terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Trapizonga

A coluna que não sabe de nada, mas que vê e conta tudo!

By: Marcos Antéro Sóter


Fome e...


Os nossos deputados distritais, em especial aqueles marinheiros de primeira viagem, estão mostrando uma vontade de trabalhar como nunca visto na história do DF. Isso tudo sem que o ano legislativo tenha começado e a primeira sessão ordinária só aconteça no dia 3 de fevereiro, uma terça-feira feira. Vários deles se apressaram e já apresentaram quase 120 projetos de lei complementar, requerimentos e indicações à Assessoria de Plenário até o último dia 16, número que pode ter aumentado quando você, querido e ilustre leitor, estiver acessando estas mal traçadas linhas.
Este escrevinhador de linhas tortas por ajuntamento de letras mortas se sente na obrigação de lembrar também que para que as propostas parlamentares comecem a transitar nas comissões é necessário que elas sejam lidas em Plenário, o que só deve ocorrer a partir do dia 4 de fevereiro, quando as sessões devem ser retomadas normalmente, após a eleição dos presidentes de comissões.

Vontade de comer

Para citar apenas dois iniciantes nas lides legislativas, a Trapizonga, que ainda não está contando com a ajuda de seu papa-capim que resolveu, por conta própria, tirar uma longa e demorada folga, tomou conhecimento de que a deputada Sandra Faraj (SD) afirma que a apresentação de propostas  ainda durante o recesso de início de ano não faz parte de um ato de empolgação (leia-se vontade de comer), mas de seu perfil. “Entendo que eu fui eleita e que os trabalhos já começaram. Quem me conhece sabe que  é o meu pique de trabalho”.

Público alvo
A parlamentar do Solidariedade, juntando a fome com a vontade de comer (no caso entenda-se como atendimento ao eleitorado), já nos primeiros dias de mandato, protocolou um projeto de lei para inserir pessoas com necessidades especiais em cursinhos preparatórios para vestibulares e concursos. Pleiteia também a criação de duas frentes parlamentares: uma em defesa da família, para acompanhar a execução de políticas voltadas para o tema, como o combate à pedofilia e à evasão escolar; e outra voltada para o tratamento de usuários de drogas.


Ah, sim 

De acordo com as informações obtidas pela Trapizonga, Sandra Faraj pretende, ainda, se reunir com representantes do Tribunal de Justiça para reivindicar a criação de vara voltada para a adoção. Para ela, o maior entrave para que crianças que aguardam adoção vivam em um lar ainda é a burocracia.

Ritmo de campanha

Outro calouro no suntuoso palácio erguido bem em frente a outro palácio, o do Buriti, Rodrigo Delmasso (PTN) tem visitado várias cidades candangas e órgãos do GDF e, como se ainda estivesse em campanha eleitoral, conversado bastante com a população para, segundo ele, “levantar as demandas”. Ele explica também que a apresentação de projetos durante o recesso já estava prevista mesmo antes das eleições, “pois são propostas que tem um grande impacto direto na vida da população.

Canabidiol
Entrando na onda da pressão pela liberação do uso do Canabidiol, um medicamento extraído da maconha, o primeiro projeto  apresentado por Delmasso, obriga o GDF a financiar o tratamento de crianças carentes com epilepsia severa, com o uso do CBD, substância que serve para amenizar os efeitos das crises nos pacientes. O CBD foi liberado recentemente pelo Ministério da Saúde  para uso de forma controlada.
“O objetivo do projeto é que as famílias de baixa renda, com indicação médica para o tratamento, possam fazer a importação do medicamento que não é fabricado no Brasil e que custa muito caro, entre R$ 1.400 e R$ 1.600”, explica o distrital, que tem uma filha com indicação do uso do CBD.

Nudez, get up 

Rodrigo Delmasso, que fica vermelho diante de uma propaganda em que os modelos aparecem como vieram ao mundo (ou com pouquíssima vestimenta), também protocolou um projeto para proibir a veiculação de conteúdo publicitário com nudez explícita, especialmente pornográfica, em outdoors, busdoors, banners e similares. Segundo a proposta, a intenção é proteger as crianças e adolescentes da exposição a imagens com nudez ou semi-nudez.
 “Esse tipo de conteúdo, colocado em uma via de grande movimento, desperta o interesse de crianças e adolescentes sobre o assunto e facilita a ação de pedófilos”, ressalta Delmasso ao explicar que a lei “valeria apenas para imagens com contexto sexual”.

Bem…
Por hoje é só. Vou ver se meu papa capim está de volta ou se se aposentou de vez.


Para se comunicar com a Trapizonga, é só enviar mensagens para marcantero@gmail.com ou ligar para (61) 8185 2181 (TIM). Favor não ligar a cobrar, pois o chip está, assim como o titular da coluna, sem crédito.



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