da tribuna com ataques ao governador Agnelo Queiroz. Policarpo acusa Izalci de requerer esses produtos, apreendidos pela Receita Federal na fronteira com o Paraguai, quando secretário de Ciência e Tecnologia. Acusa também Izalci de, depois, ter dado sumiço neles.


Hora dos Garis - A vida dos garis brasilienses nunca mais será a mesma. O deputado Raad Massouh fará na sexta-feira, dia 18, sessão solene pelo Dia do Gari, homenageando homens e mulheres responsáveis pela limpeza das ruas e pelo cuidado com o meio ambiente do Distrito Federal.  Este é o quarto ano em que Raad promove o evento e entrega moções de louvor aos  que mais se destacaram em seus trabalhos.

Haja papel - Quem chega ao Brasil com passaporte estrangeiro ainda é submetido a uma exigências banida de quase todos os países civilizados – a exceção corre por conta dos Estados Unidos – que é o preenchimento de uma ficha com minuciosos dados pessoais. Do jeito que vai, será necessária a construção de um novo edifício na Esplanada dos Ministérios só para guardar o papelório.


Fonte: Jornal de Brasília



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