Brasília (Marcos Antéro Sóter) - As eleições para a escolha do novo presidente regional do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal acabaram no “tapetão” e, por conseguinte, recheadas de ataques entre Lenildo Morais, candidato pelo Movimento PT, e Chico Vigilante, da Articulação.
O ex-deputado federal Chico Vigilante não aceitou os resultados alcançados no segundo turno, quando perdeu para o ex-presidente (dois mandatos seguidos), do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Instituições de Pesquisa Agropecuária por uma diferença de pouco mais de 120 votos e buscou guarida junto à Executiva Nacional da sigla, onde entrou com recurso pedindo a impugnação de Morais alegando ter havido “falcatruas” como a utilização de telemarketing para pedir votos à militância.
No entanto, Lenildo Morais, percebendo a manobra do adversário, juntou vasta documentação e seus advogados entraram com recurso denunciando Vigilante de ter ferido o estatuto do partido alugando veículos para transportar eleitores, além de ter recebido contribuições financeiras de pessoas jurídicas não vinculadas ao PT, o que, segundo Morais, fere o artigo 38 do Estatuto petista.
O ex-deputado federal Chico Vigilante não aceitou os resultados alcançados no segundo turno, quando perdeu para o ex-presidente (dois mandatos seguidos), do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Instituições de Pesquisa Agropecuária por uma diferença de pouco mais de 120 votos e buscou guarida junto à Executiva Nacional da sigla, onde entrou com recurso pedindo a impugnação de Morais alegando ter havido “falcatruas” como a utilização de telemarketing para pedir votos à militância.
No entanto, Lenildo Morais, percebendo a manobra do adversário, juntou vasta documentação e seus advogados entraram com recurso denunciando Vigilante de ter ferido o estatuto do partido alugando veículos para transportar eleitores, além de ter recebido contribuições financeiras de pessoas jurídicas não vinculadas ao PT, o que, segundo Morais, fere o artigo 38 do Estatuto petista.
Anula
A Executiva Nacional, por sua vez, nomeou uma comissão para analisar os fatos. Os membros desta comissão, no entanto, não analisou, segundo denunciam os apoiadores de Lenildo, e optou pela anulação do 2º turno, sem, contudo, afetar a eleição dos candidatos aos diretórios zonais (como são chamados os diretórios municipais no DF) e muito menos à Executiva Nacional, como se os votos fossem diferentes.
A solução encontrada pela comissão nomeada pela Executiva Nacional foi de marcar um novo embate entre Lenildo Morais e Chico Vigilante, convocando os militantes, menos de duas zonais localizadas na cidade de Ceilândia, a votar no dia 16 de março. Ironicamente, os únicos eleitores de Ceilândia a irem às urnas neste “3º turno” serão os da 12ª Zonal, reduto de Vigilante, o que poderá influenciar nos resultados em favor ao representante da Articulação.
Provas contudentes
Os aliados e apoiadores de Lenildo Morais percebendo, como explicam, as manobras da Articulação, conseguiram documentos com provas cabais de que Vigilante realmente lançou mão de práticas não condizentes com os ditames do Estatuto do PT e entraram com um novo recurso apensando declarações e notas de locação de veículos paga por uma empresa de turismo.
Os veículos foram todos retirados, segundo constam nos documentos, da garagem da locadora no dia 15 de dezembro após as 18h30 e devolvidos por volta de 19 horas do dia seguinte, tão logo o prazo de votação foi encerrado. Na listagem de veículos locados, constam ainda os nomes dos condutores e estes foram identificados como pessoas ligadas a Chico Vigilante.
"Não desisto"
Chico Vigilante, a quem os partidários de Lenildo chamam de “Chico Arruda Vigilante”, estaria, de acordo com os coordenadores da campanha do Movimento PT, “plantando matérias” em jornais ligados ao governador José Roberto Arruda numa tentativa de desestabilizar a candidatura de Lenildo, informando, inclusive, que o candidato do Movimento PT estaria propenso a desistir. Lenildo se viu, então, obrigado a convocar entrevista coletiva para contestar as afirmações.
Lenildo Morais, na coletiva, distribuiu vasto dossiê mostrando que quem realmente vem usando de “práticas pouco ortodoxas” seria seu adversário. “O outro lado (Chico Vigilante), não tem moral e muito menos minha autorização para distribuir notas que busquem denegrir minha conduta, ainda mais que a idéia de desistir jamais passou por minha cabeça, uma vez que estou convicto que a eleição do dia 16 servirá apenas e tão somente para confirmar a vitória que alcancei no 2º turno realizado no dia 16 de dezembro último”, disse ele aos jornalistas.
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