quarta-feira, 2 de maio de 2012

Professores do DF suspendem greve iniciada há 52 dias



Aulas serão retomadas nesta quinta; calendário de reposição será definido.
Segundo sindicato, nova assembleia será realizada no dia 14 de junho.

Os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (2), em frente ao Palácio do Buriti, suspender a greve iniciada no dia 12 de março. A categoria votou por manter o estado de greve. As aulas serão retomadas nesta quinta-feira (3)
Professores reunidos em assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (2) em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília (Foto: Filipe Matoso/G1)Professores reunidos em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (2) em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília (Foto: Filipe Matoso/G1)
Após 52 dias de paralisação, os professores votaram por aceitar as novas propostas apresentadas pelo GDF na última segunda, em reunião mediada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), da Universidade de Brasília (UnB) e a bancada federal do DF.
Entre as propostas feitas estão o reajuste do auxílio-saúde, de R$ 120 para R$ 200, a incorporação da gratificação por dedicação exclusiva, conhecida por Tidem, em quatro parcelas até 2014, divulgação do edital de convocação para contratação de novos professores para a rede pública, discussão sobre a reestruturação do plano de carreira a partir de setembro, oferecimento de curso de integração aos professores e de programas de acompanhamento e avaliação do estágio probatório
O secretário de Administração, Wilmar Lacerda, disse que a categoria já conseguiu alguns avanços. “Mesmo com a impossibilidade de o governo reajustar salário por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal houve conquistas. Vamos incorporar a Tidem em no máximo quatro anos, o que não quer dizer que será em quatro anos. Poderá ser antecipado se tivermos margem fiscal.”
Ele afirmou ainda que os professores a administração vai estuda medidas para evitar a redução de renda dos professores após a aposentadoria. “Vamos fazer ajustes para que não haja diminuição do salário na aposentadoria, com a perda da Tidem”, disse.
No dia 14 de junho, será realizada assembleia para a categoria analisar o andamento das negociações com o governo.
O diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro), Washington Dourado, informou que a categoria decidiu de "forma democrática" aceitar as propostas do GDF. “Houve alguns pequenos avanços, no campo financeiro, esse foi o principal. Mas se o governo pisar na bola, a categoria retorma o movimento grevista.”
O sindicato informou que uma nova assembleia será realizada no próximo sábado (5) para decidir a reposição das aulas perdidas durante a greve. O encontro será na sede do sindicato, às 9h30.

GreveNa semana passada, após invasão de salas da Secretaria de Administração Pública por professores, o GDF chegou a suspender as negociações e retirou as propostas que tinha feito aos grevistas. Com a mediação da OAB, professores e governo voltaram a dialogar.
A categoria pede aumento salarial para 2013 e 2014. O Sinpro alega que o reajuste concedido em 2011, de 13,83%, equivale ao crescimento do repasse do Fundo Constitucional do DF.
Os professores também reivindicam a implantação do plano de saúde para os servidores e a convocação dos docentes aprovados em concurso, além da reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos distritais de ensino superior.
O GDF alega não ter como reajustar salários sem ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo diz ainda ter reajustado o auxílio-alimentação em 55%, elevando o valor para R$ 307.
 
Fonte: G1


Nome:

E-Mail:

Assunto:

Mensagem:


Nenhum comentário: