segunda-feira, 31 de março de 2008

Preços pagos aos produtores rurais aumentam até 150% em cinco anos

Porto Velho (Decom) - Os preços pagos aos produtores rurais de Rondônia vêm crescendo significativamente nos últimos anos. Levantamento realizado pelas equipes técnicas da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes) revela que os ganhos de rendimento aumentaram em até 20% a cada ano, em todas as principais culturas - arroz, feijão, milho, mandioca, café e soja. A valorização também foi registrada nos principais produtos pecuários - da arroba do boi gordo ao litro de leite resfriado.
A saca de arroz de 60 kg, por exemplo, passou de R$ 21,72 em 2005 para R$ 23,94 em 2006, alcançando os R$ 33,93 em agosto do ano passado - o que representa um incremento de 56,21%. O feijão foi cotado em 2004 a R$ 59,76, em 2006 fechou em R$ 58,01 e alcançou os R$ 61,11 em 2007 - ou 5,34% a mais.
O café da variedade Robusta, que se espalha por mais de 90% dos cafeeiros de todo o Estado, foi negociado em 2004 a R$ 109,65 a saca de 60 kg. Saltou para R$ 123,79 em 2005, R$ 145,59 em 2006 e, no ano passado, chegou aos R$ 186,87 – o que representa uma valorização de 70,42% no período.
Mesmo o milho, que é comercializado em patamar menos elevado, apresentou variação de preços positiva para o produtor. A saca passou de R$ 13,57 em 2002 para R$ 15,31 em 2005 e chegou a R$ 19,58 no ano passado, ou 44,28% a mais no cômputo geral.

Leite e carne

Segundo Marco Antonio Petisco, secretário titular da Seapes, um dos maiores ganhos no setor pecuário foi observado no preço pago à vista pelos frigoríficos pela arroba do boi gordo: ela chegou ao mercado por R$ 36,41 em 2002, por R$ 40,46 em 2005 e, em dezembro passado, fechou em R$ 53,04 - um ganho de 45,67%.
Digno de nota também foi o desempenho do leite “in natura”, principalmente após a efetiva entrada em vigor, a partir de 2007, da Instrução Normativa Nº 51/2002, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que obrigou toda a cadeia produtiva a adequar-se a novos padrões de segurança sanitária, entre eles o mais importante o armazenamento e transporte em tanques refrigerados.
De apenas 23 centavos, pagos em 2002, o preço passou para 36 centavos em 2005 e, em outubro do ano passado, no auge da entressafra, o valor alcançou 57 centavos – uma valorização de 147% em cinco anos.

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