terça-feira, 29 de janeiro de 2008

"Um tributo ao jornal impresso e a minha mãe que Deus a tenha

Miguel Monte

Um tributo ao jornal impresso e a minha mãe que Deus a tenha. - Por MM. Não precisa xingar a minha mãe porque profetizei o fim do “papel jornal”, ou do jornal impresso, em um outro artigo anterior.
Recebi, obviamente, diversos e-mails impublicáveis, defendendo o jornal impresso, e, não tiro as razões replicadas, já que, na minha concepção, nada acontece de mudança do dia pra noite.
Defendi a praticidade e dinâmica dos sites informativos, mas persiste ainda a lógica de os jornais impressos serem mais massificantes que o site, por seu sistema sinestésico.
Então, proponho entendivelmente que estas mudanças do impresso para o virtual não sejam feitas antes dos próximos cinqüenta anos, e, por outro lado, muitos jornais já estão se adequando às novas épocas nascentes.
Atualmente, os jornais segmentaram seus cadernos especiais em dias que o seu nicho esteja mais apto àquela leitura singular, fazendo com isto que se crie uma preeminência de agenda e anseio. Como também, cria-se um forte atrativo para os segmentos empresariais concernentes aqueles cadernos, que ganham mais um espaço para contatarem seus futuros clientes com maior poder de precisão de retorno.
Outro fator atenuante do ainda sucesso dos impressos é a distribuição dirigida, utilizando canais competentes para isto, que englobam frota aérea e terrestre própria, e, gráficas espalhadas em estados vantajosos mercantilmente; sendo utilizadas como forma de impressão geral da edição do dia, tendo a missão, no entanto, desta edição chegar mais cedo nas mãos dos assinantes.
Mas é na distribuição do corpo a corpo que ainda o jornal impresso sustenta a sua grande receptividade junto ao seu público; os jornais que não são vendidos são distribuídos gratuitamente em escolas, bibliotecas e áreas de lazer e não mais como antigamente que se vendia para “lavadores de carros”.
Jornais que têm grande preferência pelo bolo publicitário já admitem que a distribuição gratuita de seus exemplares, seja a forma mais eficaz de “gradear” o leitor e ainda faz com maior eficiência que o anúncio das empresas “marquem mais presença junto aos seus consumidores”.
Pois bem, os jornais impressos não estão parados, mas os seus sites têm o poder da rapidez na divulgação da informação e os seus impressos detalham com maior eficiência a retórica das matérias. Se antigamente tínhamos o famoso Standard - jornal de tamanho grande - agora a moda são os tablóides, - jornais pequenos - pela sua praticidade de leitura e pela diversidade das notícias, adequando-se mais ao dia a dia dos profissionais sempre em tamanha correria.
Isto fez com que nascessem jornais segmentados, como: De Economia, esportes, cultura e etc. Outros temas de marketing jornalístico não foram inseridos aqui por falta de espaço e tempo, que fica para uma outra ocasião.
Por fim, o que viria a ser uma guerra entre sites e jornais impressos, se tornou uma parceria incrível, a exemplo das rádios, Tv´s e jornais. E a propósito: Minha mãe era uma santa...


Miguel Monte é jornalista/Publicitário (MTB758RO/MTB116RO) e editor do jornal www.oguapore.com. Contato: miguelmonte@oguapore.com

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