Olinda (PE) - Mariana Jungmann/Enviada Especial/ABr - Um dos personagens mais antigos do carnaval da cidade, o Homem da Meia-Noite, completa hoje (2) 76 anos.
Mais que um boneco gigante, como os vários que se vêem nas ruas de Olinda no carnaval, o Homem da Meia-Noite, que já recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, é um ponto de cultura.
Segurando mais de 50 quilos na cabeça e nos braços, o carregador do boneco suporta um calor que gira em torno de 50 graus dentro da roupa. Por isso, o carregador oficial recebe apoio de mais duas pessoas durante a festa.
Duas histórias explicam a origem do personagem, em 1932. A primeira conta que um dos criadores do boneco, Benedito Bernardino da Silva, sempre via um senhor muito elegante circulando nas ruas de Olinda e ficou curioso sobre a origem dele. Um dia, ao segui-lo, descobriu que se tratava de um conquistador que, à noite, pulava a janela das casas das donzelas.
Benedito resolveu, então, fazer o Kalunga (criatura mística do candomblé) para sair na noite de Sábado de Zé Pereira – como é chamado o sábado de carnaval em Pernambuco.
“As roupas são verdes em homenagem a essa história, já que o tal homem estava sempre vestido com essa cor”, explica o presidente do Clube de Alegorias e Críticas Homem da Meia-Noite, Luiz Adolpho Alves e Silva. O clube tem esse nome porque, além das alegorias de carnaval, sempre faz críticas políticas.
A outra versão sobre o surgimento do Kalunga diz que o boneco foi criado por um grupo de dissidentes do Cariri – bloco tradicional que, na época, abria, às 5 da manhã, o carnaval de Olinda. Conta a lenda que esse grupo, ao assistir a um filme de ficção chamado O Ladrão da Meia-Noite, teve a idéia de criar um boneco que sairia pela cidade abrindo o carnaval antes do Cariri. Por isso, o Homem da Meia-Noite sai pontualmente e comanda o carnaval até as 4 da manhã, quando passa a chave da cidade para que o Cariri siga com a festa.
Com o tempo, o povo da cidade, de tradição católica, sentiu necessidade de arrumar uma mulher para o boneco. Foi aí que se criou a Mulher do Meio-Dia, que entra na festa às 12 e vai embora às 16 horas.
Na década de 1970, Silvio Botelho, o artista plástico que tornou os bonecos conhecidos, foi convidado a fazer o filho dos dois – o Menino da Tarde, que faz a ponte entre a saída da mãe e a entrada do pai. Desde então, os bonecos viraram febre no carnaval de Olinda.
De acordo com Botelho, é comum andar pelas ruas de Olinda e ver personagens do cotidiano com três metros de altura. "Agora todo mundo quer ser celebridade, todos dizem ‘eu também quero ter um boneco’. Eu digo, vá pra fila, sente no banco de espera.”
Atualmente feitos de fibra de vidro, resina e massa acrílica, para ficarem mais leves, os bonecos geralmente representam figuras históricas, políticas ou folclóricas.
Mais que um boneco gigante, como os vários que se vêem nas ruas de Olinda no carnaval, o Homem da Meia-Noite, que já recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, é um ponto de cultura.
Segurando mais de 50 quilos na cabeça e nos braços, o carregador do boneco suporta um calor que gira em torno de 50 graus dentro da roupa. Por isso, o carregador oficial recebe apoio de mais duas pessoas durante a festa.
Duas histórias explicam a origem do personagem, em 1932. A primeira conta que um dos criadores do boneco, Benedito Bernardino da Silva, sempre via um senhor muito elegante circulando nas ruas de Olinda e ficou curioso sobre a origem dele. Um dia, ao segui-lo, descobriu que se tratava de um conquistador que, à noite, pulava a janela das casas das donzelas.
Benedito resolveu, então, fazer o Kalunga (criatura mística do candomblé) para sair na noite de Sábado de Zé Pereira – como é chamado o sábado de carnaval em Pernambuco.
“As roupas são verdes em homenagem a essa história, já que o tal homem estava sempre vestido com essa cor”, explica o presidente do Clube de Alegorias e Críticas Homem da Meia-Noite, Luiz Adolpho Alves e Silva. O clube tem esse nome porque, além das alegorias de carnaval, sempre faz críticas políticas.
A outra versão sobre o surgimento do Kalunga diz que o boneco foi criado por um grupo de dissidentes do Cariri – bloco tradicional que, na época, abria, às 5 da manhã, o carnaval de Olinda. Conta a lenda que esse grupo, ao assistir a um filme de ficção chamado O Ladrão da Meia-Noite, teve a idéia de criar um boneco que sairia pela cidade abrindo o carnaval antes do Cariri. Por isso, o Homem da Meia-Noite sai pontualmente e comanda o carnaval até as 4 da manhã, quando passa a chave da cidade para que o Cariri siga com a festa.
Com o tempo, o povo da cidade, de tradição católica, sentiu necessidade de arrumar uma mulher para o boneco. Foi aí que se criou a Mulher do Meio-Dia, que entra na festa às 12 e vai embora às 16 horas.
Na década de 1970, Silvio Botelho, o artista plástico que tornou os bonecos conhecidos, foi convidado a fazer o filho dos dois – o Menino da Tarde, que faz a ponte entre a saída da mãe e a entrada do pai. Desde então, os bonecos viraram febre no carnaval de Olinda.
De acordo com Botelho, é comum andar pelas ruas de Olinda e ver personagens do cotidiano com três metros de altura. "Agora todo mundo quer ser celebridade, todos dizem ‘eu também quero ter um boneco’. Eu digo, vá pra fila, sente no banco de espera.”
Atualmente feitos de fibra de vidro, resina e massa acrílica, para ficarem mais leves, os bonecos geralmente representam figuras históricas, políticas ou folclóricas.
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