Duplas de homens também participam, como ocorria no início do ritmo.
Competidores são de 36 países; China envia competidores pela 1° vez.
Mais de 550 duplas de dançarinos de todo o mundo concorrem a partir desta segunda-feira (20) no XI Mundial de Tango, o maior festival internacional do ritmo do "2x4", que será realizada na capital argentina até 27 de agosto.
Buenos Ayres (EFE) - Começaram na segunda-feira (19) as eliminatórias na categoria de "Tango Salão", que privilegia o estilo mais clássico do baile social, enquanto nesta terça ocorre a competição na outra categoria, o "Tango Palco", que entende o baile por uma concepção coreográfica vinculada com o espetáculo.
Como nas edições anteriores, a maioria dos 556 pares participantes é argentina, mas também concorrem dançarinos de outros 36 países, entre eles Uruguai, Chile, Colômbia, México, Estados Unidos, Rússia, Itália, Grécia, Japão e China, informou o Ministério da Cultura da Cidade de Buenos Aires, que promove o concurso, em comunicado.
Peng Danyang e Jiu Lin são a primeira dupla chinesa a participar da competição, após vencer outros 24 pares em junho passado em Pequim, uma das subsedes internacionais do mundial.
Os dançarinos chineses foram apresentados no fim de semana passado pelo conselheiro cultural chinês na Argentina, Han Meng Tang, que garantiu que cada vez há mais "fanáticos" do tango em seu país e no continente asiático, como demonstra a inclusão de Seul entre as subsedes do campeonato para a próxima edição.
A final do Mundial acontecerá nos dias 26 e 27 de agosto no palco do estádio portenho Luna Park e os ganhadores de cada categoria receberão um prêmio de 40 mil pesos (cerca de R$ 17 mil).
Em 2012, os argentinos Facundo Gómez de la Cruz e Paola Sanz se consagraram como campeões na categoria Tango Salão, enquanto seus compatriotas Cristian Sosa e María Noel Sciuto venceram no Tango Palco diante de cerca de 6 mil espectadores.
Festival
A competição de baile é um dos pontos fortes do Tango Buenos Aires Festival e Mundial, que foi inaugurado na quarta-feira passada com um recital do Sexteto Maior, que comemorou 40 anos sobre os palcos junto aos cantores Adriana "la gata" Varela e Raúl "el negro" Lavié.
Segundo estimativas dos organizadores, mais de meio milhão de pessoas irão neste ano ao festival, que acontece de 14 a 27 de agosto com a participação de cerca de 2 mil artistas.
O diretor artístico do festival, Gustavo Mozzi, afirmou na apresentação do evento que em 2013 está sendo feita especial insistência nos novos repertórios, protagonizados por músicos mais novos que 25 anos.
Junto aos artistas emergentes, o festival inclui ainda atuações de lendas do gênero, como o diretor de orquestra Leopoldo Federico, o dançarino Miguel Ángel Copes, a cantora Amelita Baltar, o guitarrista Juanjo Domínguez, o bandoneonista Néstor Marconi e o compositor Horacio Ferrer, que atuará hoje na Usina da Arte, no bairro portenho da Boca.Exemplos do tango do século XXI são os espetáculos a cargo de Ramiro Gallo e a Orquestra Arquetípica, Fabián Bertero Big Band, Diego Schissi Quinteto, La Orquestra Típica Juan Pablo Navarro e Andrés Linetzky com Vale Tango.
O bandoneón, instrumento musical do tango por excelência, é homenageado na edição 2013 por vários músicos, entre os quais se sobressaem o argentino Víctor Hugo Villena e o sueco Mike Augustsson.
O tango, tradicional da Argentina e Uruguai, foi reconhecido em 2009 como Patrimônio Cultural Imaterial (PCI) da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
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