segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fátima homenageia japoneses que estão há 54 anos em RO

Membros da Associação japonesa 13 de Setembro, de Porto Velho e a senadora petista

Brasília (Assessoria de Imprensa da Senadora Fátima Cleide) – Em função das comemorações dos 100 anos da imigração japonesa ao Brasil, a senadora Fátima Cleide (PT-RO) prestou homenagem à comunidade japonesa rondoniense que completa no próximo mês 54 anos de sua chegada a Porto Velho. A homenagem foi encaminhada à Associação 13 de Setembro, na pessoa do presidente Heishiro Kuriyama, que esteve em Brasília representando Rondônia durante as comemorações prestadas aos japoneses brasileiros.
Kuriyama, que nunca havia estado em Brasília, foi um dos cinco representes da região Norte. “Toda a comunidade japonesa ficou muito contente com as homenagens. Fomos homenageados no congresso, na embaixada Japonesa e no Palácio do Planalto participamos de uma solenidade com o presidente Lula. Ficamos muito satisfeitos com esta homenagem”, disse Heishiro Kuriyama que também se impressionou com as ruas largas da Capital.
Os japoneses (412 pessoas – 67 famílias) que foram à Amazônia no navio África Maru chegaram em Belém no dia 7 de julho de 1954. A viagem de Tóquio ao Brasil durou 40 dias. Depois levaram mais duas semanas da capital paraense até o Território Guaporé, hoje Porto Velho, como conta um dos imigrantes, Osamu Kuriyama, 62 anos.
Em alto mar, o momento mais difícil da viagem, disse Osamu Kuriyama, que na época tinha 8 anos, foi quando o motor parou de funcionar e o navio ficou a deriva no Pacífico por um dia. Outra ocasião desconfortável, segundo Kuriyama, foi quando o navio chegou no Estados Unidos, em Los Angeles. “Ficamos dois dias a bordo proibidos de desembarcar”, lembrou.
Osamu Kuriyama disse que sua família resolveu sair de Tóquio depois que seu irmão mais velho viu uma notícia no jornal. Na época o governo estava recrutando pessoas para ir à Amazônia e o rapaz resolver chamar o pai. “Papai disse tudo bem”, falou Osamu Kuriyama. A família vendeu a casa e a maioria dos pertences e seguiu para o desconhecido Território do Guaporé.
Até 1972 a família Kuriyama trabalhou com o plantio e extração de borracha. Depois que o seringal incendiou deixaram a atividade. Então Osamu Kuriyama montou uma oficina de bicicleta, foi evoluindo, começou a trabalhar com motocicletas e hoje concerta carros. “Há 20 anos estou nessa profissão”, disse.
Hoje, a maior preocupação de Osamu Kuriyama em Rondônia é a violência. “Os bandidos não estão respeitando ninguém, estão assaltando rico e até pessoas humildes. Minha filha foi roubada dentro de casa. Colocaram uma arma na cabeça dela e levaram dinheiro e pertences. Depois ainda fugiram com o carro. Meus netos também já foram roubados. A violência está grande em Rondônia”, comentou Osamu Kuriyama.



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