quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Formação de recursos humanos deve ser prioridade para Amazônia, diz governador

Manaus (Alex Rodrigues/Enviado especial/ABr) - A formação de recursos humanos qualificados deve ser uma das prioridades durante as discussões sobre estratégias que garantam o desenvolvimento econômico da região Amazônica. É o que garantem o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, e o governador do Estado da Amazônia, Eduardo Braga (na foto com o ministro).
Mangabeira defende o ensino técnico de nível médio; Braga, a jornada integral na rede pública.
“Acho fundamental que o Brasil comece a resgatar sua dívida com o Brasil através da educação”, declarou Braga.
O ministro e sua comitiva participam, neste momento, de uma reunião de trabalho, no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em Manaus (AM), com o governador do estado, parlamentares da região e representantes da comunidade científica, empresarial e da sociedade civil para discutir estratégias para o desenvolvimento local.
Depois de ouvir a apresentação de Mangabeira Unger sobre as cinco ações que o ministério considera prioritárias para a região, o governador afirmou que qualquer modelo que não considere a necessidade de investimentos em infra-estrutura e de uma política de incentivo fiscal estará fadado ao fracasso. Eduardo Braga, contudo, disse não apoiar que o modelo de isenção empregado na Zona Franca de Manaus seja estendido a toda a Amazônia.
Braga ainda sugeriu que a primeira ação prática do encontro seja definir um esforço conjunto para viabilizar o perfeito funcionamento do CBA, que, segundo a superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Gnosso, foi criado graças aos investimentos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
O senador Jefferson Peres (PDT-AM) concordou com o governador.
“O modelo de desenvolvimento econômico da Amazônia não pode ser convencional, tem de ser adequado às nossas peculiaridades. A Amazônia não pode ser nem Jardim Botânico para desfrute de pesquisadores, nem uma terra devastada”, afirmou o senador, defendendo investimentos em educação e infra-estrutura.
Para o senador Jefferson Peres, “o pólo industrial de Manaus não tem nenhum vínculo com o interior. Nosso parque industrial é um enclave que utiliza material vindo de fora do estado. Toda a prosperidade gerada se concentrou em Manaus. É necessário que ele passe a absorver matéria-prima regional.
O senador João Pedro (PT-AM) destacou a necessidade de promover a regularização fundiária de terras públicas e resolver conflitos entre os diversos órgãos de governo.
Já a deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) tratou da ausência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira.
“Seria importante que eles estivessem aqui. Precisamos dar uma chacoalhada no Ministério da Integração Nacional, tão importante para essa discussão”.
Esta tarde, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, deve se reunir à comitiva, que amanhã (18) visitará a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, em Tefé (AM).

O repórter viajou em avião da Força Aérea Brasileira

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