Sem legitimidade
1.- O terceiro turno da eleição interna do PT demonstrou para quem ainda não tinha percebido que não há qualquer legitimidade no resultado divulgado. Além do baixíssimo comparecimento, apenas 20% dos filiados que compareceram no primeiro turno, várias irregularidades foram novamente patrocinadas pelo candidato derrotado e seus apoiadores, transformando aquela eleição numa vergonhosa farsa.
2.- Desconsiderando a determinação de que o terceiro turno seria coordenado pelas direções zonais, em diversas cidades o processo foi coordenado por pessoas sem qualquer ligação com a direção zonal e, o que é pior, por coordenadores da campanha de Vigilante. Em alguns destes casos, o processo foi colocado sob suspeita por absoluta falta de isenção destes coordenadores.
3.- Há denúncias de inchaço das listas de votantes em Taguatinga, Planaltina, Ceilândia e Riacho Fundo I, dentre outras. Em alguns casos, como Samambaia, a eleição, além de ter sido organizada por coordenadores da campanha de Vigilante, não contou com qualquer tipo de fiscalização ou acompanhamento. O resultado alcançado naquela cidade é alvo de questionamentos por total falta de transparência.
4.- Da mesma forma que ocorreu no segundo turno, vários foram os flagrantes de uso de recursos externos ao PT, demonstrando que não havia qualquer preocupação com esta questão.
5.- A decisão da Comissão, tomada na sexta-feira à tarde, de não impugnar a candidatura de Vigilante, mesmo estando diante de provas irrefutáveis; mas, decidindo encaminhar a denúncia para a Comissão de Ética Nacional, demonstra que não se pode dar qualquer legitimidade para o resultado da eleição, pois o candidato denunciado agora é um candidato investigado.
6.- Diante da realidade de Vigilante ser investigado e, com já estão provadas as irregularidades, a Comissão de Ética poderá decidir por uma punição, que no caso, pode ser a cassação do registro de sua candidatura. Desta forma, a eleição do PT no Distrito Federal continuará sob questionamento, já que o processo estará em análise pela Comissão de Ética.
7.- De nossa parte, como já havíamos anunciado, não reconhecemos qualquer legitimidade no resultado eleitoral divulgado no último domingo e aguardaremos que a Comissão de Ética do Diretório Nacional adote uma postura diferente da atual Comissão de Julgamento dos Recursos, e faça uma análise detida, técnica, responsável, isenta, imparcial e adote uma decisão justa para o caso.
8.- Independentemente do andamento do processo na Comissão de Ética, continuaremos construindo o nosso PT como sempre fizemos, com ética, seriedade, democracia e respeitando a vontade da maioria dos filiados. Este é nosso compromisso de sempre!
Movimento PT, MAS/PT, Esquerda Plural,Articulação de Esquerda, Base Petista e Socialista Socialistas do Movimento Popular
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