segunda-feira, 12 de agosto de 2013

PRESENTE INUSITADO

Aluno ganha fóssil vegetal de 220 milhões de anos


Goiânia (Antero Sóter) - O adolescente Bernardo Arêas Gonçalves da Silva, aluno da 7° série, do Colégio Marista, em Goiânia, ganhou um presente no mínimo inusitado: um fóssil vegetal de 220 milhões de anos. Em 2012, após uma aula de História e assistir uma peça teatral na própria escola, ele, sem mais, nem menos, teve a ideia de pesquisar sobre a Pedra de Rosetta (pedra encontrada na Revolução Francesa por um soldado em 1799: pedra que traduzia vários idiomas antigos, entre eles o grego e o egípcio).
Incentivado pelos amigos Gabriel Lusvarghi e Nathália Rodrigues, também alunos do Colégio Marista, Bernardo elaborou um texto acerca do assunto e o apresentou à professora de História, Regina Oliveira, que, segundo o adolescente, "achou o texto ótimo e que minhas observações acerca da Pedra de Rosetta eram muito boas".
A professora então sugeriu um encontro de Bernardo com o professor Altair Sales, pós graduado em Antropologia pela  Universidade Católica de Chile e doutorado em Arqueologia Pré Histórica pelo Smithsonian Institution National Museum Of Natural History de Washington DC, e atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Bernardo teve que aguardar por cerca de um ano para ter o tão esperado encontro com o professor da PUC e só agora, em 2013, ele foi recebido, junto com sua mãe pelo antropólogo no Museu do Cerrado, no Campus 2 da PUC. "Nosso encontro superou todas as minhas expectativas. O professor Altair me explicou a diferença entre paleontologia e arqueologia, além de me apresentou vários fósseis e artefatos arqueológicos, além de mostrar todo o museu da PUC, explicando cada detalhe".
O encontro de Bernardo Arêas com o professor Altair Sales, de acordo com o aluno do Marista, durou cerca de uma hora e ao final o antropólogo o presenteou com um fóssil vegetal de 220 milhões de anos. "No dia seguinte fui para a escola levando o fóssil. Todos os colegas ficaram impressionados e fizeram questão de tocá-lo. Mas, mais importante que o presente, foi o aprendizado que adquiri com o professor Altair.
"Algo que me impressionou foi que Regina, minha professora de História no Marista, espalhou para todos os professores e para alguns alunos do sexto ano. O que se iniciou com uma ideia, um pensamento, terminou como uma experiência de vida inigualável", se alegra do aluno do 7º ano do Colégio Marista de Goiânia. (Com Lead Comunicação)

O QUE É A PEDRA ROSETTA

A Pedra de Roseta é um fragmento de uma estela, bloco de pedra com inscrições de registros governamentais ou religiosos. A Pedra é feita de granito negro e pesa cerca de ¾ de uma tonelada (0,680 toneladas métricas).0   A pedra mede 118 cm de altura, 77 cm de largura e 30 de espessura, praticamente o tamanho de uma televisão LCD ou de uma pesada mesa de centro [fonte: BBC]. Mas o conteúdo das inscrições na Pedra de Roseta é muito mais importante do que sua composição. São três colunas de inscrições com a mesma mensagem, mas em três línguas diferentes. Grego, hieróglifos e demótico.                Estudiosos usaram as inscrições em grego e o demótico para poder decifrar o alfabeto dos hieróglifos. Ao utilizar a Pedra de Roseta como um glossário de tradução, os estudiosos revelaram mais de 1.400 anos de segredos do Egito Antigo [fonte: Cleveland MOA).
A descoberta e decifração da Pedra de Roseta são tão fascinantes quanto a tradução final das inscrições. Controversa desde o início, ela foi descoberta em 1799, numa expedição militar do então general Napoleão - mais tarde ela foi capturada pelos ingleses. Sua tradução ainda causa conflitos entre nações e, até os dias de hoje, estudiosos debatem sobre quem deveria levar crédito por decifrar o código dos hieróglifos. Até mesmo a atual localização da pedra é assunto para debate. O objeto sempre foi considerado de grande importância histórica e política.

Desde 1802, a Pedra de Roseta tem ocupado um espaço no British Museum de Londres. Enquanto a maioria dos visitantes considerem a Pedra como uma importante parte da história, outros a vêem como uma relíquia religiosa. A Pedra foi recentemente fechada numa caixa, mas, antigamente, os visitantes podiam tocá-la e investigar os misteriosos hieróglifos com os dedos.





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