A coluna que não sabe de
nada, mas que vê e conta tudo!
By: Marcos
Antéro Sóter
Fome e...
Os nossos deputados distritais, em especial aqueles
marinheiros de primeira viagem, estão mostrando uma vontade de trabalhar como
nunca visto na história do DF. Isso tudo sem que o ano legislativo tenha
começado e a primeira sessão ordinária só aconteça no dia 3 de fevereiro, uma
terça-feira feira. Vários deles se apressaram e já apresentaram quase 120
projetos de lei complementar, requerimentos e indicações à Assessoria de
Plenário até o último dia 16, número que pode ter aumentado quando você,
querido e ilustre leitor, estiver acessando estas mal traçadas linhas.
Este escrevinhador de linhas tortas por ajuntamento de
letras mortas se sente na obrigação de lembrar também que para que as propostas
parlamentares comecem a transitar nas comissões é necessário que elas sejam
lidas em Plenário, o que só deve ocorrer a partir do dia 4 de fevereiro, quando
as sessões devem ser retomadas normalmente, após a eleição dos presidentes de
comissões.
Vontade de comer
Para citar apenas dois iniciantes nas lides legislativas, a
Trapizonga, que ainda não está contando com a ajuda de seu papa-capim que
resolveu, por conta própria, tirar uma longa e demorada folga, tomou
conhecimento de que a deputada Sandra Faraj (SD) afirma que a apresentação de
propostas ainda durante o recesso de
início de ano não faz parte de um ato de empolgação (leia-se vontade de comer),
mas de seu perfil. “Entendo que eu fui eleita e que os trabalhos já começaram.
Quem me conhece sabe que é o meu pique
de trabalho”.
Público alvo
A parlamentar do Solidariedade, juntando a fome com a
vontade de comer (no caso entenda-se como atendimento ao eleitorado), já nos
primeiros dias de mandato, protocolou um projeto de lei para inserir pessoas
com necessidades especiais em cursinhos preparatórios para vestibulares e
concursos. Pleiteia também a criação de duas frentes parlamentares: uma em
defesa da família, para acompanhar a execução de políticas voltadas para o
tema, como o combate à pedofilia e à evasão escolar; e outra voltada para o
tratamento de usuários de drogas.
Ah, sim
De acordo com as informações obtidas pela Trapizonga, Sandra
Faraj pretende, ainda, se reunir com representantes do Tribunal de
Justiça para reivindicar a criação de vara voltada para a adoção. Para ela, o maior
entrave para que crianças que aguardam adoção vivam em um lar ainda é a
burocracia.
Ritmo de campanha
Outro calouro no suntuoso palácio erguido bem em frente a
outro palácio, o do Buriti, Rodrigo Delmasso (PTN) tem visitado várias cidades
candangas e órgãos do GDF e, como se ainda estivesse em campanha eleitoral,
conversado bastante com a população para, segundo ele, “levantar as demandas”.
Ele explica também que a apresentação de projetos durante o recesso já estava
prevista mesmo antes das eleições, “pois são propostas que tem um grande impacto
direto na vida da população.
Canabidiol
Entrando na onda da pressão pela liberação do uso do
Canabidiol, um medicamento extraído da maconha, o primeiro projeto apresentado por Delmasso, obriga o GDF a
financiar o tratamento de crianças carentes com epilepsia severa, com o uso do
CBD, substância que serve para amenizar os efeitos das crises nos pacientes. O
CBD foi liberado recentemente pelo Ministério da Saúde para uso de forma controlada.
“O objetivo do projeto é que as famílias de baixa renda, com
indicação médica para o tratamento, possam fazer a importação do medicamento
que não é fabricado no Brasil e que custa muito caro, entre R$ 1.400 e R$
1.600”, explica o distrital, que tem uma filha com indicação do uso do CBD.
Nudez, get up
Rodrigo Delmasso, que fica vermelho diante de uma
propaganda em que os modelos aparecem como vieram ao mundo (ou com pouquíssima
vestimenta), também protocolou um projeto para proibir a veiculação de conteúdo
publicitário com nudez explícita, especialmente pornográfica, em outdoors,
busdoors, banners e similares. Segundo a proposta, a intenção é proteger as
crianças e adolescentes da exposição a imagens com nudez ou semi-nudez.
“Esse tipo de
conteúdo, colocado em uma via de grande movimento, desperta o interesse de
crianças e adolescentes sobre o assunto e facilita a ação de pedófilos”,
ressalta Delmasso ao explicar que a lei “valeria apenas para imagens com
contexto sexual”.
Bem…
Por hoje é só. Vou ver se meu papa capim está de volta ou se
se aposentou de vez.
Para se comunicar com a Trapizonga, é só enviar mensagens
para marcantero@gmail.com ou ligar para (61) 8185 2181 (TIM). Favor não ligar a
cobrar, pois o chip está, assim como o titular da coluna, sem crédito.
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